Consumo de carne bovina tem recorde negativo; preço do suíno cai
Publicado em 02/08/2022
Carne bovina registrou menor nível de consumo nos últimos 26 anos, enquanto preço do suíno teve queda de mais de 15% nos últimos doze meses
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a carne suína registrou queda nos preços de 5,21% no último ano. A carne é, hoje, considerada a mais barata dos 18 principais tipos de carne disponíveis nos mercados brasileiros de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial de inflação do país. Enquanto o mercado de suínos experiencia aumento de procura e diminuição drástica nos preços, o consumo de bovinos no país é o menor em mais de duas décadas.
Pela mesma pesquisa do IBGE é possível observar um aumento de 11,12% no preço do contrafilé bovino, e a picanha subiu 9,21%. Dados coletados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que o consumo de carne bovina caiu ao menor nível nos últimos 26 anos, com 24,8 kg consumidos por brasileiro em um ano. Em comparação, o maior dado registrado foi o de 2006, onde havia cerca de 42,8 kg de carne bovina por cidadão. Nos últimos cinco anos, a queda registrada já chega a uma diminuição de mais de 26% no consumo no país.
Com a queda dos preços, é esperado pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) alta no consumo da carne suína em 2022. A projeção é de 18 quilos por pessoa, alta próxima a 8%, já que em 2021 foi registrado aproximadamente 16,7 quilos per capita pela instituição.
A estimativa é que a produção ano de carne, incluindo a suína e de aves, alcance a casa de 28 milhões de toneladas neste ano. Assim, o setor da carne bovina bate mais um recorde negativo com produção estimada em 8,115 milhões de toneladas até o fim de 2022, a menor em 20 anos.
De acordo com especialistas na área, a diminuição dos preços suínos corresponde ao recuo das exportações que acabou estimulando a oferta no mercado brasileiro nos últimos meses. Já para os bovinos aponta-se o aumento da insegurança alimentar no Brasil e o aumento da inflação nos últimos dois anos.
Fonte: economia.ig - 01/08/2022
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