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Black Friday dos imóveis promete descontos de até 50%
Publicado em 19/11/2015 , por BIANCA PINTO LIMA e MALENA OLIVEIRA
Construtoras e incorporadoras pegam carona nas ações do varejo, mas juros altos e financiamento escasso podem não compensar o abatimento
Com as vendas em queda e de olho no 13º salário, o setor imobiliário decidiu pegar carona nas ações do varejo e entrou de vez na Black Friday. A megaliquidação, inspirada no evento dos Estados Unidos, está marcada apenas para o dia 27 de novembro, mas construtoras e incorporadoras já anteciparam as ofertas.
Parte das empresas montou plantões online, com vendedores especializados e prontos para fechar quase toda a compra virtualmente. Os descontos prometidos nos "black feirões" chegam a 50%, mas a maioria fica bem abaixo disso e é preciso atenção aos custos dos financiamentos.
Antes de aproveitar as ofertas, é necessário ter o financiamento pré-aprovado pelo banco, pois nem todas as construtoras fazem avaliações de crédito na hora da venda. "Caso o banco não aprove o pedido depois da compra, o consumidor pode ter dificuldades para resgatar o dinheiro pago antecipadamente à empresa", afirma Marcelo Tapai, advogado especialista em direito imobiliário.
Para as empresas, o momento é de unir forças. Pela primeira vez, grandes representantes do setor lançaram uma plataforma única de ofertas. Batizado de Feirão Black Friday do Brasil, o site reúne cem empreendimentos das construtoras Eztec, PDG, Tecnisa e Camargo Corrêa. Os descontos valem para diversas partes do País, mas se concentram na região do ABC e na capital paulista.
Esperamos gerar R$ 350 milhões em oportunidades de negócios", diz Victor Vieira, diretor de marketing do evento. O maior desconto do feirão, que vai até o dia 29 de novembro, é de R$ 364 mil em um apartamento da Camargo Corrêa em Curitiba - o que representa um abatimento de 30%.
Apesar da ação conjunta, a PDG também lançou uma campanha individual, com descontos de até 40% até o final do mês. Para driblar a escassez de crédito, a construtora financia os imóveis diretamente com os clientes, em até 120 meses. Mas isso só vale para as unidades comerciais. No caso das residenciais, a empresa garante a devolução completa do valor pago caso o financiamento não seja aprovado pelo banco.
Cuidados. Mas os especialistas alertam: não existe negócio imperdível que justifique a compra por emoção, é necessário um planejamento financeiro criterioso. Quanto maior a entrada, por exemplo, melhor para o bolso, já que o pagamento de juros será menor.
O consumidor também não deve comprometer mais de 30% da renda líquida mensal (já descontados os impostos) com todas as dívidas, incluindo a imobiliária. Para quem precisa de muito crédito, o especialista em finanças Rafael Seabra destaca o que chama de ilusão dos preços menores. "Como o financiamento imobiliário tem prazo muito longo e estamos com uma taxa de juros bem maior do que há três anos, o preço final às vezes não muda muito (nessa base de comparação)."
Além do endividamento, é preciso atenção ao movimento dos preços. Segundo cálculos do pesquisador Eduardo Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os valores já voltaram ao patamar de 2012. "E acredito que ainda há um ajuste (para baixo) a ser feito, mas nada drástico." Ele lembra que os juros altos são um incentivo para adiar a compra e deixar o dinheiro rendendo. Para o negócio valer a pena com uma Selic de 14,25% ao ano, portanto, os descontos devem ser superiores a 10%.
A campeã das ofertas é a Viva Real, plataforma que conecta incorporadoras a clientes. As promoções vão até o dia 30, em mais de 60 cidades, e o abatimento chega a 50% do preço. "Tem imóveis que estão saindo por R$ 100 mil", comenta Lucas Vargas, vice-presidente da empresa.
Com foco maior em estandes físicos e descontos de R$ 15 mil, em média, a construtora MRV também engrossa o grupo dos "black feirões". As promoções são oferecidas em estruturas montadas em shoppings, estacionamentos de supermercados e plantões de vendas, que atendem até o próximo dia 22 em algumas cidades (veja na tabela abaixo). A maratona de descontos, porém, vai até o próximo dia 30 no site da construtora. A maioria dos imóveis pode ser financiada pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Com as vendas em queda e de olho no 13º salário, o setor imobiliário decidiu pegar carona nas ações do varejo e entrou de vez na Black Friday. A megaliquidação, inspirada no evento dos Estados Unidos, está marcada apenas para o dia 27 de novembro, mas construtoras e incorporadoras já anteciparam as ofertas.
Parte das empresas montou plantões online, com vendedores especializados e prontos para fechar quase toda a compra virtualmente. Os descontos prometidos nos "black feirões" chegam a 50%, mas a maioria fica bem abaixo disso e é preciso atenção aos custos dos financiamentos.
Antes de aproveitar as ofertas, é necessário ter o financiamento pré-aprovado pelo banco, pois nem todas as construtoras fazem avaliações de crédito na hora da venda. "Caso o banco não aprove o pedido depois da compra, o consumidor pode ter dificuldades para resgatar o dinheiro pago antecipadamente à empresa", afirma Marcelo Tapai, advogado especialista em direito imobiliário.
Para as empresas, o momento é de unir forças. Pela primeira vez, grandes representantes do setor lançaram uma plataforma única de ofertas. Batizado de Feirão Black Friday do Brasil, o site reúne cem empreendimentos das construtoras Eztec, PDG, Tecnisa e Camargo Corrêa. Os descontos valem para diversas partes do País, mas se concentram na região do ABC e na capital paulista.
Esperamos gerar R$ 350 milhões em oportunidades de negócios", diz Victor Vieira, diretor de marketing do evento. O maior desconto do feirão, que vai até o dia 29 de novembro, é de R$ 364 mil em um apartamento da Camargo Corrêa em Curitiba - o que representa um abatimento de 30%.
Apesar da ação conjunta, a PDG também lançou uma campanha individual, com descontos de até 40% até o final do mês. Para driblar a escassez de crédito, a construtora financia os imóveis diretamente com os clientes, em até 120 meses. Mas isso só vale para as unidades comerciais. No caso das residenciais, a empresa garante a devolução completa do valor pago caso o financiamento não seja aprovado pelo banco.
Cuidados. Mas os especialistas alertam: não existe negócio imperdível que justifique a compra por emoção, é necessário um planejamento financeiro criterioso. Quanto maior a entrada, por exemplo, melhor para o bolso, já que o pagamento de juros será menor.
O consumidor também não deve comprometer mais de 30% da renda líquida mensal (já descontados os impostos) com todas as dívidas, incluindo a imobiliária. Para quem precisa de muito crédito, o especialista em finanças Rafael Seabra destaca o que chama de ilusão dos preços menores. "Como o financiamento imobiliário tem prazo muito longo e estamos com uma taxa de juros bem maior do que há três anos, o preço final às vezes não muda muito (nessa base de comparação)."
Além do endividamento, é preciso atenção ao movimento dos preços. Segundo cálculos do pesquisador Eduardo Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os valores já voltaram ao patamar de 2012. "E acredito que ainda há um ajuste (para baixo) a ser feito, mas nada drástico." Ele lembra que os juros altos são um incentivo para adiar a compra e deixar o dinheiro rendendo. Para o negócio valer a pena com uma Selic de 14,25% ao ano, portanto, os descontos devem ser superiores a 10%.
A campeã das ofertas é a Viva Real, plataforma que conecta incorporadoras a clientes. As promoções vão até o dia 30, em mais de 60 cidades, e o abatimento chega a 50% do preço. "Tem imóveis que estão saindo por R$ 100 mil", comenta Lucas Vargas, vice-presidente da empresa.
Com foco maior em estandes físicos e descontos de R$ 15 mil, em média, a construtora MRV também engrossa o grupo dos "black feirões". As promoções são oferecidas em estruturas montadas em shoppings, estacionamentos de supermercados e plantões de vendas, que atendem até o próximo dia 22 em algumas cidades (veja na tabela abaixo). A maratona de descontos, porém, vai até o próximo dia 30 no site da construtora. A maioria dos imóveis pode ser financiada pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Fonte: Estadão - 18/11/2015
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