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Loja de roupas femininas é acusada de aplicar golpes em clientes do Ceará e de outros estados
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Loja de roupas femininas é acusada de aplicar golpes em clientes do Ceará e de outros estados

Publicado em 24/06/2024 , por Bernardo Maciel

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As vítimas compraram os produtos através do site da empresa, mas não receberam as peças de roupas e nem o estorno da compra. A loja alega que ocorreram "desacordos comerciais que ainda não puderam ser resolvidos"  

Com o crescimento do comércio eletrônico, impulsionado durante a pandemia, as empresas viram que a presença no meio digital era indispensável. Para o consumidor, esse crescimento proporciona maior comodidade, pois é possível comprar uma roupa ou sapato do conforto de casa com um custo menor. Mas essa comodidade vira uma dor de cabeça quando o produto comprado não chega e a empresa não dá nenhuma resposta para o cliente. Foi o que aconteceu com ao menos 10 mulheres do Ceará, Rio Grande do Norte e Minas Gerais que informaram ao Diário do Nordeste não terem recebido os produtos e nem o estorno da compra.

“Eu fiz a compra no dia 27 de julho de 2023, na Loja Marilu, que até então era em Fortaleza, na publicação dizia que a entrega era imediata. Depois de finalizar a compra, recebi uma mensagem informando a mudança desse prazo para ser entregue entre 25 a 30 dias úteis. A entrega não foi cumprida, entrei em contato novamente, com muita insistência me responderam e pedi o dinheiro (R$363) de volta que foi pago através do pix. Falei que tinha o direito de receber imediatamente, e ela [a proprietária] se recusou a mandar e colocou um prazo de 120 dias para realizar o pagamento. Aceitei para não quebrar a cabeça, passaram os 120 dias e continuei sem receber meu dinheiro.” 

“Eu realizei a compra de 15 peças de roupas na Loja Marilu no dia 21 de março com entrega prevista para o dia dois de abril. Até o dia 26 de abril ainda não havia recebido os produtos, após muitas tentativas de contato, me responderam informando que houve atraso na produção e em cinco dias me enviaram as peças. Porém, não fizeram a entrega e tampouco o estorno das roupas que comprei.”

“Comprei algumas peças de roupas de forma online na Loja Marilu no começo de maio e que seriam entregues no dia 14 de maio, mas não foi. Tentei contato com a loja e com a proprietária, mas não consegui mais contato, nem por telefone e tampouco por mensagens”

Os relatos acima são de algumas das vítimas da ‘Loja Marilu’, uma empresa que comercializa roupas femininas e vende no varejo e no atacado. No perfil do Instagram, a empresa coloca que é sediada em Fortaleza - CE e realiza entregas para todo o Brasil. Com site próprio e com canal de vendas e de atendimento ao consumidor (SAC), a loja passava credibilidade para os clientes, que acabavam comprando da loja.

De acordo com as mulheres, que são das cidades de Fortaleza, Caucaia, Canindé, Jijoca de Jericoacoara, Pirapora (MG) e Mossoró (RN), a maior parte delas chegou até a loja, através do Instagram. O perfil possui mais de 100 mil seguidores, 6 mil publicações e mostrava a proprietária da loja vestindo as roupas e sendo modelo.

 

Legenda: A proprietária era a principal modelo das peças de roupas, um dos fatores que atestava a credibilidade da empresa para as vítimas Foto: Redes Sociais 

Em entrevista ao Diário do Nordeste, as vítimas relataram inúmeras tentativas de contato para receber o produto ou o estorno da compra, mas não obtiveram sucesso. Algumas foram bloqueadas nas redes sociais e até em ligações por telefone. Quando elas conseguiam atendimento, eram informadas que a empresa “não conseguiu suprir a demanda de pedidos e tinham que aumentar o prazo de entrega.”

Por meio do advogado, a loja informou que "os fatos contra ela imputados, se tratam de desacordos comerciais que infelizmente ainda não puderam ser resolvidos. A loja, como todo pequeno lojista, passou por problemas financeiros administrativos e também com seus fornecedores, o que acarretou no atraso da entrega de materiais e consequentes atrasos nos pedidos dos clientes".

A jovem Lara Umbelino, de Canindé, é uma das mulheres que procuraram por diversas vezes reaver o dinheiro das compras, mas não conseguiram. A jovem relata que quando conseguiu ser atendida, recebeu a promessa de que em 120 dias úteis teria a compra estornada, mas até o momento, nenhum valor foi pago a ela. Lara fez um boletim de ocorrência na delegacia regional de Canindé.

Já Jaqueline Sampaio, de Jijoca de Jericoacoara, também afirma ter sido vítima da Loja Marilu. A jovem também fez a compra de algumas peças em junho do ano passado, no valor de R$189 com entrega prevista para 28/07/2023. O prazo foi adiado pela empresa várias vezes, até que um dia, a proprietária da loja mandou um termo de reconhecimento de dívida para Jaqueline preencher e informou que até janeiro deste ano, a vítima seria ressarcida.

No entanto, Jaqueline informa que não recebeu nenhum valor e nem mensagem por parte da empresa até a publicação da reportagem. 

Legenda: Jaqueline tentou contato pelo WhatsApp, mas não obteve retorno Foto: Acervo pessoal 

Após muitas tentativas de contato com a loja, Jaqueline e Lara obtiveram retorno no dia 12 de setembro de 2023 com a seguinte mensagem: 

Legenda: Empresa enviou mensagem informando "falhas no sistema e indisponibilidade das peças" para as clientes Foto: Acervo pessoal

As vítimas enviaram o termo de reconhecimento de dívida devidamente preenchido para o canal de atendimento da empresa no WhatsApp e foram informadas que dentro de 120 dias elas receberiam o estorno das compras através do meio de pagamento pela qual fizeram as compras.

Elas aguardaram o prazo informado, que terminou em janeiro deste ano e foram novamente atrás do dinheiro, mas não tiveram mais resposta da loja. Segundo as clientes, no mesmo período, a sócia administradora da Loja Marilu, Juliana Gomes Ferreira, saiu em viagem para a Europa.

Em imagens enviadas para a reportagem é possível ver posts da Juliana nos stories do Instagram em passeio por Madri, na Espanha.

Até a publicação da reportagem, as vítimas não receberam os produtos e não tiveram a compra estornada. Além disso, o site e perfil da loja no Instagram estão desativados.

Para Adriemmily Silva, a situação é diferente, ela foi uma das primeiras vítimas a expor no perfil pessoal do Instagram as trocas de mensagens com a empresa Marilu mostrando o problema no recebimento dos produtos. Após a publicação, ela relata que recebeu diversos "directs" e comentários na sua publicação de outras mulheres que também não haviam recebido as roupas.  

Após a repercussão, outras vítimas começaram a contar seus relatos e um perfil no Instagram com o nome "loja.marilu.golpe" foi criado para reunir o relato dessas mulheres. Através do perfil, elas se uniram para conseguir cobrar os valores devidos pela empresa, mas não foi bem isso o que aconteceu.

A primeira a expor o caso nas redes sociais, Adriemmily, teve o retorno da empresa e conseguiu o estorno da sua compra, no valor de R$120 e após isso, ela foi no perfil pessoal no Instagram e informou que havia sido ressarcida. 

No entanto, na última sexta-feira (14), a jovem de 24 anos foi intimada a prestar depoimento no 16° Distrito Policial de Fortaleza sob a acusação de ter cometido crimes de cyberbullying e linchamento virtual. 

"Quando eu recebi a mensagem do inspetor da polícia civil pedindo que eu fosse à delegacia para prestar depoimento, eu imaginei que tivessem iniciado a investigação contra a loja. Mas chegando lá, eu me surpreendi com o assunto da oitiva policial. Eu estava sendo acusada de cometer crimes de cyberbullying e linchamento virtual", descreve Adriemmily

Na Delegacia, o advogado da empresa, Natan Araújo de Oliveira, exigiu que a vítima fizesse uma retratação pública no perfil do Instagram "loja.marilu.golpe", no qual ela informa não ser a administradora e criadora da página, que parasse as postagens e que após isso, a página fosse excluída. Após a ida ao distrito policial, ela ainda recebeu mensagens do advogado pelo WhatsApp. 

Legenda: Advogado enviou mensagens para Adriemmily exigindo retratação dela nas redes sociais Foto: Acervo pessoal

A reportagem questionou a Polícia Civil do Ceará sobre as denúncias das vítimas. Em resposta, a Pasta informou que investigam as circunstâncias de denúncias sobre crimes de estelionato.

Boletins de Ocorrência Eletrônicos (BOE) foram registrados por algumas vítimas que repassaram informações acerca dos casos. A PCCE reforça a importância das vítimas comparecerem às delegacias distritais e municipais responsáveis pelas áreas para prestarem mais esclarecimentos.

O 6º, o 18º e o 34º Distritos Policiais (DP), além da Delegacia Municipal de Caucaia, da Delegacia Regional de Canindé e da Delegacia Municipal de Jijoca de Jericoacoara, são as unidades da Polícia Civil que estão a cargo das investigações com o objetivo de elucidar o caso.

A PCCE destacou que a população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia.

SAIBA COMO EVITAR GOLPES

O Ministério Público do Ceará, através do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon) informou a reportagem que recebeu apenas duas reclamações referentes a Loja Marilu em 2024. O órgão notificou a empresa para apresentar explicações em duas audiências, mas em ambas as audiências, a empresa se ausentou.

De acordo com o coordenador de atendimento do DECON, Pedro Ian, o próximo passo é redistribuir os processos para uma das promotorias do órgão para analisar o caso e verificar se houve ou não uma prática abusiva infrativa contra o consumidor e caso se comprove, essa empresa será multada conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Pedro destaca que a incidência de casos desse tipo, onde consumidores são lesados, cresceu bastante e principalmente pelo Instagram. Ele faz um alerta para o que os consumidores devem se ater, antes de realizar alguma compra.

"Deixo uma dica para os consumidores que tenham interesse pela compra online, que aumentou muito nos últimos anos, principalmente pelo aplicativo Instagram. Que se atenham a atestar a veracidade dessas empresas nas redes sociais, verificar as postagens, checar se tem reclamações nas plataformas de proteção e defesa do consumidor. Além de ter atenção se as fotos publicadas pela empresa são verídicas e checar os diálogos de outros consumidores no perfil. Também é importante verificar se a empresa tem ou não um estabelecimento físico e checar se tem um CNPJ, pois ajuda para que o consumidor procure os órgãos de defesa.Pedro Ian Coordenador de atendimento do Decon"

O Decon-CE disponibiliza canais de atendimento para o consumidor checar se a empresa é verídica ou não, são eles:

  • Site do MP, através da aba 'reputação de empresas';
  • E-mail: deconce@mpce.mp.br;
  • WhatsApp (85) 9 8685-6748;
  • Além do atendimento presencial na sede do Decon.

O coordenador de atendimento do Decon ainda destaca que comércios eletrônicos devem seguir a Lei do Ecommerce (Decreto Federal nº 7.962/2013), onde determina um conjunto de regras que as empresas devem seguir, como a transparência e disponibilidade das informações de fácil acesso ao consumidor, a agilidade na resposta, que deve ser em um prazo de até cinco dias, além do direito de arrependimento, já previsto no Código de Defesa do Consumidor.

O QUE A LOJA MARILU DIZ

Veja nota na íntegra da Loja Marilu

"Sobre os fatos contra ela imputados, se tratam de desacordos comerciais que infelizmente ainda não puderam ser resolvidos. A loja, como todo pequeno lojista, passou por problemas financeiros administrativos e também com seus fornecedores, o que acarretou no atraso da entrega de materiais e consequentes atrasos nos pedidos dos clientes.

A loja sempre se mostrou disposta a resolver amigavelmente todas as reclamações de suas clientes, tanto que aos poucos vem resolvendo cada um dos casos e, em breve, espera ter conseguido solucionar todos.

Salienta ainda que tais desacordos comerciais não dão o direito aos consumidores praticarem condutas que possam ser caracterizadas como crimes de difamação, calúnia e ameaça através das redes sociais.

O jurídico da loja inclusive reitera que está tomando as medidas cabíveis, tendo em vista os linchamentos virtuais que seu cliente vem sofrendo, através de sua representante, já tendo apresentado Boletim de Ocorrência sobre tais fatos, os quais já estão sob investigação da polícia.

A loja, através de seu jurídico, seguirá adotando as providências cíveis e criminais cabíveis contra cada um dos agressores que vem praticando difamação, calúnia e ameaças contra ela. A loja através de sua representante e sua equipe jurídica se coloca sempre à disposição para demais esclarecimentos." 

Fonte: Diário do Nordeste - 24/06/2024

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