PIX por aproximação: BC quer padronizar e ampliar modalidade em maio
Publicado em 24/04/2025 , por Alexandro Martello
Em maio, será padronizado o chamado "protocolo de comunicação" entre os dispositivos do pagador e do recebedor. E, também, será feita a inclusão desse novo tipo de iniciação no regulamento do PIX.
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, Renato Gomes, informou nesta quinta-feira (24) que a instituição buscará facilitar a ampliar a utilização do PIX por aproximação em maio deste ano.
Essa modalidade permite que os clientes paguem contas com o PIX apenas aproximando o celular da máquina do lojista, como é feito com cartões de crédito e débito.
Disponível desde fevereiro deste ano, o PIX por aproximação ainda não está disponível nos sistemas Apple Pay e a Samsung Pay, que não se registraram no BC. A funcionalidade está liberada, atualmente, apenas para os dispositivos móveis do sistema Android, que usam o Google Pay. E com um número limitado de instituições financeiras.
Em maio, segundo o diretor, será padronizado o chamado "protocolo de comunicação" entre os dispositivos do pagador e do recebedor. E, também, será feita a inclusão desse novo tipo de iniciação do pagamento no regulamento do PIX.
"O PIX por aproximação nasceu por conta de pesquisas de opinião, que apontaram que jornadas de pagamento do PIX na boca do caixa ainda é um ponto de fricção por sua adoção mais extensa no comércio físico. O objetivo é facilitar", declarou o diretor Renato Gomes, do Banco Central. Como funciona
A ideia do PIX por aproximação é que seja uma forma de pagamento mais simples e rápida que o PIX por QR Code.
Hoje, com o QR Code, o comerciante gera um código e o cliente precisa entrar no aplicativo do banco, ir até a área de PIX, selecionar a opção de "QR Code", ler o código e aceitar a transação.
- Já com o PIX por aproximação, basta ir ao aplicativo do banco, selecionar a opção e aproximar o celular do aparelho. O processo pode variar um pouco de acordo com a instituição financeira.
- Já para ativar o PIX em uma carteira digital, o cliente precisa vincular a conta bancária à carteira –como é feito com cartões de crédito, por exemplo.
- As transações nesse modelo terão limite padronizado de R$ 500, mas o cliente poderá alterar o valor máximo por transação ou por dia.
Agenda regulatória
A novidade no PIX por aproximação está incluída na agenda regulatória do Banco Central para os anos de 2025 e 2026, divulgada nesta quarta-feira. Veja abaixo outros projetos prioritários da instituição:
- Open finance: o Banco Central informou que quer iniciar neste ano a portabilidade de operações de crédito no chamado "open finance", por meio do qual clientes autorizam os bancos a visualizar seus dados para ofertar serviços. No futuro, informou o BC, o open finance também possibilitará a portabilidade de salários e de investimentos.
- Abertura de contas correntes: a instituição informou que elabora sistema para que pessoas físicas possam negar autorização de abertura de conta corrente em seu nome. Isso será feito por meio do chamado Registrato, com o objetivo de impedir fraudes. O correntista que aderir terá de liberar no sistema a abertura de cada conta, quando quiser.
- Crédito imobiliário: o Banco Central informou que há um "consenso no mercado" de que o atual modelo de financiamento à casa própria, com base na poupança, está se esgotando. Por isso, serão buscadas alternativas à poupança e, também, será feito um debate para saber quais características devem ter os contratos com a mudança do chamado "funding", que tende a ser mais volátil (instável).
- PIX parcelado: o diretor Renato Gomes, do BC, avaliou que a modalidade pode "gerar descontos na boca do caixa" para o comprador. "O comerciante esta mais incentivado a prover esse desconto, que pode ser complementado com parcelamento junto a instituição financeira do pagador. Para quem recebe o PIX, nada muda. Não vai haver tabelamento de taxa de juros, numero de parcelas, esses temas não fazem parte", disse ele. A padronização do PIX parcelado está prevista para setembro.
- Fundo Garantidor de Crédito: o Banco Central informou que está prevista, para 2026, uma discussão sobre o tamanho do FGC, que garante operações bancárias no limite de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, no caso de insolvência de instituições financeiras. De acordo com o BC, isso é feito a cada quatro anos. A última avaliação foi feita em 2022. A discussão será feita após o anúncio de problemas no Banco Master, o que tende a consumir recursos do FGC. Há uma negociação para compra da instituição pelo BRB.
Fonte: G1 - 24/04/2025
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