Inflação já é uma realidade
Publicado em 27/11/2024
A piora da inflação decorre essencialmente da elevação dos gastos do governo, que tem pressionado a demanda agregada acima da capacidade de oferta do país
Até pouco tempo, a preocupação com a inflação parecia coisa de gente exagerada, que só sabe criticar o governo. Porém, a divulgação o IPCA-15 de hoje mostra que essa turma estava certa. A inflação no mês de novembro subiu 0,62% em relação a outubro e ficou acima da mediana das projeções do mercado financeiro (0,48%). Basicamente, o resultado foi influenciado pela alta dos alimentos, cigarros e passagens áereas. Mas o que mais preocupou não foi a elevação do índice cheio, mas das medidas de núcleos.
O núcleo por expurgo, que exclui alimentos consumidos no domicílio e preços administrados, itens não sensíveis a taxa Selic, subiu 0,55%. A ideia de excluir os alimentos do cálculo da inflação se deve à constatação de quase ninguém contrair empréstimos para fazer compras de comida no supermercado. Já a exclusão dos administrados decorre do fato da Selic não fazer efeito nos preços controlados pelo governo.
Em outras palavras, o núcleo por expurgo procura limpar o índice cheio e medir a inflação apenas pelos itens atingidos pela política monetária. O núcleo por expurgo mostra que a inflação não foi concentrada apenas nos alimentos, o que preocupa. Se a elevação do IPCA-15 fosse decorrente apenas de choques de oferta, não seria tecnicamente um processo inflacionário.
No entanto, não é este o caso. O país presencia uma piora na inflação corrente e nas expectativas inflacionárias. A inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA-15 está em 4,77%, acima do teto da meta do Banco Central (4,5%). A piora da inflação decorre essencialmente da elevação dos gastos do governo, que tem pressionado a demanda agregada acima da capacidade de oferta do país. Quando isso acontece, ocorre invariavelmente elevação nos preços. A inflação já é uma realidade.
Fonte: Jovem Pan - 26/11/2024
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