Especialistas dão dicas de como aliviar a conta de luz com chuveiros elétricos no inverno
Publicado em 16/06/2025

Equipamento pode ser o 'vilão' quando o assunto é gasto de energia
Se no verão o vilão da conta de luz é o ar-condicionado, no inverno o posto é assumido pelo chuveiro elétrico. Em tempos de bandeira vermelha, é importante saber como economizar na hora do banho. Por isso, o DIA entrou em contato com especialistas que nos contam a melhor maneira de evitar ser surpreendido com altas cobranças.
Paulo Darski, professor do departamento de Engenharia Elétrica da Uerj, ressalta diversos pontos que podem contribuir para a redução do consumo energético. Ele reforça que há uma economia quando se utiliza o modo verão e que é possível escolher horas do dia para usá-lo com mais conforto.
"Uma das medidas possíveis é a utilização do chuveiro no modo verão, que possui 30% de economia em comparação ao modo inverno. Para conseguir fazer isso, o ideal é que você, se possível, escolha momentos do dia em que faz um pouco mais de calor, para que você consiga tomar um banho um pouco mais frio", sugere.
Darski também explica que o tempo reduzido trará economia e que é bom fugir dos horários em que a maioria das pessoas está tomando banho. "Lembrando que o consumo é por quilowatts-hora, portanto o ideal é que o banho não passe do período de 10 minutos. E se possível, tomar banho fora do período de ponta, entre 18h e 22h, para não sobrecarregar a rede elétrica", pontua.
Chuveiros elétricos vs. aquecidos a gás
Uma grande discussão é qual desses modelos pode gerar mais economia para as pessoas, o elétrico ou o aquecido a gás. Para Darski, há vantagens e desvantagens nos dois tipos. Segundo ele, a melhor escolha depende do número de chuveiros na residência.
Ele ressalta que a instalação de um chuveiro a gás possui um custo inicial maior, que depois pode ser diluído em gastos mensais menores, enquanto o chuveiro elétrico é "só comprar e instalar". "Se houver apenas um ponto, o chuveiro elétrico pode ser mais viável, enquanto o chuveiro a gás pode ser mais vantajoso se houver mais pontos", explica.
Chuveiros eletrônicos
Um outro modelo que entra na discussão é o chamado chuveiro eletrônico, que também é uma espécie de dispositivo elétrico. Ele permite que a temperatura seja ajustada mais precisamente por possuir mais níveis, conforme explica o professor da Escola de Engenharia da UFF Daniel Dias.
"Acredito que uma boa escolha está relacionada com a precisão do modelo em relação ao controle de temperatura. Aqueles que tem controle de temperatura eletrônica permitem um ajuste mais preciso e, portanto, se tornam mais eficientes", esclarece.
Ele também afirma que "modelos com maior tensão de operação (220V) ajudam a reduzir perdas nos condutores". "Para modelos de mesma potência, os que operam em 220V levam vantagens neste quesito pois operam com valores menores de corrente", completa.
Em média, o preço do chuveiro que possui mais níveis de temperatura é um pouco mais elevado, mas pode valer a pena no longo prazo. Um modelo de 220V e 7.700 Watts da marca Hydra, com oito níveis de temperatura, custa R$ 194 no Mercado Livre. Publicidade Já um exemplar da marca Lorenzetti, com as mesmas configurações de voltagem e potência, mas com apenas quatro níveis de temperatura, pode ser achada por R$ 124 na mesma plataforma de compra.
Cuidado com incêndios
Darski também salienta que muitas vezes uma pessoa pode instalar um chuveiro com uma potência elétrica mais elevada do que as instalações das residências estão preparadas para suportar:
"Isso acontece porque muitas residências antigas estão preparadas para chuveiros com potência da época em que elas foram construídas. Os chuveiros antigos tinham de 2.500 a 4.400 Watts, enquanto atualmente alguns possuem mais de 7.000 Watts".
"Essa diferença pode causar uma sobrecarga, podendo gerar um curto-circuito e, consequentemente, um incêndio", diz o especialista.
Procurada pela reportagem, a Enel, concessionária de energia que atua em mais de 60 cidades no Estado, endossa diversas das explicações feitas pelos especialistas. A empresa também reforçou que a limpeza do equipamento pode fazer com que o consumo seja reduzido.
Economia desde pequenos
A preocupação sazonal "corre no sangue" de muitos cidadãos. O estudante de Engenharia de Telecomunicações Pedro Magalhães, de 22 anos, diz que foi educado a economizar. "Sempre fomos instruídos a não passar de 10 minutos no banho", diz o universitário, que mora na Região Oceânica de Niterói com a irmã e os pais.
"Além de nos limitar a 10 minutos por banho, às vezes, na hora de passar sabão, shampoo ou condicionador, nós desligávamos o chuveiro — o que era muito difícil no inverno ou de manhã cedo", lembra. Ele conta que a situação melhorou muito depois que sua família decidiu investir em placas solares.
O universitário faz a comparação entre o chuveiro elétrico e os que são aquecidos a gás. "Quando se toma banho com chuveiro a gás, não tem como gostar do elétrico. É mais quente, com mais pressão e sem medo de tomar choque", afirma.
Já o analista de marketing Rennan Laurente, de 34 anos, que mora no Colubandê, em São Gonçalo, fala sobre sua experiência com a conta de luz. "Essa preocupação com os gastos do chuveiro elétrico é uma realidade. Lá em casa, gostamos do tempo frio, até porque ainda não temos ar-condicionado. Mas, minha mãe sempre fala para mim e meu irmão: 'a luz tá cara, não demora, toma banho e desliga logo o chuveiro'", diz.
"Nunca ligamos dois eletrodomésticos juntos. Se o chuveiro de cima está ligado, a pessoa em baixo precisa esperar o de cima terminar o banho", relata.
Ele brinca dizendo que até após um bom banho, há uma preocupação. "Todo banho quente, quando saímos e vemos o banheiro 'neblinado', dá um êxtase. Mas, ao mesmo tempo, sempre vem a pergunta durante o banho: 'e se a resistência queimar?'".
Fonte: O Dia Online - 16/06/2025
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