Especialistas sugerem novo modelo de Imposto de Renda com base na renda familiar
Publicado em 24/04/2025
Modelo considera rendimento total da família e aplica redutores conforme o número de filhos, dependentes, idosos e pessoas com deficiência ou doenças graves
Especialistas em direito tributário defenderam, nesta quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados, um novo modelo de cálculo para o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) baseado na renda familiar e não apenas na individual. A proposta foi debatida em audiência pública da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. O modelo, conhecido como splitting familiar, considera a renda total da família e aplica redutores conforme o número de filhos, dependentes, idosos e pessoas com deficiência ou doenças graves. A ideia é tornar o sistema mais justo, permitindo que famílias com mais despesas paguem proporcionalmente menos imposto.
“Duas pessoas com a mesma renda podem ter realidades financeiras muito diferentes. Quem tem filhos e dependentes tem uma capacidade contributiva menor”, explicou o mestre em direito tributário Tarso Cesar de Miranda Souza. Rodolfo Canônico, diretor da ONG Family Talks, destacou o modelo francês (quotient familial) como exemplo. Lá, a alíquota do imposto varia conforme a composição da família, incluindo a presença de pessoas com deficiência, o que reduz a carga tributária para quem tem mais responsabilidades.
A deputada Chris Tonietto (PL-RJ), que propôs o debate, defendeu uma reforma que respeite a realidade das famílias brasileiras. “O Estado precisa proteger o núcleo familiar e isso passa por uma tributação mais justa”, afirmou. O professor da USP Heleno Torres também criticou o modelo atual, que, segundo ele, oferece deduções insuficientes. Ele defende a soma dos rendimentos familiares e a aplicação de redutores progressivos conforme os gastos, garantindo que quem pode mais pague mais. A proposta ainda está em debate, mas os especialistas consideram que ela pode contribuir para uma maior justiça fiscal no país.
Fonte: Jovem Pan - 24/04/2025
Notícias
- 24/04/2025 Impostômetro atinge marca de R$ 40 trilhões em 20 anos
- Nestlé abre 1,2 mil vagas para curso gratuito de gastronomia para jovens
- PIX por aproximação: BC quer padronizar e ampliar modalidade em maio
- Aposentados e pensionistas começam a receber antecipação do 13º
- Imposto de Renda: saiba quais despesas médicas podem ser deduzidas na declaração
- Café fake apreendido não é alimento: entenda o que pode ser vendido como café pela lei
- Voepass entra com pedido de recuperação judicial, declara dívida de R$ 429 mi e culpa a Latam
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)