Apesar da queda na inflação, corte nos juros só deve ocorrer no 2º semestre, apontam economistas
Publicado em 15/06/2023
Especialistas projetam que reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na semana que vem deve manter a taxa Selic em 13,75%
No mercado financeiro o clima é de expectativa, e até de apreensão, com relação à reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na semana que vem, que vai decidir sobre a taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75%, uma das maiores de todo o planeta. Dentro do Governo Federal existe a pressão para que o Banco Central (BC) seja sensível e comece um processo de redução da taxa básica de juros. No entanto, alguns analistas e especialistas apontam que o BC deve analisar vários fatores externos e internos como núcleo de inflação, índice de difusão e pressões futuras para definir a taxa básica ideal para a economia brasileira. Nessa semana, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em tom irônico, chegou a pedir uma salva de palmas à futura decisão que será tomada pelo Copom. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também tem falado sucessivamente sobre as condições dadas para a redução da taxa básica de juros.
Economistas apontam que, na reunião da semana que vem, o Copom deve manter a taxa em 13,75%, mas colocar na ata a intenção de corte para a reunião seguinte. Em entrevista à Jovem Pan News, o economista da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Comércios (CNC), Fábio Bentes, lembra que no primeiro semestre a atividade econômica foi bem lenta, bem devagar e que o corte na Selic deve ocorrer a partir do segundo semestre: “Qualquer medida de flexibilização da política monetária só deve ocorrer na sexta reunião desse ano, que ocorre no mês de setembro, em que pese o fato de que a inflação tem desacelerado, ainda há pressões inflacionárias no horizonte, principalmente no que se refere a preços de combustíveis. Portanto, o início do processo de flexibilização da política monetária só deve causar algum impacto positivo na economia no final de 2023”.
Ao longo dos últimos dias, métricas de inflação como o IPCA do IBGE e o IGP da Fundação Getúlio Vargas mostraram tendência de desaceleração e até taxas negativas. A cotação do dólar também tem contribuído bastante para alimentar a expectativa com relação à taxa básica de juros, pois opera abaixo dos R$ 5,00, um patamar bem mais baixo do que na virada de 2022 para 2023. O professor e economista do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) do Rio de Janeiro, Gilberto Braga, deu sua opinião sobre qual deve ser a posição do Copom com relação à taxa básica de juros: “Indicadores estão todos favoráveis tendenciados a isso, PIB com crescimento acima do esperado, inflação declinante e juros dos Estados Unidos estáveis. Todo esse conjunto de fatores sinaliza que, na próxima reunião do Copom, apesar de se esperar que a Selic ainda seja mantida, ele já deverá sinalizar na sua ata que deverá começar o ciclo de baixa a partir da reunião de agosto”. A reunião do Copom acontece na terça-feira, 20, e na quarta-feira, 21, da semana que vem.
Fonte: Jovem Pan - 15/06/2023
Notícias
- 22/11/2024 Pesquisa Serasa aponta que 44% dos endividados apostaram em bets para pagar contas
- 6 dicas para os gastos não afetarem a saúde mental e financeira
- Arrecadação de impostos em outubro cresce 9,77% ante setembro
- Golpe da CNH: como se proteger de mensagens falsas sobre suspensão da carteira de motorista
- Consumidores brasileiros planejam gastar mais na Black Friday de 2024
- Inflação do churrasco chega ao maior nível em cinco anos
- Caixa volta a oferecer Crédito PcD com desconto nos juros
- Hospital odontológico é condenado a indenizar consumidor por erro em tratamento dentário
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)