Haddad diz que pode bloquear até R$ 23 bilhões para cumprir déficit zero
Publicado em 21/11/2023
Arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso permite eventual contingenciamento de até R$ 53 bilhões
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira, 17, que o bloqueio de recursos do governo federal no próximo ano ficará entre R$ 22 bilhões e R$ 23 bilhões, caso a receita necessária para cumprir a meta de zerar o déficit fiscal não seja alcançada. “O contingenciamento pode chegar a R$ 22 bilhões ou R$ 23 bilhões, e a expansão do gasto pode chegar a R$ 15 bilhões”, afirmou o chefe da equipe econômica a jornalistas após um evento em São Paulo. Segundo o ministro, a justificativa para essa revisão veio da regra sobre as bandas de gastos públicos. Anteriormente, o mercado estimava que o governo teria que contingenciar cerca de R$ 53 bilhões do Orçamento, com base na regra do novo marco fiscal.
Haddad destacou, no entanto, que “nada muda” em relação ao arcabouço aprovado neste ano pelo Congresso. “Não mudou nada em relação ao marco fiscal, que foi comemorado internacionalmente como uma inovação do Brasil e estabelece que o dispêndio público [despesa] do ano seguinte não pode ser inferior a 0,6% em termos reais [ou seja, acima da inflação] nem superior a 2,5% em termos reais”, disse o ministro. A proposta de Orçamento para o próximo ano, que está em análise no Congresso, prevê um valor de R$ 211,9 bilhões para despesas discricionárias. Nos bastidores, a estratégia de utilizar uma manobra do arcabouço fiscal para diminuir o valor a ser bloqueado no Orçamento é vista como uma tentativa de aliviar a pressão por uma mudança na meta de zerar o déficit no próximo ano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já afirmou em duas ocasiões recentes que não congelaria gastos com obras públicas, priorizando a manutenção desse tipo de investimento em vez de zerar o déficit fiscal.
Após uma discussão nos bastidores sobre a possibilidade de mudar a meta fiscal para um déficit de 0,5%, Haddad conseguiu manter a meta atual. A utilização de uma manobra no arcabouço fiscal para bloquear menos investimentos no próximo ano pode ter sido uma das razões para essa decisão do governo. O ministro explicou que a nova previsão de contingenciamento da Fazenda não altera o novo marco fiscal, que estabelece que o dispêndio público do ano seguinte não pode ser inferior a 0,6% nem superior a 2,5%. A proposta enviada ao Congresso foi de um piso de 1,7% para os gastos públicos.
Durante um evento sobre o Plano para Transformação Ecológica, o ministro Haddad destacou a importância de não colocar a economia acima dos propósitos maiores, como a permanência humana e as futuras gerações. Ele ressaltou que a crise climática já está afetando as pessoas atualmente e fez um apelo pela aceleração da transição energética. Haddad também respondeu a perguntas sobre o plano da Petrobras de explorar petróleo na foz do Amazonas, afirmando que é necessário acelerar a transição energética, mas sem negligenciar a necessidade atual de uso de combustíveis fósseis.
Fonte: Jovem Pan - 17/11/2023
Notícias
- 05/12/2023 PIB desacelera e registra crescimento de 0,1% no terceiro trimestre
- Como organizar as finanças para começar 2024 sem dívidas
- Acesso limitado ao crédito: avaliação de risco de consumidores tem critérios pouco claros, dizem especialistas
- Teto de juros do crédito consignado do INSS cai para 1,80% ao mês
- Setor de festas e eventos volta a crescer depois da pandemia
- Preço da gasolina tem primeira alta nos postos desde o final de agosto, aponta ANP
- Estoque total de crédito sobe 0,1% em outubro, informa BC
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)