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Cartões: Instrumentos de duas faces
Manutenção de vários modelos de cartões pode dificultar controle do orçamento e até gerar uma crise nas finanças pessoais
MARÇAL ALVES LEITE
Os consumidores têm consciência de que, assim como proporcionam vantagens, a adoção de vários cartões de pagamentos também pode causar transtornos nas finanças pessoais. Com experiências conturbadas há dois anos, quando viu-se obrigado a entrar no crédito rotativo em várias ocasiões, o representante comercial Adilson do Nascimento, de 64 anos, busca racionalizar o uso de cartões de crédito, de débito e de marcas, entre os quais um de supermercado e outro de um posto de combustível.
O crédito rotativo, diz Nascimento, é um instrumento apenas para casos de extrema necessidade. Ele acabou endividado em razão de despesas familiares inesperadas. Para sair do vermelho, foram necessários esforços redobrados e a privação de hábitos, como comer fora de casa e a redução de atividades de lazer.
- É preciso fugir dos juros de qualquer maneira. Facilmente a dívida se torna uma bola de neve, que só com muito sacrifício é possível se recuperar - ressalta.
O manuseio de vários cartões requer uma estratégia bem definida sob o risco de prejudicar o orçamento. Para Nascimento, a regra básica é concentrar os vencimentos das faturas sempre após o recebimento do salário e comissões de vendas. E todos integrantes da família precisam atuar em conjunto. Responsável pelas compras do supermercado, a mulher, Célia, jamais ultrapassa o limite do cartão.
- Só os gastos mais elevados pago com cartão de crédito, optando pelo parcelamento em até quatro vezes, desde que não sejam cobrados juros - observa Nascimento.
Divorciada e com dois filhos, a técnica em enfermagem Mara Rosane dos Santos chegou ao fundo do poço de suas contas pessoais pela utilização desenfreada de cartões, mas deu a volta por cima. Agora, só compra à vista e até poupança mantém. Para isso, fez uma reciclagem total nos hábitos.
- Tinha uns 10 cartões e acabei no sufoco. Agora tenho só um cartão de crédito e minha vida mudou 100% para melhor - garante.
Iludida por propostas de pagamento de um valor mínimo mensal, Mara Rosane afirma ter entrado numa roda viva de dívidas, precisando fazer um empréstimo para quitar outro, o que parecia um filme sem fim. Só superou a crise ao parar para pensar e adotar novos métodos há dois anos, quando optou pelo cancelamento de todos cartões e desistiu da obtenção de qualquer modalidade de crédito.
- As pessoas devem pagar sempre o valor total da fatura. Os juros cobrados por financeiras podem arruinar as finanças - alerta Mara.
( marcal.leite@zerohora.com.br )
Modalidades existentes
Classificação do dinheiro de plástico de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs):
Emitidos por bancos ou associados a uma conta corrente
- Cartões de crédito;
- Visa, Mastercard, Diners e American Express;
- Cartões de débito.
Cartões de loja (divididos em três tipos)
- Os de lojas propriamente ditos, usados em uma rede de estabelecimentos comerciais com a mesma marca
- Regionais, usados em pontos específicas do país, Estados ou cidades
- De uso doméstico, que têm abrangência nacional, como os mantidos por financeiras
Fonte: Jornal Zero Hora, 24 de dezembro de 2006
MARÇAL ALVES LEITE
Os consumidores têm consciência de que, assim como proporcionam vantagens, a adoção de vários cartões de pagamentos também pode causar transtornos nas finanças pessoais. Com experiências conturbadas há dois anos, quando viu-se obrigado a entrar no crédito rotativo em várias ocasiões, o representante comercial Adilson do Nascimento, de 64 anos, busca racionalizar o uso de cartões de crédito, de débito e de marcas, entre os quais um de supermercado e outro de um posto de combustível.
O crédito rotativo, diz Nascimento, é um instrumento apenas para casos de extrema necessidade. Ele acabou endividado em razão de despesas familiares inesperadas. Para sair do vermelho, foram necessários esforços redobrados e a privação de hábitos, como comer fora de casa e a redução de atividades de lazer.
- É preciso fugir dos juros de qualquer maneira. Facilmente a dívida se torna uma bola de neve, que só com muito sacrifício é possível se recuperar - ressalta.
O manuseio de vários cartões requer uma estratégia bem definida sob o risco de prejudicar o orçamento. Para Nascimento, a regra básica é concentrar os vencimentos das faturas sempre após o recebimento do salário e comissões de vendas. E todos integrantes da família precisam atuar em conjunto. Responsável pelas compras do supermercado, a mulher, Célia, jamais ultrapassa o limite do cartão.
- Só os gastos mais elevados pago com cartão de crédito, optando pelo parcelamento em até quatro vezes, desde que não sejam cobrados juros - observa Nascimento.
Divorciada e com dois filhos, a técnica em enfermagem Mara Rosane dos Santos chegou ao fundo do poço de suas contas pessoais pela utilização desenfreada de cartões, mas deu a volta por cima. Agora, só compra à vista e até poupança mantém. Para isso, fez uma reciclagem total nos hábitos.
- Tinha uns 10 cartões e acabei no sufoco. Agora tenho só um cartão de crédito e minha vida mudou 100% para melhor - garante.
Iludida por propostas de pagamento de um valor mínimo mensal, Mara Rosane afirma ter entrado numa roda viva de dívidas, precisando fazer um empréstimo para quitar outro, o que parecia um filme sem fim. Só superou a crise ao parar para pensar e adotar novos métodos há dois anos, quando optou pelo cancelamento de todos cartões e desistiu da obtenção de qualquer modalidade de crédito.
- As pessoas devem pagar sempre o valor total da fatura. Os juros cobrados por financeiras podem arruinar as finanças - alerta Mara.
( marcal.leite@zerohora.com.br )
Modalidades existentes
Classificação do dinheiro de plástico de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs):
Emitidos por bancos ou associados a uma conta corrente
- Cartões de crédito;
- Visa, Mastercard, Diners e American Express;
- Cartões de débito.
Cartões de loja (divididos em três tipos)
- Os de lojas propriamente ditos, usados em uma rede de estabelecimentos comerciais com a mesma marca
- Regionais, usados em pontos específicas do país, Estados ou cidades
- De uso doméstico, que têm abrangência nacional, como os mantidos por financeiras
Fonte: Jornal Zero Hora, 24 de dezembro de 2006
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