Haddad diz que governo vai anunciar pacote fiscal ‘robusto’ para resolver impasse do IOF
Publicado em 04/06/2025
Conjunto de propostas incluirá pelo menos uma PEC e um projeto de lei, podendo contar também com uma medida provisória para ajustes pontuais
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (3) que o governo enviará ao Congresso Nacional um pacote “robusto” de medidas de ajuste fiscal “com impacto duradouro ao longo do tempo”. Segundo ele, o conjunto de propostas incluirá pelo menos uma proposta de emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei, e poderá ainda contar com uma medida provisória (MP) para ajustes pontuais, caso seja necessário. As iniciativas serão submetidas à avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda durante a tarde, antes de serem formalizadas no Legislativo.
De acordo com Haddad, o objetivo é estruturar as contas públicas de forma mais robusta do que as ações adotadas no ano passado. “Hoje nós vamos ter uma reunião com o presidente da República bastante produtiva, porque nós chegamos a um entendimento até superior ao que nós fizemos no ano passado. No meu ponto de vista, dá uma estabilidade duradoura para as contas de um próximo período”, declarou o ministro a jornalistas no Ministério da Fazenda. Ele ressaltou que somente após esse encontro serão definidos detalhes como a eventual inclusão de uma MP que entre em vigor imediatamente para “determinações específicas” que possam surgir.
O pacote de ajustes também visa calibrar a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), tema que gerou forte reação do mercado e do empresariado após o decreto que aumentou a alíquota no mês passado. Essa medida provocou críticas e fez com que o Congresso sinalizasse que poderia derrubar o decreto, além de ter gerado descompasso interno entre a equipe econômica e o Banco Central. Para evitar novos choques políticos, Haddad se reuniu na noite de segunda-feira (2) com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para apresentar rascunhos e estimativas de impacto das propostas. “Só o fato de nós termos o aval dos presidentes das duas Casas de que o caminho é esse já é uma coisa muito significativa”, avaliou o ministro.
Em paralelo, Haddad negou que o pacote inclua uma proposta do Ministério de Minas e Energia (MME) para ampliar leilões de exploração de petróleo, que poderia gerar arrecadação extra de até R$ 35,25 bilhões entre 2025 e 2026. Segundo ele, parte desse valor já está contabilizada para este ano, permitindo o fechamento da meta fiscal no curto prazo, mas “temos que melhorar o centro da meta” e manter a iniciativa como complemento, e não como base principal das medidas estruturais. “Pelo menos metade desse valor anunciado pelo ministro Alexandre Silveira já está contabilizado para este ano para fechar a meta fiscal que nós vamos manter, como fizemos no ano passado. Tem outra parte que pode ser utilizada ainda este ano, mas precisamos mirar o centro da meta”, explicou Haddad.
Fontes do governo afirmam que o Palácio do Planalto deseja aprovar o pacote rapidamente, tanto para demonstrar proatividade do Executivo ao Congresso quanto para evitar medidas mais impopulares de última hora. Além de Hugo Motta e Davi Alcolumbre, participaram da conversa os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Alexandre Padilha (Saúde), bem como os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Conforme destacou Haddad, “tecnicamente é um plano robusto; politicamente está amparado”, sendo considerado mais amplo que o adotado na gestão anterior e capaz de conferir estabilidade orçamentária para o próximo ciclo legislativo.
Fonte: Jovem Pan - 03/06/2025
Notícias
- 06/06/2025 Inadimplência sobe e sinaliza crédito mais caro, alerta presidente da Anfavea
- Regulação de rede social é matéria do povo (do Congresso)
- Presos influenciadores digitais de Canoas investigados por esquema de rifas
- PL vai ao STF contra alta do IOF e acusa governo de abuso fiscal
- Caixa está fazendo R$ 1 bi em crédito consignado por mês, diz presidente do banco
- Caixa está fazendo R$ 1 bi em crédito consignado por mês, diz presidente do banco
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)