Com alta de preço, receita com exportação de óleo de soja deverá subir 54% em 2022
Publicado em 11/05/2022 , por Mauro Zafalon
Para consumidor, produto acumula aumento de 7,6% nos últimos 30 dias, segundo a Fipe
Um dos produtos mais afetados pela Guerra da Ucrânia foram os óleos vegetais. Os números divulgados pela Abiove (Associação Brasileira de Óleos Vegetais) desta terça-feira (10) indicam o novo patamar de preços que o óleo de soja atingiu.
Essa forte evolução ocorre devido à queda na oferta mundial dos principais óleos. Ucrânia, a maior exportadora mundial de óleo de girassol, e Rússia, outro país importante nesse mercado, têm problemas na comercialização.
A alta de preços forçou vários países a limitarem as exportações de outros óleos vegetais, pressionando ainda mais os preços nesse setorno mercado internacional.
Uma das maiores interferências veio da Indonésia, que limitou as vendas de óleo de palma. Com isso, a comercialização mundial de óleos derivados de vegetais ficou bem limitada, devido tanto à ação do país asiático quanto aos efeitos da guerra no Leste Europeu.
Os reflexos dessa dificuldade de abastecimento se espalharam por todo o mercado mundial. E o Brasil não ficou isento. Com a demanda externa aquecida, o país deverá exportar 1,8 milhão de toneladas neste ano, 9,1% a mais do que em 2021.
Os preços subiram de degrau, atingindo US$ 1.735 por tonelada no porto de Paranaguá, 42% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Alta de preço e aumento do volume exportado deverão elevar as receitas com as exportações para US$ 3,12 bilhões neste ano, 54% a mais do que no ano passado, conforme estimativas da Abiove.
O Brasil processará 48 milhões de toneladas de soja, o que renderá 36,7 milhões de toneladas de farelo e 9,7 milhões de toneladas de óleo.
Mesmo com queda no volume exportado de soja em grão, que recua para 77,2 milhões de toneladas, o Brasil conseguirá receitas históricas de US$ 58 bilhões com as vendas externas do complexo soja (grãos, farelo e óleo).
Em 2021, as exportações de soja em grão somaram 86,1 milhões de toneladas.
A queda nas exportações brasileiras de soja se deve à redução de 20 milhões de toneladas na produção nesta safra, devido à seca na região Sul.
Os dados referentes a este mês já mostram uma desaceleração, segundo a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais). As vendas externas de maio, que chegaram a 14,2 milhões de toneladas em 2021, devem recuar para 10,6 milhões neste mês, conforme dados preliminares da associação.
A pressão dos preços dos óleos vegetais já atinge o bolso do consumidor. Nos últimos 30 dias até a primeira semana deste mês, o óleo de soja teve alta de 7,6% em São Paulo, acumulando elevação de 17,5% no ano.
Os dados, divulgados nesta terça-feira, são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O derivado da soja forçou a alta também dos óleos de girassol e de milho, que tiveram altas de 6% e 5%, respectivamente, nos últimos 30 dias.
Trigo Índia e Brasil se destacam no mercado externo por exportações de trigo neste início de ano. Os indianos elevaram em 275% as exportações do primeiro trimestre, em relação a igual período do ano anterior.
Trigo 2 Já o Brasil deverá aumentar em 365% as exportações nos cinco primeiros meses. As vendas externas são estimadas em 2,4 milhões de toneladas pela Anec.
Ritmo menor Em abril deste ano, 180 usinas da região centro-sul colocaram suas máquinas em campo para a colheita de cana-de-açúcar. No mesmo mês do ano passado, eram 207 unidades.
Vai acelerar Os dados são da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), que prevê a entrada em operação de outras 57 unidades nesta primeira quinzena do mês.
Citricultura Além de condições climáticas desfavoráveis nos últimos anos, a citricultura vem enfrentado agora a alta dos insumos, o que deverá comprometer os investimentos no setor.
Citricultura 2 A avaliação é do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que prevê aumento de 75% nos custos dos fertilizantes na safra 22/23, em relação à anterior.
Fonte: Folha Online - 11/05/2022
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