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Crise econômica faz empresas aéreas reduzirem voos para os EUA
Publicado em 16/11/2015 , por GIULIANA VALLONE
Prejudicadas pela desaceleração econômica no Brasil, as companhias aéreas estão reduzindo a oferta de voos no país como forma de compensar a forte redução na demanda decorrente da crise.
Entre os destinos internacionais, as operações para os Estados Unidos têm sido o principal alvo dos cortes. A avaliação das empresas é que a procura por esses voos foi especialmente afetada, dada a alta de mais de 44,7% no dólar em 2015.
"Uma coisa que tem ficado mais clara, inclusive nos movimentos da indústria, é que a demanda entre o Brasil e os Estados Unidos foi muito impactada pela alta do dólar. Temos, sim, visto uma redução de oferta, porque esse mercado se contraiu de forma mais acentuada do que os outros", afirma Claudia Sender, presidente da TAM.
A companhia cancelou os três voos semanais entre Miami e Belo Horizonte, a partir de março de 2016, e de um dos cinco que saem de Manaus para o mesmo destino, em abril. Os voos de São Paulo para Nova York, hoje 14 por semana, cairão para dez, também em abril.
A Gol, por sua vez, deixará de operar voos regulares para Miami e Orlando em fevereiro —hoje, realiza 14 voos semanais para as duas cidades norte-americanas. As rotas passarão as ser operadas de forma sazonal, apenas durante a alta temporada brasileira (de dezembro a fevereiro e de junho a agosto).
A queda na procura também atingiu companhias dos EUA: American Airlines e Delta anunciaram cancelamento de rotas no Brasil, de Campinas para Miami e Nova York e de Brasília para Atlanta, respectivamente.
RESULTADOS
Nesta sexta-feira (13), a Latam, resultado da fusão entre a chilena LAN e a brasileira TAM, anunciou prejuízo líquido de R$ 401 milhões, causado, principalmente, pelo mau desempenho do mercado brasileiro. E a expectativa não é de melhora no curto prazo, de acordo com Sender.
Por isso, a empresa já começou a reduzir capacidade também no mercado doméstico —o corte foi de 5,9% em setembro. No quarto trimestre, os cortes podem chegar a 10% e devem continuar no próximo ano.
"Projetando a redução feita em 2015 para o ano que vem, já teríamos redução de capacidade em torno de 5%", diz Sender. Nas projeções da companhia para 2016, a redução de voos internos no Brasil varia de 6% a 9%.
"Acreditamos que o Brasil ainda possa ter um ano difícil em 2016 e, por isso, deixamos espaço para uma redução um pouco maior."
No mesmo período, a Gol registrou prejuízo líquido de R$ 2,13 bilhões no terceiro trimestre. O resultado trimestral, o pior da história da companhia, segundo a consultoria Economatica, é um salto ante o saldo negativo de R$ 245,1 milhões no mesmo período de 2014.
LATAM/3º tri 2015
Faturamento: US$ 2,5 bilhões (R$ 8,9 bilhões)
Prejuízo líquido: US$ 113,3 milhões (R$ 401,2 milhões)
Número de funcionários: 53 mil
Total de dívidas/capital: US$ 8,9 milhões (R$ 31,4 milhões)
Principais concorrentes: Gol, Taca, Avianca, Sky Airline, Aerolíneas Argentinas
Entre os destinos internacionais, as operações para os Estados Unidos têm sido o principal alvo dos cortes. A avaliação das empresas é que a procura por esses voos foi especialmente afetada, dada a alta de mais de 44,7% no dólar em 2015.
"Uma coisa que tem ficado mais clara, inclusive nos movimentos da indústria, é que a demanda entre o Brasil e os Estados Unidos foi muito impactada pela alta do dólar. Temos, sim, visto uma redução de oferta, porque esse mercado se contraiu de forma mais acentuada do que os outros", afirma Claudia Sender, presidente da TAM.
A companhia cancelou os três voos semanais entre Miami e Belo Horizonte, a partir de março de 2016, e de um dos cinco que saem de Manaus para o mesmo destino, em abril. Os voos de São Paulo para Nova York, hoje 14 por semana, cairão para dez, também em abril.
A Gol, por sua vez, deixará de operar voos regulares para Miami e Orlando em fevereiro —hoje, realiza 14 voos semanais para as duas cidades norte-americanas. As rotas passarão as ser operadas de forma sazonal, apenas durante a alta temporada brasileira (de dezembro a fevereiro e de junho a agosto).
A queda na procura também atingiu companhias dos EUA: American Airlines e Delta anunciaram cancelamento de rotas no Brasil, de Campinas para Miami e Nova York e de Brasília para Atlanta, respectivamente.
RESULTADOS
Nesta sexta-feira (13), a Latam, resultado da fusão entre a chilena LAN e a brasileira TAM, anunciou prejuízo líquido de R$ 401 milhões, causado, principalmente, pelo mau desempenho do mercado brasileiro. E a expectativa não é de melhora no curto prazo, de acordo com Sender.
Por isso, a empresa já começou a reduzir capacidade também no mercado doméstico —o corte foi de 5,9% em setembro. No quarto trimestre, os cortes podem chegar a 10% e devem continuar no próximo ano.
"Projetando a redução feita em 2015 para o ano que vem, já teríamos redução de capacidade em torno de 5%", diz Sender. Nas projeções da companhia para 2016, a redução de voos internos no Brasil varia de 6% a 9%.
"Acreditamos que o Brasil ainda possa ter um ano difícil em 2016 e, por isso, deixamos espaço para uma redução um pouco maior."
No mesmo período, a Gol registrou prejuízo líquido de R$ 2,13 bilhões no terceiro trimestre. O resultado trimestral, o pior da história da companhia, segundo a consultoria Economatica, é um salto ante o saldo negativo de R$ 245,1 milhões no mesmo período de 2014.
LATAM/3º tri 2015
Faturamento: US$ 2,5 bilhões (R$ 8,9 bilhões)
Prejuízo líquido: US$ 113,3 milhões (R$ 401,2 milhões)
Número de funcionários: 53 mil
Total de dívidas/capital: US$ 8,9 milhões (R$ 31,4 milhões)
Principais concorrentes: Gol, Taca, Avianca, Sky Airline, Aerolíneas Argentinas
Fonte: Folha Online - 14/11/2015
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