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Dia das Crianças: Como equilibrar os desejos delas com o nosso orçamento?
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Dia das Crianças: Como equilibrar os desejos delas com o nosso orçamento?

Publicado em 11/10/2017 , por Denise Kanda

Segundo estudo do SPC Brasil e a CNDL, cerca de 13% dos consumidores têm a intenção de extrapolar o orçamento na hora do presente este ano; confira

Ah que saudades da infância! Não havia boletos para pagar, as obrigações eram infinitamente menores que as de hoje, e os prazos apenas diziam respeito em ligar a TV no horário do desenho preferido. Mas agora que essa fase passou, é a nossa vez de presentearmos no Dia das Crianças.

E essa tarefa pesa no bolso. De acordo com dados encomendados pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), alguns consumidores poderão pagar até 70% de impostos nos produtos para o Dia das Crianças . A alta tributação, obviamente reflete no preço final, e não é a toa que boa parte dos consumidores irão às compras, com gasto médio de R$ 194, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

E é neste cenário de altos preços e desejo de atender aos pedidos das crianças que o Mestre em Administração de Negócios (MBA, na sigla em inglês) em Gestão Estratégica de Negócios, Alexandre Miserani, listou algumas dicas para o consumidor , que admite ter a intenção de extrapolar o orçamento na hora do presente. Segundo o SPC Brasil e a CNDL, esse grupo é composto por 13% dos entrevistados.

1. Fique atento às consequências
Fazer parte desse grupo de 13% de consumidores pode trazer enormes prejuízos financeiros, portanto é essencial ter cautela máxima, e lembrar que em breve o Natal chega. Entre as razões que podem levar a postura, Miserani explica que “Nessas datas comemorativas, principalmente do Dia das Crianças, talvez por um estímulo de recompensa pela ausência, ou mesmo, por uma disputa social que não levará a nada, as pessoas acabam se endividando e arcando com prejuízos maiores do que podem arcar”.

2. Alternativas
Faça um dia dedicado exclusivamente à criança, repleta de brincadeiras, visitas aos parques, museus, ações sociais, algo que estimule à criatividade do seu filho, primo ou sobrinho como a construção de um brinquedo artesanalmente. Enfim, tudo para mostrar que a data não é um dia de consumo, e sim uma comemoração por ser criança.

3. Crianças determinadas
Em casos aonde a criança quer uma coisa específica, mas que é cara para o orçamento familiar, Alexandre Miserani aconselha que o adulto mostre a ela modos de poupança – como o tradicional porquinho, para que posteriormente aquele desejo seja realizado. Simplesmente mostrar que não há condições de dar aquele presente em específico, mas que algo inusitado, inventivo pode ser melhor aproveitado por ela também é uma boa forma de negociar.

4. Desde cedo
Miserani aponta que as crianças devem ser estimuladas desde cedo a poupar para conseguir seus objetivos. E que ainda sim, o cofrinho de guardar moedas é um meio lúdico e útil de trazer o hábito de poupar, para então ela conseguir o que levou determinado tempo para guardar. Assim, ela pode crescer um adulto responsável economicamente.

5. Comércio popular
Diante dos altos preços é natural que muitos consumidores recorram ao comércio popular. A alternativa é aconselhável pelo especialista, mas com algumas ressalvas. “Podemos recorrer às lojas mais populares, mas sempre se precavendo de comprar produtos pirateados, ou de procedência duvidosa, sob pena de falta de garantia, partes e peças que podem intoxicar, machucar e até matar crianças”, ele avalia. Além disso, Miserani diz que é importante o consumidor ficar de olho no selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e não se atrair somente pelo preço.

6. Afinal de contas, logo é Natal
Novamente, é essencial não começar o próximo ano com altas dívidas e com as férias comprometidas. Por isso, o especialista diz que sempre é uma boa alternativa economizar, comprar presentes dentro do orçamento e fazer as famosas “vaquinhas” para comprar algo melhor.

Mas mais do que isso, Miserani diz que é mais vantajoso oferecer às pessoas próximas momentos de lazer e/ou viagens e não gastar com brinquedos caros, que em pouco tempo serão esquecidos. Pense bem antes de abrir a carteira no Dia das Crianças e fazer gastos desnecessários.

Fonte: Brasil Econômico - 10/10/2017

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