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Consumidores desconhecem preços em queda na segunda quinzena do mês
Publicado em 17/11/2015 , por Luis Philipe Souza
Preços chegam a apresentar queda de 70%, mas frequência de clientes ao ponto de venda cai 11,3%, em média, após o dia 17
A inflação voltou a incomodar em 2015 e, junto com ela, voltaram à pauta das famílias os cortes no orçamento. Ou seja: planejamento financeiro virou assunto recorrente após alguns anos de grande oferta de crédito. Apesar disso, o consumidor ainda está comprando no pior momento quando se fala em preço.
Na segunda quinzena do mês, a partir do dia 17, os preços caem. E o consumidor, que deveria aproveitar esse movimento predominante em todos os setores do varejo, costuma ir menos ao ponto de venda. De acordo com uma pesquisa em escala nacional feita a pedido do iG pela Virtual Gate, empresa especializada em monitoramento e contagem do fluxo de pessoas, a média da queda de clientes nas lojas nos últimos 12 meses foi de 11,3%. As exceções ficam por conta apenas de novembro e dezembro, reflexo de 13º salário, Black Friday e Natal.
Para Caio Camargo, diretor de Relações Institucionais da empresa, o consumidor ainda não percebeu que é vantagem comprar na segunda metade do mês, ainda predominando bastante a compra por impulso. “Do lado do consumidor é aquela coisa: ‘eu sei que tenho hoje e não sei quanto ou se vou ter amanhã’”, pondera, acrescentando que essa mudança afeta mais fortemente o trabalhador que ganha menos e, portanto, tem a maior parcela do salário sendo consumida logo após receber.
Já do lado do comerciante, Camargo explica que a queda no fluxo de vendas é devido ao menor número de opções ofertadas, o que força o varejo a baixar o preço. “Tem de tentar dar um estímulo para o consumidor, senão a queda seria muito maior do que essa média de 11,3%”, diz.
A tendência de queda de preços e fluxo de clientes é observada em todos os setores do varejo. Um dos melhores exemplos é o segmento de produtos de farmácia, cosméticos, higiene e beleza, que tem queda média de 30% a partir do dia 17 de cada mês.
Apesar da média razoável, os descontos chegam a até 70%, segundo David Almeida, sócio-fundador da Multifarmas, plataforma de comparação de preço online que abrange todos os 33 e-commerces brasileiros da área. “O consumidor não entendeu a questão do preço e da disponibilidade dos produtos. Chegam na segunda metade do mês [sem planejamento] e não têm mais condições de aproveitar as ofertas”, explica.
Peculiaridades que fazem diferença
Mas, afinal, é apenas ausência de planejamento ou faltam condições financeiras factíveis para aguentar e aproveitar a estratégia do varejo? Para a Ana Paula Tozzi, CEO da GS&AGR Consultores, empresa especialista em varejo, marketing e distribuição, as duas opções estão corretas. “O varejo não consegue aumentar o preço na 1ª quinzena, até porque o consumidor nunca foi tão bem informado”, afirma. A executiva pondera que, por outro lado, o planejamento financeiro não costuma fazer parte do cotidiano das famílias.
Paula frisa que há diferenças entre os segmentos, e que quem planeja comprar mais barato precisa ficar atento a elas. Uma rede de supermercados, por exemplo, pode dar descontos em apenas alguns produtos e oferecer aos clientes, que vão levar outros itens (sem desconto), não alterando o volume de compras de alto giro. Já o segmento de eletrônicos vive um cenário inverso, pois são compras pontuais.
“Funciona muito bem para o supermercado por trabalharem com uma variedade grande de produtos e terem a possibilidade de margem de lucro composta. Já para eletrônicos não, porque ninguém faz compras de grande volume nesse segmento, é uma compra de um produto específico”, explica.
A inflação voltou a incomodar em 2015 e, junto com ela, voltaram à pauta das famílias os cortes no orçamento. Ou seja: planejamento financeiro virou assunto recorrente após alguns anos de grande oferta de crédito. Apesar disso, o consumidor ainda está comprando no pior momento quando se fala em preço.
Na segunda quinzena do mês, a partir do dia 17, os preços caem. E o consumidor, que deveria aproveitar esse movimento predominante em todos os setores do varejo, costuma ir menos ao ponto de venda. De acordo com uma pesquisa em escala nacional feita a pedido do iG pela Virtual Gate, empresa especializada em monitoramento e contagem do fluxo de pessoas, a média da queda de clientes nas lojas nos últimos 12 meses foi de 11,3%. As exceções ficam por conta apenas de novembro e dezembro, reflexo de 13º salário, Black Friday e Natal.
Para Caio Camargo, diretor de Relações Institucionais da empresa, o consumidor ainda não percebeu que é vantagem comprar na segunda metade do mês, ainda predominando bastante a compra por impulso. “Do lado do consumidor é aquela coisa: ‘eu sei que tenho hoje e não sei quanto ou se vou ter amanhã’”, pondera, acrescentando que essa mudança afeta mais fortemente o trabalhador que ganha menos e, portanto, tem a maior parcela do salário sendo consumida logo após receber.
Já do lado do comerciante, Camargo explica que a queda no fluxo de vendas é devido ao menor número de opções ofertadas, o que força o varejo a baixar o preço. “Tem de tentar dar um estímulo para o consumidor, senão a queda seria muito maior do que essa média de 11,3%”, diz.
A tendência de queda de preços e fluxo de clientes é observada em todos os setores do varejo. Um dos melhores exemplos é o segmento de produtos de farmácia, cosméticos, higiene e beleza, que tem queda média de 30% a partir do dia 17 de cada mês.
Apesar da média razoável, os descontos chegam a até 70%, segundo David Almeida, sócio-fundador da Multifarmas, plataforma de comparação de preço online que abrange todos os 33 e-commerces brasileiros da área. “O consumidor não entendeu a questão do preço e da disponibilidade dos produtos. Chegam na segunda metade do mês [sem planejamento] e não têm mais condições de aproveitar as ofertas”, explica.
Peculiaridades que fazem diferença
Mas, afinal, é apenas ausência de planejamento ou faltam condições financeiras factíveis para aguentar e aproveitar a estratégia do varejo? Para a Ana Paula Tozzi, CEO da GS&AGR Consultores, empresa especialista em varejo, marketing e distribuição, as duas opções estão corretas. “O varejo não consegue aumentar o preço na 1ª quinzena, até porque o consumidor nunca foi tão bem informado”, afirma. A executiva pondera que, por outro lado, o planejamento financeiro não costuma fazer parte do cotidiano das famílias.
Paula frisa que há diferenças entre os segmentos, e que quem planeja comprar mais barato precisa ficar atento a elas. Uma rede de supermercados, por exemplo, pode dar descontos em apenas alguns produtos e oferecer aos clientes, que vão levar outros itens (sem desconto), não alterando o volume de compras de alto giro. Já o segmento de eletrônicos vive um cenário inverso, pois são compras pontuais.
“Funciona muito bem para o supermercado por trabalharem com uma variedade grande de produtos e terem a possibilidade de margem de lucro composta. Já para eletrônicos não, porque ninguém faz compras de grande volume nesse segmento, é uma compra de um produto específico”, explica.
Fonte: IG Notícias - 16/11/2015
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