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Petrobras vende fatia em área do pré-sal por US$ 2,5 bilhões
Publicado em 01/08/2016 , por NICOLA PAMPLONA
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (29) a maior operação, até agora, de seu plano de desinvestimento : a venda de sua participação da área de Carcará, no pré-sal, para a norueguesa Statoil por US$ 2,5 bilhões.
Segundo o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, as negociações para a primeira venda de área do pré-sal pela estatal foram iniciadas há um ano. "É a maior operação de fusões e aquisições já realizada no setor de petróleo do país", afirmou o executivo, em entrevista para detalhar a operação, que teve o presidente da estatal, Pedro Parente, como espectador.
O valor negociado com a Statoil corresponde a cerca de 20% do volume que a empresa ainda tem que arrecadar para cumprir sua meta de venda de ativos.
A Petrobras tem 66% da área de Carcará, que já tem descobertas de petróleo, mas ainda não está em operação. Os outros sócios são a portuguesa Petrogral, com 14%, a Queiroz Galvão Exploração e Produção e a Barra Energia, ambas com 10%.
O campo tem reservas estimadas entre 700 milhões e 1,3 bilhão de barris de óleo equivalente (somado ao gás).
Em comunicado divulgado na madrugada desta sexta, a estatal informou que a primeira parcela, de US$ 1,25 bilhão, será paga no fechamento da operação, que depende ainda da consulta aos demais sócios pelo direito de preferência e da aprovação das autoridades competentes.
O restante será pago em parcelas relacionadas a determinados eventos, informou a estatal. Um deles é o acordo de unitização da área —quando concessionários e governo negociam a exploração de uma parte da jazida que se estende para fora da área de concessão.
"A operação faz parte da política de gestão de portfólio da Petrobras, que prioriza investimentos em ativos com maior potencial de geração de caixa no curto prazo e com maior possibilidade de otimização de capital e de ganhos de escala, devido à padronização de projetos de desenvolvimento da produção", afirma a empresa no comunicado.
Na entrevista, a diretora de exploração e produção da Petrobras, Solange Guedes, explicou que, por estar ainda em fase exploratória, Carcará demanda investimentos "para um retorno que só acontecerá a partir da próxima década", já que a estatal postergou o início das operações do projeto para além do horizonte de seu plano de investimentos, que vai até 2020.
"Em contrapartida, (a venda do ativo) gera recursos importantes no momento atual da companhia, para que a gente possa alocar em ativos que estão em produção ou vão entrar em produção em breve", argumentou a executiva.
Em relatório divulgado ainda na madrugada de sexta, o analista André Natal, do Credit Suisse, disse que a operação é positiva porque "traz de volta ao presente uma receita que, de outra forma, só estaria disponível no futuro".
A Petrobras tem uma dívida de US$ 126 bilhões, segundo dados do último balanço, e grandes volumes de vencimentos nos próximos três anos.
O analista lembra que a estatal já havia adiado o início da produção na área para depois de 2020, quando anunciou a última revisão de seu planejamento estratégico, em 2015. Com poucos recursos em caixa e elevada dívida, a empresa decidiu focar nos projetos hoje em operação, como Lula e Sapinhoá, e na área da cessão onerosa.
Carcará fica na Bacia de Santos, a cerca de 200 quilômetros do litoral de São Paulo. A descoberta foi feita em um bloco exploratório arrematado pela Petrobras e seus sócios em 2000, na segunda rodada de licitações de áreas petrolíferas do país.
Ainda está em fase de avaliação da descoberta, na qual as empresas perfuram poços adicionais para delimitar o tamanho do reservatório. Esta fase termina em 2018, quando os concessionários terão que apresentar um programa de desenvolvimento da produção de petróleo.
Com os primeiros poços perfurados abaixo da camada de sal, percebeu-se que a jazida se estendia para além da área concedida no passado e, por isso, as empresas terão que negociar com a União qual a parcela de cada parte nas reservas. A parcela do governo deve ser leiloada no ano que vem, em licitação de áreas do pré-sal.
AMADURECIMENTO
Questionado sobre a aceleração dos anúncios de vendas de ativos nos últimos meses, Monteiro disse que "é o amadurecimento de várias operações que vinham sendo discutidas" desde o início do plano de desinvestimento.
Até agora, informou o diretor financeiro da estatal, a empresa já colocou em caixa US$ 1,6 bilhão - US$ 700 milhões da venda de 25% da subsidiária Gaspetro e US$ 900 milhões da venda de suas operações na Argentina — e espera outros US$ 490 milhões da venda das operações chilenas.
Assim, a companhia já garantiu US$ 2,1 bilhões com seu programa de venda de ativos, que tem como meta arrecadar US$ 15,1 bilhões.
Na última sexta (22), a companhia anunciou um novo modelo de venda da BR Distribuidora, que prevê o controle compartilhado da subsidiária.
Nesta quinta (28) informou que abriu negociações exclusivas com a mexicana Alpek para venda das empresas do complexo petroquímico de Pernambuco.
Petrobras e Statoil assinaram ainda um memorando de entendimentos para análise de parcerias. Segundo Guedes, um dos interesses da Petrobras no acordo é a grande experiência da empresa norueguesa na recuperação de campos maduros de petróleo.
Segundo o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, as negociações para a primeira venda de área do pré-sal pela estatal foram iniciadas há um ano. "É a maior operação de fusões e aquisições já realizada no setor de petróleo do país", afirmou o executivo, em entrevista para detalhar a operação, que teve o presidente da estatal, Pedro Parente, como espectador.
O valor negociado com a Statoil corresponde a cerca de 20% do volume que a empresa ainda tem que arrecadar para cumprir sua meta de venda de ativos.
A Petrobras tem 66% da área de Carcará, que já tem descobertas de petróleo, mas ainda não está em operação. Os outros sócios são a portuguesa Petrogral, com 14%, a Queiroz Galvão Exploração e Produção e a Barra Energia, ambas com 10%.
O campo tem reservas estimadas entre 700 milhões e 1,3 bilhão de barris de óleo equivalente (somado ao gás).
Em comunicado divulgado na madrugada desta sexta, a estatal informou que a primeira parcela, de US$ 1,25 bilhão, será paga no fechamento da operação, que depende ainda da consulta aos demais sócios pelo direito de preferência e da aprovação das autoridades competentes.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Pré-sal. Onde ficam os campos. Petróleo. Petrobras |
"A operação faz parte da política de gestão de portfólio da Petrobras, que prioriza investimentos em ativos com maior potencial de geração de caixa no curto prazo e com maior possibilidade de otimização de capital e de ganhos de escala, devido à padronização de projetos de desenvolvimento da produção", afirma a empresa no comunicado.
Na entrevista, a diretora de exploração e produção da Petrobras, Solange Guedes, explicou que, por estar ainda em fase exploratória, Carcará demanda investimentos "para um retorno que só acontecerá a partir da próxima década", já que a estatal postergou o início das operações do projeto para além do horizonte de seu plano de investimentos, que vai até 2020.
"Em contrapartida, (a venda do ativo) gera recursos importantes no momento atual da companhia, para que a gente possa alocar em ativos que estão em produção ou vão entrar em produção em breve", argumentou a executiva.
Em relatório divulgado ainda na madrugada de sexta, o analista André Natal, do Credit Suisse, disse que a operação é positiva porque "traz de volta ao presente uma receita que, de outra forma, só estaria disponível no futuro".
A Petrobras tem uma dívida de US$ 126 bilhões, segundo dados do último balanço, e grandes volumes de vencimentos nos próximos três anos.
O analista lembra que a estatal já havia adiado o início da produção na área para depois de 2020, quando anunciou a última revisão de seu planejamento estratégico, em 2015. Com poucos recursos em caixa e elevada dívida, a empresa decidiu focar nos projetos hoje em operação, como Lula e Sapinhoá, e na área da cessão onerosa.
Carcará fica na Bacia de Santos, a cerca de 200 quilômetros do litoral de São Paulo. A descoberta foi feita em um bloco exploratório arrematado pela Petrobras e seus sócios em 2000, na segunda rodada de licitações de áreas petrolíferas do país.
Ainda está em fase de avaliação da descoberta, na qual as empresas perfuram poços adicionais para delimitar o tamanho do reservatório. Esta fase termina em 2018, quando os concessionários terão que apresentar um programa de desenvolvimento da produção de petróleo.
Com os primeiros poços perfurados abaixo da camada de sal, percebeu-se que a jazida se estendia para além da área concedida no passado e, por isso, as empresas terão que negociar com a União qual a parcela de cada parte nas reservas. A parcela do governo deve ser leiloada no ano que vem, em licitação de áreas do pré-sal.
AMADURECIMENTO
Questionado sobre a aceleração dos anúncios de vendas de ativos nos últimos meses, Monteiro disse que "é o amadurecimento de várias operações que vinham sendo discutidas" desde o início do plano de desinvestimento.
Até agora, informou o diretor financeiro da estatal, a empresa já colocou em caixa US$ 1,6 bilhão - US$ 700 milhões da venda de 25% da subsidiária Gaspetro e US$ 900 milhões da venda de suas operações na Argentina — e espera outros US$ 490 milhões da venda das operações chilenas.
Assim, a companhia já garantiu US$ 2,1 bilhões com seu programa de venda de ativos, que tem como meta arrecadar US$ 15,1 bilhões.
Na última sexta (22), a companhia anunciou um novo modelo de venda da BR Distribuidora, que prevê o controle compartilhado da subsidiária.
Nesta quinta (28) informou que abriu negociações exclusivas com a mexicana Alpek para venda das empresas do complexo petroquímico de Pernambuco.
Petrobras e Statoil assinaram ainda um memorando de entendimentos para análise de parcerias. Segundo Guedes, um dos interesses da Petrobras no acordo é a grande experiência da empresa norueguesa na recuperação de campos maduros de petróleo.
Fonte: Folha Online - 29/07/2016
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