Onda de calor: demanda por ar-condicionado dispara
Publicado em 21/02/2025 , por Vinicius Lara
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Preços do setor de eletroeletrônico no e-commerce brasileiro apresentaram um aumento mensal de 0,44% em 2025
O calor que se estabeleceu no Brasil está fazendo muitas pessoas procurarem opções para se refrescarem e buscarem por um ar-condicionado, além de outros produtos do comércio eletroeletrônico. De acordo com o Índice de Preços Fipe/Buscapé, os preços desse setor no e-commerce brasileiro apresentaram um aumento mensal de 0,44% em janeiro de 2025.
O índice, no entanto, mostra que no acumulado dos últimos 12 meses, houve uma queda de 3,2%. O levantamento monitora continuamente 47 categorias de produtos e mais de 2 milhões de preços, com base em dados do Buscapé, principal comparador de preços do país.
A pesquisa indica que, após uma alta excepcional em dezembro, o índice voltou a seguir a tendência de variações anuais declinantes iniciada em abril de 2024. Esse movimento tem sido influenciado pela valorização do dólar, que registrou um aumento de 23% no período anual encerrado em janeiro de 2025, impactando diretamente o setor.
O pesquisador da Fipe, Sérgio Crispim, explica que, apesar de o índice ainda apresentar variações anuais negativas, a taxa de redução dos preços diminuiu ao longo de 2024. “O que observamos globalmente no setor é uma queda contínua nos preços. No entanto, devido à influência do câmbio, a taxa de redução anual do índice diminuiu significativamente em 2024. Se essa tendência continuar neste ano, existe a possibilidade de a variação anual se tornar positiva no primeiro semestre de 2025”, afirma em entrevista ao Portal iG.
Brasil: o país do ar-condicionado
O país abriga o segundo maior polo produtor de ar-condicionado do mundo – atrás apenas da China. A produção de ares-condicionados no país é concentrada na Zona Franca de Manaus, um dos principais polos industriais do país.
Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), o Brasil registrou a comercialização de 5,88 milhões de unidades em 2024, frente às 4,25 milhões vendidas em 2023. Isso representa um crescimento de 38% no período.
A instituição ainda prevê um aumento de 8% a 10% em 2025. Em um cenário mais pessimista, a Eletros espera o mesmo volume de vendas do ano passado.
Para o presidente executivo da entidade, Jorge Nascimento, o aumento na demanda fortalece a indústria nacional e evidencia seu alto nível tecnológico.
“A indústria brasileira de ar-condicionado emprega tecnologia de ponta, equiparada ou até mais avançada do que a utilizada em outros polos produtivos globais, oferecendo ao consumidor aparelhos cada vez mais inovadores e eficientes no consumo de energia”, destaca Nascimento em entrevista ao Portal iG.
Com os preços em queda em alguns meses do ano, o consumidor pode optar por opções mais tecnológicas, com funções das mais variadas. Ainda segundo a Eletros, há um enorme potencial de crescimento para o setor, considerando que cerca de 80% dos lares brasileiros ainda não possuem o eletroeletrônico. “Se adicionarmos a possibilidade de exportação para os países vizinhos, o cenário se torna ainda mais promissor”, diz Nascimento.
Preços do ar-condicionado segue em queda
Em janeiro de 2025, o índice Fipe/Buscapé registrou o segundo mês consecutivo de alta, após o aumento de 0,22% em dezembro de 2024. Na série histórica de 37 meses do índice, os preços aumentaram em apenas nove meses, sendo que quatro desses aumentos ocorreram nos últimos seis meses, refletindo a pressão do câmbio sobre os preços do segmento.
Os itens de informática foram os únicos a registrar aumento no período anual de janeiro de 2025, com destaque para notebooks (2,1%) e impressoras (1,4%). Por outro lado, os produtos que mais tiveram redução de preços foram fritadeiras elétricas (-10,0%), aparelhos de ar-condicionado (-6,5%) e ventiladores/circuladores (-4,6%).
Entre os grupos de produtos com as maiores quedas anuais, destacam-se vídeo/áudio (-4,4%), celulares (-4,3%) e eletrodomésticos (-3,8%). O recuo nos preços dos eletrodomésticos, que vinham apresentando tendência de alta nos últimos meses, foi influenciado principalmente pela queda nos valores dos aparelhos de ar-condicionado. Após um pico de alta de 25,7% em janeiro de 2024, causado por um desequilíbrio entre oferta e demanda, a categoria registrou sua segunda redução anual em 25 meses, fechando janeiro de 2025 com uma queda de 6,5%.
Fonte: economia.ig - 20/02/2025
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