<
Voltar para notícias
5452
pessoas já leram essa notícia
Fundo de pensão deve ter novas regras
Publicado em 18/11/2015 , por MURILO RODRIGUES ALVES
Cálculo que determina injeção de recursos para cobrir rombos vai seguir a duração dos planos
BRASÍLIA - O governo deve flexibilizar as regras de solvência dos fundos de pensão. O cálculo a partir do qual os participantes e patrocinadores são obrigados a injetar recursos para cobrir desequilíbrios vai variar de acordo com o horizonte médio dos prazos de pagamento dos benefícios. A proposta, que será apresentada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar, que fiscaliza o setor, deve ser aprovada na reunião da quarta-feira, 18, do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
A mudança nas regras foi noticiada nesta segunda-feira, 16, pela Folha de S. Paulo. A tolerância atual é déficit de 10% do patrimônio líquido. Caso ultrapasse esse limite, o fundo tem de se reequilibrar, elevando contribuições de participantes e patrocinadores. Se o plano ficar no vermelho por três anos consecutivos também é obrigado a fazer novos aportes.
A mudança deve usar como medida o “duration”, jargão do setor que indica o prazo médio que o plano tem para pagar as aposentadorias. Tomando por base todo o sistema, esse horizonte é de 12,3 anos. A nova regra levaria em conta o “duration” menos quatro anos. O limite de déficit médio do sistema seria, portanto, de 8,3% do patrimônio líquido. Em média, o teto de déficit seria menor do que a regra atual.
“Uma regra inadequada pode levar planos de equacionamento desnecessários”, afirma Jaime Mariz, secretário de Políticas de Previdência Complementar do Ministro do Trabalho e da Previdência Social. Ele cita como exemplo o caso da Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), que distribuiu superávit por sete anos aos participantes do plano de benefício definido e agora, segundo o secretário, deve apresentar déficit neste ano. “A nova regra tende a ter uma visão de longo prazo, mais adequada para o sistema.”
A Associação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que representa o setor, tenta que as novas regras já sejam opção para as entidades que precisam apresentar ainda em 2015 plano de equacionamento em relação ao balanço do ano passado. O governo, porém, quer que as regras só entrem em vigor em 2016. “Se vamos ter uma regra que é mais justa, por que forçar o equacionamento pela regra atual?”, questiona José Ribeiro Pena Neto (Abrapp).
No entanto, se as regras novas puderem ser usadas a partir deste ano, o número de planos que vão precisar se ajustar será parecido – ficará entre 70 a 80. Bem próximo dos 77 planos que precisam, até o dia 31 de dezembro deste ano, apresentar solução para os desequilíbrios com base na regra atual, segundo levantamento feito pela Previc. É o caso do Postalis (dos funcionários dos Correios) e da Funcef (Caixa).
Rombo. Em 2014, o déficit total acumulado do sistema foi de R$ 31 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o “buraco” aumentou para R$ 45,8 bilhões, segundo o balanço da Abrapp. As perdas são consequência da piora da economia, de erros de análise de investimento, má gestão e, em alguns casos, fraudes e corrupção – o que motivou a criação de uma CPI para apurar desvios nos fundos das estatais.
“Ainda que o número de planos que vão precisar se adequar seja parecido, as entidades esperam essa decisão, porque vai mudar também o quanto patrocinadores e participantes precisarão injetar”, diz Guilherme Benites, da consultoria Aditus, que tem 70 fundos de pensão no portfólio.
Para Sílvio Rangel, diretor-superintendente da Fundação Itaipu Brasil, a regulação atual induz a gestão de curto prazo dos investimentos dos fundos de pensão. Segundo ele, as entidades preferem investimentos com liquidez, baixo risco e, consequentemente, baixo retorno. “Isso impede que os aportes dos fundos sirvam ao País como capital de longo prazo, contrapartida ao incentivo tributário que as fundações gozam”, diz.
BRASÍLIA - O governo deve flexibilizar as regras de solvência dos fundos de pensão. O cálculo a partir do qual os participantes e patrocinadores são obrigados a injetar recursos para cobrir desequilíbrios vai variar de acordo com o horizonte médio dos prazos de pagamento dos benefícios. A proposta, que será apresentada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar, que fiscaliza o setor, deve ser aprovada na reunião da quarta-feira, 18, do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
A mudança nas regras foi noticiada nesta segunda-feira, 16, pela Folha de S. Paulo. A tolerância atual é déficit de 10% do patrimônio líquido. Caso ultrapasse esse limite, o fundo tem de se reequilibrar, elevando contribuições de participantes e patrocinadores. Se o plano ficar no vermelho por três anos consecutivos também é obrigado a fazer novos aportes.
A mudança deve usar como medida o “duration”, jargão do setor que indica o prazo médio que o plano tem para pagar as aposentadorias. Tomando por base todo o sistema, esse horizonte é de 12,3 anos. A nova regra levaria em conta o “duration” menos quatro anos. O limite de déficit médio do sistema seria, portanto, de 8,3% do patrimônio líquido. Em média, o teto de déficit seria menor do que a regra atual.
“Uma regra inadequada pode levar planos de equacionamento desnecessários”, afirma Jaime Mariz, secretário de Políticas de Previdência Complementar do Ministro do Trabalho e da Previdência Social. Ele cita como exemplo o caso da Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), que distribuiu superávit por sete anos aos participantes do plano de benefício definido e agora, segundo o secretário, deve apresentar déficit neste ano. “A nova regra tende a ter uma visão de longo prazo, mais adequada para o sistema.”
A Associação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que representa o setor, tenta que as novas regras já sejam opção para as entidades que precisam apresentar ainda em 2015 plano de equacionamento em relação ao balanço do ano passado. O governo, porém, quer que as regras só entrem em vigor em 2016. “Se vamos ter uma regra que é mais justa, por que forçar o equacionamento pela regra atual?”, questiona José Ribeiro Pena Neto (Abrapp).
No entanto, se as regras novas puderem ser usadas a partir deste ano, o número de planos que vão precisar se ajustar será parecido – ficará entre 70 a 80. Bem próximo dos 77 planos que precisam, até o dia 31 de dezembro deste ano, apresentar solução para os desequilíbrios com base na regra atual, segundo levantamento feito pela Previc. É o caso do Postalis (dos funcionários dos Correios) e da Funcef (Caixa).
Rombo. Em 2014, o déficit total acumulado do sistema foi de R$ 31 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o “buraco” aumentou para R$ 45,8 bilhões, segundo o balanço da Abrapp. As perdas são consequência da piora da economia, de erros de análise de investimento, má gestão e, em alguns casos, fraudes e corrupção – o que motivou a criação de uma CPI para apurar desvios nos fundos das estatais.
“Ainda que o número de planos que vão precisar se adequar seja parecido, as entidades esperam essa decisão, porque vai mudar também o quanto patrocinadores e participantes precisarão injetar”, diz Guilherme Benites, da consultoria Aditus, que tem 70 fundos de pensão no portfólio.
Para Sílvio Rangel, diretor-superintendente da Fundação Itaipu Brasil, a regulação atual induz a gestão de curto prazo dos investimentos dos fundos de pensão. Segundo ele, as entidades preferem investimentos com liquidez, baixo risco e, consequentemente, baixo retorno. “Isso impede que os aportes dos fundos sirvam ao País como capital de longo prazo, contrapartida ao incentivo tributário que as fundações gozam”, diz.
Fonte: Estadão - 17/11/2015
5452
pessoas já leram essa notícia
Notícias
- 25/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Etanol se mostra como opção mais vantajosa que gasolina em 11 Estados e no DF
- Prevent Sênior, Amil e mais 12 planos são processados por práticas abusivas; veja lista
- Trabalhadores recebem primeira parcela do décimo terceiro nesta semana
- Pé-de-Meia: pagamento a estudantes começa nesta segunda
- Após Carrefour, Intermarché suspende venda de carne sul-americana na França
- Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bi por ano
- Juíza absolve acusados pela “lava jato” de abrir contas para lavagem de dinheiro
- Quais medidas devem ser incluídas no pacote de corte de gastos? Ex-diretor do BC analisa
- Terceira Turma reforma decisão que condenou plano de saúde a pagar exame realizado no exterior
- Plano de saúde é condenado por cancelamento de contrato de adolescente com TEA
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)