Para 2025, a projeção do IPCA passou de 5,60% para 5,65%, e para 2026, de 4,35% para 4,40% na passagem semanal; outro indicador que também apresentou piora foi o índice de confiança da FGV

Hoje fora divulgados dois indicadores relativos às expectativas econômicas: o relatório Focus do Banco Central e o índice de confiança do consumidor da FGV. De acordo com o Boletim Focus, a mediana das projeções de inflação para 2025 e 2026 piorou novamente. Para 2025, a projeção do IPCA passou de 5,60% para 5,65%, e para 2026, de 4,35% para 4,40% na passagem semanal.

Outro indicador que também apresentou piora foi o índice de confiança da FGV. De acordo, com a instituição é o terceiro mês consecutivo que o consumidor está mais pessimista em relação ao futuro, ou seja, com menor intenção de comprar bens e serviços. Conectando ambos os indicadores, o do Banco Central e o da FGV, chega-se à conclusão de que o pessimismo do consumidor é motivado pela perda do poder de compra e pela continuidade do processo inflacionário, principalmente pela alta de preços dos alimentos e de serviços. 

Chama a atenção que mesmo com o dólar em queda, expectativa de uma safra agrícola recorde e a Selic em patamar bem restritivo, as expectativas inflacionárias só pioram. Esse pessimismo quer dizer alguma coisa. Significa que o mercado acredita que a política monetária por si só – elevações da Selic – não está sendo suficiente para domar a inflação. Enquanto não houver sinalizações concretas de ajustes das contas públicas, o processo inflacionário só tende a continuar, penalizando principalmente os mais pobres.

Fonte: Jovem Pan - 24/02/2025