Minha Casa, Minha Vida deverá exigir entrada maior para financiar imóveis usados para quem ganha acima de R$ 4,4 mil
Publicado em 06/08/2024 , por Thiago Resende
Valor máximo do imóvel deve cair de R$ 350 mil para R$ 270 mil. Alterações devem ser publicadas nesta terça-feira (6).
O Minha Casa, Minha Vida deve passar a ter regras mais duras nos financiamentos de imóveis usados para famílias da Faixa 3 do programa — aquelas com renda mensal entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil.
As mudanças devem ser publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira (6), mas só devem começar a valer a partir de 16 de agosto.
O governo já estudava mudanças em regras do Minha Casa, Minha Vida para tentar frear o avanço dos financiamentos de imóveis usados.
As alterações, que vão valer apenas para imóveis usados e para o Faixa 3, devem ser:
- aumentar a entrada exigida para 50% do valor da casa ou apartamento nas regiões Sul e Sudeste
- elevar a entrada para 70% nas demais regiões
- reduzir o valor máximo do imóvel R$ 350 mil para R$ 270 mil; medida para todo o país
Cronologia das regras
No início do ano, as famílias do Faixa 3 podiam financiar até 80% do imóvel em todo o país. Ou seja, a entrada era de 20%. O valor máximo da casa ou apartamento para esse público do programa era de R$ 350 mil.
Em abril, o governo já fez um ajuste nas regras para imóveis usados. E aumentou o valor da entrada para famílias do Faixa 3 nas regiões Sul e Sudeste --a fatia subiu para 25% ou 30% dependendo da renda familiar.
Agora, o governo deve ampliar ainda mais essa exigência para a entrada e que ela irá passar a valer para todo o país.
Além disso, a medida deve cortar o valor máximo dos imóveis usados financiados pelo programa. Os imóveis novos não sofrerão essa alteração de teto no valor
Controle das contas
O Minha Casa, Minha Vida deve fechar o ano com quase 600 mil financiamentos, um recorde. Esse saldo inclui contratações de imóveis novos e também usados.
O programa habitacional é bancado com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que viabiliza os financiamentos. Só que os contratos envolvendo imóveis usados cresceram muito nos últimos anos.
Por isso, o governo quer conter essa alta. O objetivo é preservar a essência do programa, que é atender aos mais pobres e garantir recursos para compra de imóveis novos.
A avaliação é que imóveis usados tendem a ser mais baratos –o que beneficia a população mais carente. Só que imóveis novos acabam gerando mais empregos.
Os imóveis usados devem representar cerca de 30% dos 600 mil contratos do Minha Casa, Minha Vida desse ano.
Só que essa fatia era de 14,3% em 2022 e de 6,25% em 2021. Portanto, houve um forte aumento desde o ano passado, quando ficou próximo de 25% dos financiamentos.
Por isso, o governo deve mexer nas regras para o Faixa 3, famílias de renda mais alta dentro do programa. E pretende preservar as regras para as Faixas 1 e 2, que são mais carentes, de renda menor que R$ 4,4 mil.
Com as novas regras, a expectativa é que os imóveis usados possam ficar abaixo de 30% nesse ano e que esse percentual caia ainda mais em 2025, quando as limitações continuarão valendo.
Recorde no programa
A meta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 2 milhões de unidades habitacionais contratadas pelo programa nos 4 anos desse governo.
No entanto, essa meta deve ser batida antes do prazo.
Considerando 2023 e o primeiro semestre de 2024, já foram mais de 860 mil novos contratos assinados.
Fonte: G1 - 05/08/2024
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