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Lucro do Santander Brasil cresce 7,8% no 2º trimestre e atinge R$ 1,8 bilhão
Publicado em 28/07/2016 , por FERNANDA PERRIN
O Santander Brasil anunciou nesta quarta-feira (27) que seu lucro líquido recorrente atingiu R$ 1,806 bilhão no segundo trimestre do ano, alta de 7,8% na comparação com o mesmo período de 2015 e de 8,8% em relação aos três primeiros meses deste ano.
O resultado positivo decorre de um melhor desempenho no varejo, com aumento da base de clientes e do número de transações, da diversificação de produtos para o agronegócio e da atuação do banco em fundos, afirma Sérgio Rial, presidente da filial brasileira do banco.
A captação total no segundo trimestre foi de R$ 518,4 bilhões, alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e 5% na comparação com o segundo trimestre de 2015. Em 12 meses, letras financeiras e fundos foram os responsáveis pelas maiores altas (28% e 25,6%, respectivamente), enquanto a poupança sofreu retração de 5,7%.
O banco pretende investir em mais serviços para a pessoa física. Em janeiro, deve ser lançado uma plataforma virtual para financiamento de veículos para acelerar o processo e reduzir a papelada envolvida, segundo Rial.
Outro produto cujo projeto deve começar no próximo ano é uma securitizadora, mercado em estágio inicial no Brasil, na visão do presidente do Santander. "Com a Selic acima de 14% não vai haver interessados, mas quando for um dígito, sim", disse.
Reflexo da crise econômica, a carteira de crédito recuou 4% em relação ao segundo trimestre de 2015, para R$ 244,3 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, a queda foi de 1,6%.
Já a carteira de crédito ampliada — que Inclui outras operações com risco como debêntures, FDIC, CRI, notas promissórias, notas promissórias de colocação no exterior, ativos relacionados a atividades de adquirência e avais e fianças — caiu 1,2% na comparação entre o primeiro e o segundo trimestres do ano, totalizando R$ 308,4 bilhões.
A redução do crédito foi maior no financiamento ao consumo, que caiu 9,6% em 12 meses, seguido do crédito para pequenas e médias empresas (-8,8%) e para grandes empresas (-8,7%). O único crédito que teve variação positiva no ano foi à pessoa física (6,5%).
Na comparação entre os trimestres, o crédito para pequenas e médias empresas sofreu a maior retração (-4,6%), seguido por grandes empresas (-3%) e financiamento ao consumo (-2,3%).
A qualidade da carteira permaneceu estável. No segundo trimestre, a taxa de inadimplência acima de 90 dias foi de 3,2%, um ponto percentual menor do que a registrada no primeiro trimestre e igual à do mesmo período do ano passado.
Rial não comentou se a elevação reflete a crise da Sete Brasil e da Oi, que entraram com pedido de recuperação judicial nos últimos meses. Ele afirmou apenas que casos do tipo têm peso "imaterial" no balanço porque é comum que casos de inadimplência de até 90 dias sejam regularizados.
"Não há nesse momento riscos que eu vejo ou tendências negativas que poderiam impactar a inadimplência pós-90 dias no terceiro trimestre", disse o presidente do banco.
A provisão do Santander Brasil para perdas com inadimplência cresceu 3,7% entre os trimestres e 7,6% no ano, totalizando R$ 2,5 bilhões. Os números baixos indicam que o banco espera ter menos perdas com calotes nos próximos meses.
Segundo Rial, o banco reduziu sua participação em grandes grupos econômicos nos últimos 20 meses. "Proporcionalmente, nossa participação é menor, então nossa exposição [a riscos] é menor", disse.
FGTS
Rial confirmou o interesse do Santander Brasil nos fundos do FGTS, hoje monopólio da Caixa, mas negou que mantenha conversas com o governo sobre o assunto.
"Monopólios não são bons para o Brasil. Não estamos de forma alguma advogando contra a Caixa, mas nossa posição é que existe um possível benefício ao trabalhador caso exista um contexto de maior concorrência, porque no final o FGTS é um beneficio do trabalhador", afirmou.
De acordo com reportagem do jornal "O Globo", bancos privados, como o Santander e o Bradesco, têm interesse em acessar os recursos do fundo, atualmente sob adminsitração exclusiva da Caixa. Uma mudança, porém, exige alteração do marco regulatório do FGTS.
CITI
O Santander estuda comprar o Citibank Brasil, que anunciou no começo do ano a intenção de vender sua operação no país. Outros bancos, como o Itaú Unibanco e o Safra, também teriaminteresse no negócio.
É "muito provável" que o Santander formalize uma proposta pelo Citi, afirmou Rial, mas que "não há a menor chance que a gente se entusiasme", no sentido de oferecer uma oferta muito grande pela compra, uma vez que a operação do Citi no país é pequena.
EXPECTATIVAS
A expectativa do Santander Brasil para o segundo semestre é de melhora nos indicadores econômicos, como queda da taxa de juros e recuperação do PIB.
"Acho que o Brasil está tendo uma certa normalização, estamos reduzindo as incertezas. Acredito que a equipe econômica não só é muito boa, como existe sintonia. Só indivíduos bons não é suficiente. Existe uma sintonia muito grande e uma abertura muito grande de fazer as coisas certas. Vamos fazer primeiro aquilo que controlamos antes de pedir algo a sociedade", afirmou Rial.
O resultado positivo decorre de um melhor desempenho no varejo, com aumento da base de clientes e do número de transações, da diversificação de produtos para o agronegócio e da atuação do banco em fundos, afirma Sérgio Rial, presidente da filial brasileira do banco.
A captação total no segundo trimestre foi de R$ 518,4 bilhões, alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e 5% na comparação com o segundo trimestre de 2015. Em 12 meses, letras financeiras e fundos foram os responsáveis pelas maiores altas (28% e 25,6%, respectivamente), enquanto a poupança sofreu retração de 5,7%.
O banco pretende investir em mais serviços para a pessoa física. Em janeiro, deve ser lançado uma plataforma virtual para financiamento de veículos para acelerar o processo e reduzir a papelada envolvida, segundo Rial.
Outro produto cujo projeto deve começar no próximo ano é uma securitizadora, mercado em estágio inicial no Brasil, na visão do presidente do Santander. "Com a Selic acima de 14% não vai haver interessados, mas quando for um dígito, sim", disse.
Reflexo da crise econômica, a carteira de crédito recuou 4% em relação ao segundo trimestre de 2015, para R$ 244,3 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, a queda foi de 1,6%.
Já a carteira de crédito ampliada — que Inclui outras operações com risco como debêntures, FDIC, CRI, notas promissórias, notas promissórias de colocação no exterior, ativos relacionados a atividades de adquirência e avais e fianças — caiu 1,2% na comparação entre o primeiro e o segundo trimestres do ano, totalizando R$ 308,4 bilhões.
A redução do crédito foi maior no financiamento ao consumo, que caiu 9,6% em 12 meses, seguido do crédito para pequenas e médias empresas (-8,8%) e para grandes empresas (-8,7%). O único crédito que teve variação positiva no ano foi à pessoa física (6,5%).
Na comparação entre os trimestres, o crédito para pequenas e médias empresas sofreu a maior retração (-4,6%), seguido por grandes empresas (-3%) e financiamento ao consumo (-2,3%).
A qualidade da carteira permaneceu estável. No segundo trimestre, a taxa de inadimplência acima de 90 dias foi de 3,2%, um ponto percentual menor do que a registrada no primeiro trimestre e igual à do mesmo período do ano passado.
Rial não comentou se a elevação reflete a crise da Sete Brasil e da Oi, que entraram com pedido de recuperação judicial nos últimos meses. Ele afirmou apenas que casos do tipo têm peso "imaterial" no balanço porque é comum que casos de inadimplência de até 90 dias sejam regularizados.
"Não há nesse momento riscos que eu vejo ou tendências negativas que poderiam impactar a inadimplência pós-90 dias no terceiro trimestre", disse o presidente do banco.
A provisão do Santander Brasil para perdas com inadimplência cresceu 3,7% entre os trimestres e 7,6% no ano, totalizando R$ 2,5 bilhões. Os números baixos indicam que o banco espera ter menos perdas com calotes nos próximos meses.
Segundo Rial, o banco reduziu sua participação em grandes grupos econômicos nos últimos 20 meses. "Proporcionalmente, nossa participação é menor, então nossa exposição [a riscos] é menor", disse.
FGTS
Rial confirmou o interesse do Santander Brasil nos fundos do FGTS, hoje monopólio da Caixa, mas negou que mantenha conversas com o governo sobre o assunto.
"Monopólios não são bons para o Brasil. Não estamos de forma alguma advogando contra a Caixa, mas nossa posição é que existe um possível benefício ao trabalhador caso exista um contexto de maior concorrência, porque no final o FGTS é um beneficio do trabalhador", afirmou.
De acordo com reportagem do jornal "O Globo", bancos privados, como o Santander e o Bradesco, têm interesse em acessar os recursos do fundo, atualmente sob adminsitração exclusiva da Caixa. Uma mudança, porém, exige alteração do marco regulatório do FGTS.
CITI
O Santander estuda comprar o Citibank Brasil, que anunciou no começo do ano a intenção de vender sua operação no país. Outros bancos, como o Itaú Unibanco e o Safra, também teriaminteresse no negócio.
É "muito provável" que o Santander formalize uma proposta pelo Citi, afirmou Rial, mas que "não há a menor chance que a gente se entusiasme", no sentido de oferecer uma oferta muito grande pela compra, uma vez que a operação do Citi no país é pequena.
EXPECTATIVAS
A expectativa do Santander Brasil para o segundo semestre é de melhora nos indicadores econômicos, como queda da taxa de juros e recuperação do PIB.
"Acho que o Brasil está tendo uma certa normalização, estamos reduzindo as incertezas. Acredito que a equipe econômica não só é muito boa, como existe sintonia. Só indivíduos bons não é suficiente. Existe uma sintonia muito grande e uma abertura muito grande de fazer as coisas certas. Vamos fazer primeiro aquilo que controlamos antes de pedir algo a sociedade", afirmou Rial.
Fonte: Folha Online - 27/07/2016
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