Governo avalia deixar Bolsa do ensino médio fora do limite de gastos
Publicado em 23/11/2023
Projeto pode custar até R$ 7 bilhões aos cofres públicos
O governo ainda busca formas de financiar o programa voltado aos alunos de baixa renda do ensino médio e avalia deixá-lo fora do atual limite de gastos, principalmente se o programa começar a vigorar em 2023. A informação foi dada por secretários da área econômica, que não deixaram claro se a excepcionalidade também valeria para 2024.
Como antecipou o Estadão, o governo quer garantir uma poupança de cerca de R$ 1 mil por ano aos estudantes, mas há uma corrente forte no governo para aumentar o alcance do projeto via pagamentos mensais, que poderiam ser sacados pelo beneficiário. Nesse caso, o custo pode subir de R$ 4 bilhões para R$ 7 bilhões.
O alcance e o formato do programa ainda estão sendo fechados pelos ministérios da Fazenda, Educação e Desenvolvimento Social. A medida passou a ser "menina dos olhos" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o aumento do Bolsa Família.
A proposta é uma promessa de campanha da ex-presidenciável Simone Tebet (MDB) — atual ministra do Planejamento —, e que foi incorporada por Lula durante o segundo turno das eleições, quando Tebet passou a apoiar a candidatura do petista.
Entre as propostas que foram discutidas nos últimos dias está o pagamento mensal de R$ 230 por aluno, sendo que R$ 150 poderiam ser sacados mensalmente e R$ 80 iriam para a poupança, para serem retirados apenas no final do ano.
Caminhos
Há uma divisão no governo entre os que acham que o projeto deveria ser mais focalizado, com menor abrangência, e os que defendem um escopo maior, de olho na eleição municipal do ano que vem. O fato é que o presidente Lula quer tirar o projeto do papel nos próximos dias, e a preferência, dentro do governo, é por uma medida provisória.
"Só tem dois caminhos para acomodar (esse novo gasto). Um, que é uma discussão que ocorreu no Congresso esta semana, que é você adicionar um determinado valor, autorizar um determinado valor acima do limite atual", disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, durante a apresentação do relatório bimestral de receitas e despesas.
"O outro, é tentar encontrar, dentro do próprio limite existente, com autorização legal, um espaço para tentar acomodar, o que não é trivial no cenário de ocupação orçamentária que existe hoje", completou. Diante do aumento de gastos em 2023, o governo elevou o bloqueio de despesas para R$ 5 bilhões neste ano e aumentou a projeção de déficit para R$ 177,4 bilhões.
Perguntado se a retirada desse programa do novo limite de despesas não prejudicaria a credibilidade fiscal, o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, disse que não vê a questão como problemática, mas fez ressalvas. "Como o arcabouço tem em mira a aplicação a partir de 2024, faço uma leitura moderada deste evento", disse. "Claro que a partir de 2024 se espera que o modelo rode preservando a sua potência fiscal."
Fonte: O Dia Online - 22/11/2023
Notícias
- 22/11/2024 Pesquisa Serasa aponta que 44% dos endividados apostaram em bets para pagar contas
- 6 dicas para os gastos não afetarem a saúde mental e financeira
- Arrecadação de impostos em outubro cresce 9,77% ante setembro
- Golpe da CNH: como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da carteira de motorista
- Consumidores brasileiros planejam gastar mais na Black Friday de 2024
- Inflação do churrasco chega ao maior nível em cinco anos
- Caixa volta a oferecer Crédito PcD com desconto nos juros
- Hospital odontológico é condenado a indenizar consumidor por erro em tratamento dentário
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)