Advogada é presa por liderar esquema de extorsão envolvendo agressões violentas
Publicado em 02/12/2025
Vídeos mostram Tatiane Meireles participando de cobranças brutais ao lado de policiais e intimidando devedores.
A advogada Tatiane Meireles e o marido, o sargento da PM/GO Herbert Francisco Póvoa, apontados como líderes de um esquema de agiotagem, lavagem de dinheiro e extorsão que movimentou mais de R$ 7 milhões em dois anos, foram presos em Luziânia/GO. Segundo a Polícia Civil, o grupo oferecia empréstimos com juros abusivos e usava armas, agressões e tortura psicológica para cobrar dívidas.
As prisões ocorreram durante a Operação Mão de Ferro, deflagrada na sexta-feira, 28, pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Luziânia da 5ª DRP. A ação mobilizou a PM/GO e levou ao cumprimento de nove mandados de prisão e mais de dez ordens de busca e apreensão em endereços ligados ao esquema.
Após a operação, todos os detidos foram apresentados em audiência de custódia no sábado, 29, e permanecem presos.
Estrutura violenta
As investigações indicam que o grupo atuava de maneira organizada, com divisão de funções e rotinas de cobrança marcadas por intimidações. Em imagens gravadas em Luziânia/GO e apreendidas durante a operação, mostram o casal agradecendo e pedindo que o dinheiro obtido nas cobranças violentas fosse "multiplicado".
Além do ritual, o vídeo revela Tatiane desferindo golpes de cassetete contra um homem durante uma cobrança.
Segundo o Jornal A Opção, Tatiane Meireles estava, desde agosto, à frente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Luziânia, mas foi afastada preventivamente após a divulgação das imagens que a mostram envolvida no esquema.
A OAB/GO informou que abrirá procedimento ético-disciplinar para avaliar sua conduta e destacou, em nota, que o comportamento atribuído à advogada viola os princípios da profissão e não é tolerado pela instituição.
Lei a nota completa da Ordem:
"A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO), por meio da Subseção de Luziânia, repudia, com veemência, o suposto envolvimento de uma advogada em um caso de agressão ocorrido no município. A conduta relatada é absolutamente incompatível com a ética, a dignidade e os princípios que regem a advocacia, especialmente o compromisso da profissão com a legalidade, o respeito aos direitos fundamentais e a preservação da integridade física e moral de qualquer pessoa.
Diante da gravidade da situação, a Subseção determinou o afastamento preventivo da profissional de suas funções institucionais. Paralelamente, a Seccional informa que instaurará procedimento ético-disciplinar no âmbito do Tribunal de Ética e Disciplina, a fim de apurar os fatos com rigor, assegurando o contraditório e a ampla defesa, como determina o devido processo legal. A OAB-GO deixa claro que não compactua com quaisquer práticas de violência, abuso ou desvio de finalidade no exercício da advocacia e seguirá atuando com firmeza para preservar o prestígio, o respeito e a responsabilidade social da advocacia goiana.
Subseção de Luziânia da OAB-GO"
De acordo com a PM/GO, a corporação não compactua com desvios de conduta e auxiliou integralmente na operação. Leia a nota completa:
"A Polícia Militar do Estado de Goiás informa que, a partir do compartilhamento de informações entre as forças de segurança, a Polícia Civil deflagrou operação na cidade de Luziânia, resultando na expedição de mandados de prisão contra três militares e outros suspeitos, investigados pelos crimes de extorsão, agiotagem e demais delitos correlatos.
A Corporação não compactua com desvios de conduta e reitera seu compromisso com a ética, a legalidade e a transparência. As medidas administrativas cabíveis já foram adotadas e seguirão em estrita observância às normas internas. A Polícia Militar do Estado de Goiás permanece colaborando integralmente com as investigações, a fim de esclarecer todos os fatos no âmbito judicial.
Assessoria de Comunicação Social
5ª Seção do Estado-Maior Estratégico - PMGO"
Fonte: migalhas.com.br - 01/12/2025
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