Haja dinheiro para pagar os planos de saúde !
Publicado em 28/07/2025
A série histórica do sobe & sobe
Imagine o leitor ter ido ao supermercado em 2006 com R$ 100. Hoje, para comprar os mesmos itens, precisaria de R$ 270. Isso é a inflação, definida como o aumento geral dos preços ao longo do tempo. Agora, imagine que seu plano de saúde, naquele mesmo ano, custasse R$ 100 mensais. Em 31 de dezembro de 2024, ele estaria em torno de R$ 427. A realidade, porém, é que em porcentagem o preço dos convênios médicos subiu 327% em 18 anos. É quase o dobro da inflação geral do País, que ficou em 170%. Os alimentos e as bebidas ficaram 276% mais caros; a alta da educação foi de 203%; e os gastos com habitação subiram 176%.
Esses contrastes se extraem de dados de uma nota técnica do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS). Com sedes em Brasília, São Paulo e Rio, ele é uma organização sem fins lucrativos, independente e apartidária. Objetivos: contribuir para o aprimoramento das políticas públicas para a saúde no Brasil. O estudo observou o crescimento do custo dos planos de saúde no bolso dos brasileiros. Em dezembro de 2006 eles representavam 3,25% do orçamento das famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimos. Em dezembro de 2024, os planos ocupavam 4,06%.
Conforme o IEPS, o aumento atribui-se a três fatores: a) incorporação de tecnologias mais caras; b) reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde (ANS); c) ineficiências regulatórias. E também: a população está envelhecendo e vivendo mais, o que significa mais consultas, mais exames e mais tratamentos de longo prazo.
A ANS - simplória e simpática às operadoras - apontou que “em vários países os custos em saúde crescem a taxas superiores à variação média dos demais preços da economia”. Nesse cenário, segundo ela, há a tendência de que uma parcela maior da renda seja comprometida com gastos de assistência à saúde. O estudo do IEPS confirma esta inclinação e mostra que os planos de saúde vêm ficando mais caros do que a inflação em várias partes do mundo. E, óbvio, o Brasil está entre os países com os maiores aumentos, superando a inflação geral em maior grau do que em países como Alemanha, França e Estados Unidos.
O leitor do Espaço Vital certamente lembra de já ter visto aqui que o lucro líquido dos planos de saúde, no 1º trimestre deste 2025, subiu 114% e alcançou R$ 7,1 bilhões. As operadoras já tinham alcançado lucro líquido de R$ 11,1 bilhões em 2024, um aumento de 271% na comparação com 2023. São os maiores resultados da série histórica do sobe & sobe. Entrementes, nosso bolso encolhe & encolhe.
Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 24/07/2025
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