Em entrevista ao Jornal da Manhã desta quarta-feira (22), o deputado estadual Luciano Silveira (MDB-RS) falou sobre o prejuízo que o setor do agronegócio contabiliza após a tragédia

Em meio a um cenário de adversidades causadas por recentes inundações no Rio Grande do Sul, o deputado estadual Luciano Silveira (MDB-RS), abordou sobre os impactos no comércio de máquinas agrícolas e nas consequências para a produção de arroz, um dos pilares da economia local, que sozinho atende a 70% do consumo nacional, em entrevista ao Jornal da Manhã desta quarta-feira (22). A conversa revisitou a suspensão de um leilão pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que visava importar arroz dos países do Mercosul. A decisão foi tomada após a constatação de que empresas estrangeiras estavam inflacionando os preços em até 30%, aproveitando-se da vulnerabilidade do estado. Silveira criticou a precipitação do Governo Federal em realizar o leilão e a isenção de tarifas para importação, argumentando que o Rio Grande do Sul possui estoques de arroz suficientes para suprir a demanda nacional sem riscos de desabastecimento.

O deputado defendeu a anulação do leilão para proteger a economia local e assegurar a estabilidade dos produtores para a próxima safra. Além dos desafios enfrentados na agricultura, Silveira discutiu as dificuldades de infraestrutura do estado, especialmente no que tange ao escoamento da produção. As condições precárias de estradas e vias de acesso têm sido um obstáculo, mas há um otimismo quanto à superação desses desafios. O deputado mencionou esforços conjuntos entre os governos estadual e federal para restaurar a mobilidade e facilitar o transporte de produtos agrícolas, visando minimizar os prejuízos e acelerar a recuperação.

Para concluir, Silveira criticou a ausência do Ministro da Agricultura, sublinhando a importância de um diálogo direto com os agricultores. O deputado enfatizou a necessidade de unir esforços, evitando a politização da crise, para reconstruir o Rio Grande do Sul e preservar a vitalidade do setor agropecuário.

Fonte: Jovem Pan - 21/05/2024