<
Voltar
para Dicas Úteis - Dicas Úteis
7159
pessoas já leram essa notícia
Aposentadoria ou faculdade dos filhos: o que priorizar?
SÃO PAULO - Planejar o futuro nunca foi tão difícil como agora. Afinal, o seu salário não estica, enquanto o mesmo não se pode dizer das suas necessidades financeiras, que parecem se multiplicar todos os dias! Nestas horas é importante lembrar a regra básica do planejamento financeiro: saber priorizar metas!
Se você já passou dos 35 anos, tem filhos pequenos e ainda não acumulou o suficiente, certamente se sente perdido na hora de priorizar entre garantir a faculdade do seu filho e a sua própria aposentadoria. Priorizar, neste caso, parece algo impossível, mas em geral os pais tendem a optar pela necessidade dos filhos.
Mas será que este é o procedimento correto? A resposta não é simples, e depende de cada um. Mas, a menos que esteja disposto a fazer um sacrifício financeiro mais elevado, poupando uma parcela maior da sua renda todos os meses, o ideal é que priorize a sua aposentadoria. Isso não significa, em absoluto, que não deva planejar a faculdade dos filhos, mas que isso deve ser feito, em conjunto ou após o planejamento da sua aposentadoria e abaixo explicaremos o porquê.
Como seus pais conseguiram?
Ainda que o mais lógico seja tentar alcançar objetivos mais próximos, deixando os de longo prazo para depois, em alguns casos isso não é recomendável. E a razão para isso é simples: o fato de adiar pode simplesmente inviabilizar o alcance do objetivo, quando o assunto é aposentadoria.
Provavelmente você ainda não consegue entender o motivo disso, já que seus pais nunca pensaram tanto no futuro quanto você e, mesmo com sua mãe não trabalhando, conseguiram garantir o estudo dos filhos e agora, aposentados, mantém um padrão de vida adequado. A explicação aqui é bastante simples: a demografia mudou muito nos últimos anos.
Vida mais longa e filhos mais tarde
Em primeiro lugar, as pessoas vivem mais. Se a expectativa de vida atual é de que os brasileiros vivam, em média, 71 anos, quando você se aposentar ela será bem maior. Isso sem falar que esta expectativa já é distorcida, no sentido em que não leva em consideração o perfil de cada pessoa.
Em outras palavras, os 71 anos mencionados acima refletem uma média nacional, mas certamente entre as pessoas com maior acesso à saúde, a expectativa de vida já é bem maior e provavelmente bastante próxima dos 80 anos. Isso hoje, mas se você está na faixa dos 35 anos, é possível que quando se aposentar ela seja ainda maior.
Na prática, isso significa que, caso se aposente com a mesma idade dos seus pais, você terá que se sustentar por um período muito mais longo de tempo, o que explica, em parte, a maior dificuldade de planejar o futuro. Mas, não é só isso. Ao contrário dos seus pais, que tiveram filhos na faixa dos 20 anos, você provavelmente esperou para ter os seus após os 30 anos, ou até mais tarde.
Portanto, quando os seus filhos forem para a faculdade, você estará próximo da aposentadoria, com pouco tempo para pensar em acúmulo para si mesmo. Já no caso dos seus pais, eles eram mais novos e, portanto, após o envio dos filhos à faculdade, ainda tinham alguns anos para tentar aumentar o patrimônio.
Menos recursos na aposentadoria
Outra razão pela qual a sua aposentadoria deve vir em primeiro lugar é que a Previdência Social, que antes conseguia garantir aposentadorias maiores, agora se encontra em uma situação financeira extremamente delicada, o que deve levar a novas reformas e, provavelmente, à redução dos benefícios previdenciários que você irá receber ao se aposentar.
Apesar disso, o mercado de trabalho ainda não se adaptou à nova realidade demográfica, de forma que são poucos os profissionais que conseguem se manter na ativa após os 60 anos, ou pelo menos manter o mesmo tipo de remuneração. Muitos até se mantém na ativa, mas trabalham em tempo parcial com rendimentos inferiores. O que isso significa é que, na prática, a sua aposentadoria depende exclusivamente, ou em grande parte, daquilo que você conseguir acumular.
Financiar estudos é relativamente mais fácil
Se, de um lado, a garantia de uma aposentadoria tranqüila depende cada vez mais dos seus esforços, o mesmo não acontece com o financiamento da faculdade dos seus filhos. Em primeiro lugar, existe a possibilidade de levantar empréstimos estudantis, que na época em que você foi para a faculdade não eram tão comuns e incentivados. Isso sem falar no fato de que as próprias faculdades oferecem bolsas e reduções para alunos que não têm condições de arcar com o pagamento do curso.
Outra alternativa cada vez mais comum é a do estudante financiar seus estudos com trabalho. Ainda que esta seja uma opção mais sacrificada, ela não é impossível de ser seguida. Muitos estudantes optam por trabalhar durante o dia, e estudar a noite, mesmo que isso signifique alongar um pouco mais o período de estudo, como forma de se auto-sustentar. A iniciativa acaba ajudando até mesmo na colocação profissional futura, visto que experiência anterior é cada vez mais um pré-requisito, mesmo entre os mais jovens.
Valores necessários são mais altos
Finalmente, você não pode esquecer que, enquanto a duração dos estudos do seu filho varia entre 4 e 6 anos, o mesmo não se pode dizer da sua aposentadoria. As chances de você acabar aposentado por mais de 15 anos são cada vez maiores, o que tem reflexos significativos sobre o valor a ser acumulado.
Outro fato importante é o total dos gastos neste período. Em geral, estima-se que os gastos com educação de uma família respondam por entre 5-7% do orçamento mensal, o que inclui mensalidade, matrícula e livros. É claro que este percentual aumenta à medida em que seu filho for estudar longe de casa. Por isso mesmo, esta é uma opção que deve ser analisada com cuidado.
Ainda que significativos, estes gastos são muito inferiores aos que você terá que arcar na sua aposentadoria. Não só se fala, na maioria dos casos, do sustento do casal, como é preciso garantir habitação, alimentação, saúde etc. Em outras palavras, não só os gastos que terá que arcar ao se aposentar são maiores, como a sua duração também.
Frente à necessidade de acumular mais, e da ausência de fontes alternativas de financiamento, não é difícil entender que a sua aposentadoria deve receber prioridade em termos de planejamento. Porém, o ideal é que o entendimento destes fatores o leve a refletir ainda mais sobre o seu planejamento financeiro, de forma a identificar maneiras de aumentar seu esforço de poupança mensal.
Fonte: InfoMoney, 16 de novembro de 2006. Na base de dados do site www.endividado.com
Se você já passou dos 35 anos, tem filhos pequenos e ainda não acumulou o suficiente, certamente se sente perdido na hora de priorizar entre garantir a faculdade do seu filho e a sua própria aposentadoria. Priorizar, neste caso, parece algo impossível, mas em geral os pais tendem a optar pela necessidade dos filhos.
Mas será que este é o procedimento correto? A resposta não é simples, e depende de cada um. Mas, a menos que esteja disposto a fazer um sacrifício financeiro mais elevado, poupando uma parcela maior da sua renda todos os meses, o ideal é que priorize a sua aposentadoria. Isso não significa, em absoluto, que não deva planejar a faculdade dos filhos, mas que isso deve ser feito, em conjunto ou após o planejamento da sua aposentadoria e abaixo explicaremos o porquê.
Como seus pais conseguiram?
Ainda que o mais lógico seja tentar alcançar objetivos mais próximos, deixando os de longo prazo para depois, em alguns casos isso não é recomendável. E a razão para isso é simples: o fato de adiar pode simplesmente inviabilizar o alcance do objetivo, quando o assunto é aposentadoria.
Provavelmente você ainda não consegue entender o motivo disso, já que seus pais nunca pensaram tanto no futuro quanto você e, mesmo com sua mãe não trabalhando, conseguiram garantir o estudo dos filhos e agora, aposentados, mantém um padrão de vida adequado. A explicação aqui é bastante simples: a demografia mudou muito nos últimos anos.
Vida mais longa e filhos mais tarde
Em primeiro lugar, as pessoas vivem mais. Se a expectativa de vida atual é de que os brasileiros vivam, em média, 71 anos, quando você se aposentar ela será bem maior. Isso sem falar que esta expectativa já é distorcida, no sentido em que não leva em consideração o perfil de cada pessoa.
Em outras palavras, os 71 anos mencionados acima refletem uma média nacional, mas certamente entre as pessoas com maior acesso à saúde, a expectativa de vida já é bem maior e provavelmente bastante próxima dos 80 anos. Isso hoje, mas se você está na faixa dos 35 anos, é possível que quando se aposentar ela seja ainda maior.
Na prática, isso significa que, caso se aposente com a mesma idade dos seus pais, você terá que se sustentar por um período muito mais longo de tempo, o que explica, em parte, a maior dificuldade de planejar o futuro. Mas, não é só isso. Ao contrário dos seus pais, que tiveram filhos na faixa dos 20 anos, você provavelmente esperou para ter os seus após os 30 anos, ou até mais tarde.
Portanto, quando os seus filhos forem para a faculdade, você estará próximo da aposentadoria, com pouco tempo para pensar em acúmulo para si mesmo. Já no caso dos seus pais, eles eram mais novos e, portanto, após o envio dos filhos à faculdade, ainda tinham alguns anos para tentar aumentar o patrimônio.
Menos recursos na aposentadoria
Outra razão pela qual a sua aposentadoria deve vir em primeiro lugar é que a Previdência Social, que antes conseguia garantir aposentadorias maiores, agora se encontra em uma situação financeira extremamente delicada, o que deve levar a novas reformas e, provavelmente, à redução dos benefícios previdenciários que você irá receber ao se aposentar.
Apesar disso, o mercado de trabalho ainda não se adaptou à nova realidade demográfica, de forma que são poucos os profissionais que conseguem se manter na ativa após os 60 anos, ou pelo menos manter o mesmo tipo de remuneração. Muitos até se mantém na ativa, mas trabalham em tempo parcial com rendimentos inferiores. O que isso significa é que, na prática, a sua aposentadoria depende exclusivamente, ou em grande parte, daquilo que você conseguir acumular.
Financiar estudos é relativamente mais fácil
Se, de um lado, a garantia de uma aposentadoria tranqüila depende cada vez mais dos seus esforços, o mesmo não acontece com o financiamento da faculdade dos seus filhos. Em primeiro lugar, existe a possibilidade de levantar empréstimos estudantis, que na época em que você foi para a faculdade não eram tão comuns e incentivados. Isso sem falar no fato de que as próprias faculdades oferecem bolsas e reduções para alunos que não têm condições de arcar com o pagamento do curso.
Outra alternativa cada vez mais comum é a do estudante financiar seus estudos com trabalho. Ainda que esta seja uma opção mais sacrificada, ela não é impossível de ser seguida. Muitos estudantes optam por trabalhar durante o dia, e estudar a noite, mesmo que isso signifique alongar um pouco mais o período de estudo, como forma de se auto-sustentar. A iniciativa acaba ajudando até mesmo na colocação profissional futura, visto que experiência anterior é cada vez mais um pré-requisito, mesmo entre os mais jovens.
Valores necessários são mais altos
Finalmente, você não pode esquecer que, enquanto a duração dos estudos do seu filho varia entre 4 e 6 anos, o mesmo não se pode dizer da sua aposentadoria. As chances de você acabar aposentado por mais de 15 anos são cada vez maiores, o que tem reflexos significativos sobre o valor a ser acumulado.
Outro fato importante é o total dos gastos neste período. Em geral, estima-se que os gastos com educação de uma família respondam por entre 5-7% do orçamento mensal, o que inclui mensalidade, matrícula e livros. É claro que este percentual aumenta à medida em que seu filho for estudar longe de casa. Por isso mesmo, esta é uma opção que deve ser analisada com cuidado.
Ainda que significativos, estes gastos são muito inferiores aos que você terá que arcar na sua aposentadoria. Não só se fala, na maioria dos casos, do sustento do casal, como é preciso garantir habitação, alimentação, saúde etc. Em outras palavras, não só os gastos que terá que arcar ao se aposentar são maiores, como a sua duração também.
Frente à necessidade de acumular mais, e da ausência de fontes alternativas de financiamento, não é difícil entender que a sua aposentadoria deve receber prioridade em termos de planejamento. Porém, o ideal é que o entendimento destes fatores o leve a refletir ainda mais sobre o seu planejamento financeiro, de forma a identificar maneiras de aumentar seu esforço de poupança mensal.
Fonte: InfoMoney, 16 de novembro de 2006. Na base de dados do site www.endividado.com
7159
pessoas já leram essa notícia
Perguntas e Respostas relacionadas
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Escolas e Faculdades não podem reter documentos, negar provas ou aplicar penalidades aos alunos em caso de dívidas
- Conta salário. Um direito do Trabalhador!
- Gastar muito é sinal de doença: ONIOMANIA
- Aprenda a mandar cartas por 1 centavo (R$ 0,01)
- Os passos para resgatar o Fundo 157
- Energia elétrica: como usar e economizar
- Enfrentando uma crise financeira? Veja o que não fazer nessa situação!
- Dicas para diminuir as despesas domésticas
- Dúvidas sobre Direito do Trabalho?
- Dicas para controlar seu orçamento
- Calcule o valor de quitação antecipada de empréstimos e financiamentos
- Cuidado no cancelamento de contrato
- Fé: acredite na solução das dívidas
- Compare as taxas de juros cobradas pelos bancos
- Novas regras permitem troca de plano de saúde sem perda de carência
- Compare consórcio x financiamento
- Saiba se os juros cobrados estão de acordo com os percentuais anunciados
- Compra virtual: conheça seus direitos
- Atendimento de pessoas portadoras de necessidades especiais
- Obter crédito e não pagar a conta: como isso afeta você?
- Cuidados ao comprar na internet
- Novas regras para atendimento ao consumidor pelo telefone começam a valer
- Dicas rápidas, mas muito úteis
- Confira 13 dicas sobre como pechinchar
- Consumidor pode pedir bloqueio de ligações de telemarketing no Procon-SP
- Saiba os principais motivos de devolução de cheques no Brasil
- Como investir seu dinheiro depois de ter se aposentado?
- Recibos, até quando guardá-los?
- Saiba quais são os serviços bancários que não podem ser cobrados
- 20 dicas para comprar com segurança pela internet
- Código de Defesa do Consumidor também vale para os serviços públicos
- Saiba como obter grandes obras da literatura de graça!!!
- CMN proíbe bancos de cobrar por emissão de boletos em operações de crédito
- Você sabe o que pode destruir seu patrimônio?
- Código de Defesa do Consumidor em versos - sem reverso - Lei nº 8.078/1990
- Planeje orçamento para o nascimento do 1º filho
- Os cuidados do consumidor ao aderir a um plano de saúde
- Seu carro: dicas para economizar combustível
- Faça cálculos grátis
- Conheça as dez ações mais perigosas que um usuário deve evitar na Web
- Como economizar e perder peso ao mesmo tempo?
- Dicas de alimentação
- Como economizar na conta telefônica
- Tarifas Bancárias e as novas regras - Compare entre os bancos
- Brasileiro entra na onda do crédito fácil, porém caro
- Planeje sua aposentadoria
- Pesquisa: 42% dos inadimplentes ganham entre 4 e 6 salários
- Orçamento: evite os locais onde você é induzido a gastar e economize!
- Sem trabalho? Agregue valor a seu currículo sem estourar o orçamento
- Cuide da segurança dos serviços bancários
- Guia Prático do Consumidor
- Fazer o devedor passar vergonha é crime
- Serviços do INSS agora podem ser feitos pela Internet
Notícias
- 11/10/2024 Governo bloqueará mais de 2.000 sites de apostas ilegais nesta sexta, diz Haddad
- Sheik do Bitcoin é condenado a 56 anos de prisão por golpe com criptomoedas
- Cor, cheiro e textura: você sabe o que analisar na hora de escolher a carne no mercado?
- 6 estratégias para manter a produtividade no home office
- Banco Central lança diretrizes para testes do Piloto Drex
- Homem com deficiência que caiu em via pública após ser impedido de embarcar em ônibus será indenizado
- Governo Lula destinará R$ 133,6 bilhões para Ministério da Defesa em 2025
- IBGE: Sete das oito atividades do varejo caem em agosto ante julho
- Paciente que sofreu queimaduras durante exame ginecológico deve ser indenizada
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)