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PIB cresce 3,4% em 2024 – voo de galinha e não crescimento sustentável
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PIB cresce 3,4% em 2024 – voo de galinha e não crescimento sustentável

Publicado em 10/03/2025 , por Alan Ghani

A economia cresceu puxada pelo setor de serviços e varejo (3,7%), e pela indústria (3,3%); na contramão, houve decréscimo da agropecuária em 3,2%, por conta dos problemas climáticos

PIB do Brasil cresceu 3,4% em 2024, acima das previsões do início do ano que projetavam um crescimento entre 1,5% e 2%. A economia cresceu puxada pelo setor de serviços e varejo (3,7%), e pela indústria (3,3%). Na contramão, houve decréscimo da agropecuária em 3,2%, por conta dos problemas climáticos, principalmente pelas enchentes no Rio Grande do Sul.  

Apesar do crescimento anual acima de 3,0%, o resultado foi abaixo do esperado no 4º trimestre. O crescimento em relação ao 3º trimestre de 2024 foi de apenas 0,2%, abaixo da projeção do mercado de 0,5%. A menor variação do PIB na passagem trimestral indica uma desaceleração da economia brasileira, influenciada pela alta da Selic, inflação (perda do poder de compra do consumidor), dólar mais alto, elevação da inadimplência e incertezas em relação ao futuro. 

Possivelmente, o governo não deixará a economia desacelerar, elevando o gasto público – até porque há eleição em 2026. O risco de se adotar essa política é trazer mais inflação por um crescimento induzido pelo impulso fiscal.

Diga-se de passagem, essa foi exatamente a fórmula utilizada nos dois primeiros anos do governo Lula: induzir o crescimento de maneira artificial pelo gasto público e pela flexibilização do crédito. De fato, a economia cresceu 3,0% em 2023 e 3,4% em 2024, mas trouxe problemas fiscais e inflacionários. 

Com a elevação dos preços e a piora nas contas públicas, o país não cresceu de maneira sustentável. Como o PIB efetivo opera acima do potencial, influenciado pelos incentivos governamentais para estimular a demanda agregada, o crescimento da economia vem acompanhado de mais inflação. É o famoso voo de galinha ou crescimento não sustentável. 

Fonte: Jovem Pan - 07/03/2025

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