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Oi afirma que recuperação judicial não impactou operações
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Oi afirma que recuperação judicial não impactou operações

Publicado em 22/05/2023

Dívida da operadora de telefonia é de R$ 43,7 bilhões

Após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ter aberto um processo que pode, em um caso extremo, culminar com a cassação da sua concessão de telefonia fixa, a Oi publicou uma nota afirmando que não há razão para um medida desse tipo e que o seu novo pedido de recuperação judicial (RJ) não impactou as operações.  

Conforme noticiado esta semana pela colunista Roseann Kennedy, do jornal O Estado de S. Paulo, a Anatel instaurou processo para avaliar se a Oi tem condições econômicas de manter a outorga. A abertura do processo se deu no dia 8 de maio.   

O sinal vermelho acendeu na agência reguladora diante da constatação do tamanho da dívida da Oi, de R$ 43,7 bilhões, além de uma piora nos indicadores de serviços prestados pela operadora, com aumento das reclamações de clientes.  

Em nota, a Oi afirmou que o seu processo de recuperação judicial não apresenta impacto em suas operações. "Os serviços prestados a clientes, e as atividades de vendas, instalações, operações de campo e atendimento a clientes seguem funcionando regularmente", descreveu a operadora.

A companhia acrescentou que a Anatel, como poder concedente, tem o dever fiduciário de acompanhar as operações das concessionárias. E no caso da Oi, há um regime diferenciado devido ao processo de recuperação, mas sem motivo para considerações além disso, afirmou.  

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) noticiou em março que a abertura do processo de caducidade da concessão de telefonia fixa da Oi era uma possibilidade que vinha ganhando força na Anatel, como reflexo da piora da situação financeira da operadora.  

De todo modo, a caducidade de uma concessão de telefonia é uma medida complexa, porque exige fazer uma relicitação do serviço ou, na ausência de interessados, ser tocado pelo próprio governo via Telebrás.  

O distrato da concessão seria algo inédito no País. O caso que mais se aproximou disso foi o da Sercomtel, que tinha em torno de 260 mil assinantes na cidade de Londrina (PR).  

Com a piora contínua na situação financeira da operadora, o primeiro passo da Anatel foi criar um grupo de trabalho para monitoramento.  

Uma vez constatado o risco elevado de insolvência, o processo de caducidade foi aberto. Só não chegou ao fim porque a operadora acabou comprada antes pelo fundo Bordeaux, ligado ao empresário Nelson Tanure - investidor com experiência em aportes em empresas em dificuldades.

Fonte: O Dia Online - 19/05/2023

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