‘Inflação do aluguel’ recua 2% e taxa em 12 meses fica negativa pela primeira vez em cinco anos
Publicado em 27/04/2023
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) caiu 0,95% em abril, levando à primeira taxa negativa no acumulado dos últimos doze meses desde fevereiro de 2018
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou retração de 0,95% no mês de abril e fechou o acumulado dos últimos doze meses em queda de 2,17%. O levantamento foi divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 27. O resultado representa a primeira taxa negativa em doze meses desde fevereiro de 2018. A expectativa era de que o índice recuasse 0,74% em abril, de acordo com uma pesquisa realizada pela Reuters. Com este resultado, o índice acumula taxa de -0,75% no ano e de -2,17% em 12 meses. Além disso, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,45% em abril, puxado pelo desempenho do subgrupo alimentos processados. a taxa passou de -0,96% para 0,65%, neste mês. Já o índice relativo a Bens Finais subiu 0,80% em abril. A taxa do grupo Bens Intermediários registrou nova queda passando para -1,74%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,46% em abril. Segundo a FGV, três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa de variação passou de 2,22%, para 0,85%. Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Habitação (0,84% para 0,62%) e Comunicação (0,46% para 0,21%). Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,23% em abril. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (-0,07% para 0,14%), Serviços (0,88% para 0,65%) e Mão de Obra (0,27% para 0,23%).
“Os preços de importantes commodities para o setor produtivo seguem em queda. Soja (-9,34%), milho (-4,33%) e minério de ferro (-4,41%), abrem espaço para descompressão dos custos de importantes segmentos varejistas favorecendo a chegada desses efeitos nos preços ao consumidor. O IPC, ainda que esteja registrando desaceleração, segue pressionado pelos reajustes de preços administrados, como gasolina (2,39%), energia (1,31%) e medicamentos (2,02%). Além disso, os serviços livres também persistem com inflação em elevado patamar. Entre os itens deste segmento, vale destacar o aluguel residencial com alta de 1,31% em abril”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Fonte: Jovem Pan - 27/04/2023
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