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Bancos demitiram 97% mais em 2015, aponta pesquisa
Publicado em 25/01/2016
Os bancos contrataram 29.889 funcionários e desligaram 39.775, em 2015. O salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.550,19, contra R$ 6.308,10 dos desligados
O setor bancário brasileiro fechou 9.886 postos de trabalho em 2015, segundo a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), publicada nesta semana pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). O número é 97,6% maior do que o número de demitidos pelos bancos em 2014 (5.004).
O estudo é feito mensalmente, em parceria com o Dieese, usa como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e também revela que nos últimos três anos o setor permaneceu extinguindo empregos. Na comparação com 2013, o corte de pessoal no ano passado foi 128,4% superior. Naquele ano foram desligados 4.329 funcionários.
Segundo a pesquisa, os bancos múltiplos, com carteira comercial – categoria que engloba grandes instituições, como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil –, continuam sendo os principais responsáveis pelo saldo negativo. Eles eliminaram 7.248 empregos em 2015 (73% do total). Na Caixa, foram fechados 2.497 postos de trabalho no período (25%).
Na comparação mensal, dezembro apresentou o terceiro pior saldo, foram fechados 1.639 postos de trabalho, perdendo apenas para os meses de julho (-3.069) e novembro (-1.928). Em julho, o saldo negativo foi influenciado pelos programas de incentivo à aposentadoria implantados no Banco do Brasil e na Caixa.
Reduções por estados
No total, 22 estados apresentaram saldos negativos de emprego e apenas cinco tiveram saldo positivo entre desligamentos e admissões. As reduções mais expressivas ocorreram em São Paulo (-2.835), Rio de Janeiro (-1.515) e Rio Grande do Sul (-1.088). O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com geração de 115 novos postos de trabalho, seguido pelo Mato Grosso, com 41 novos postos no período.
De acordo com o levantamento da Contraf/Dieese, além do corte de vagas, a rotatividade continua alta. Os bancos contrataram 29.889 funcionários e desligaram 39.775, em 2015.
A pesquisa também demonstra que o salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.550,19, contra R$ 6.308,10 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 43,7% menor que a remuneração dos dispensados.
Salários mostra desigualdade de gênero contínua
Mesmo representando metade da categoria e tendo maior escolaridade, as mulheres continuam ganhando menos. As 14.291 mulheres admitidas, em 2015, receberam, em média, R$ 3.158,29, valor 19,2% inferior à remuneração média dos homens contratados no mesmo período, que foi de R$ 3.909,25.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres é ainda maior na demissão. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos entre janeiro e dezembro recebiam R$ 5.439,40, que representa 23,4% a menos que o salário dos homens desligados dos bancos, de R$ 7.104,83.
O setor bancário brasileiro fechou 9.886 postos de trabalho em 2015, segundo a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), publicada nesta semana pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). O número é 97,6% maior do que o número de demitidos pelos bancos em 2014 (5.004).
O estudo é feito mensalmente, em parceria com o Dieese, usa como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e também revela que nos últimos três anos o setor permaneceu extinguindo empregos. Na comparação com 2013, o corte de pessoal no ano passado foi 128,4% superior. Naquele ano foram desligados 4.329 funcionários.
Segundo a pesquisa, os bancos múltiplos, com carteira comercial – categoria que engloba grandes instituições, como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil –, continuam sendo os principais responsáveis pelo saldo negativo. Eles eliminaram 7.248 empregos em 2015 (73% do total). Na Caixa, foram fechados 2.497 postos de trabalho no período (25%).
Na comparação mensal, dezembro apresentou o terceiro pior saldo, foram fechados 1.639 postos de trabalho, perdendo apenas para os meses de julho (-3.069) e novembro (-1.928). Em julho, o saldo negativo foi influenciado pelos programas de incentivo à aposentadoria implantados no Banco do Brasil e na Caixa.
Reduções por estados
No total, 22 estados apresentaram saldos negativos de emprego e apenas cinco tiveram saldo positivo entre desligamentos e admissões. As reduções mais expressivas ocorreram em São Paulo (-2.835), Rio de Janeiro (-1.515) e Rio Grande do Sul (-1.088). O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com geração de 115 novos postos de trabalho, seguido pelo Mato Grosso, com 41 novos postos no período.
De acordo com o levantamento da Contraf/Dieese, além do corte de vagas, a rotatividade continua alta. Os bancos contrataram 29.889 funcionários e desligaram 39.775, em 2015.
A pesquisa também demonstra que o salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.550,19, contra R$ 6.308,10 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 43,7% menor que a remuneração dos dispensados.
Salários mostra desigualdade de gênero contínua
Mesmo representando metade da categoria e tendo maior escolaridade, as mulheres continuam ganhando menos. As 14.291 mulheres admitidas, em 2015, receberam, em média, R$ 3.158,29, valor 19,2% inferior à remuneração média dos homens contratados no mesmo período, que foi de R$ 3.909,25.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres é ainda maior na demissão. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos entre janeiro e dezembro recebiam R$ 5.439,40, que representa 23,4% a menos que o salário dos homens desligados dos bancos, de R$ 7.104,83.
Fonte: IG Notícias - 23/01/2016
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