IPCA: inflação oficial é de 0,95% em novembro, maior variação para o mês desde 2015
Publicado em 13/12/2021
No ano, o índice acumula alta de 9,26% e, nos últimos 12 meses, de 10,74% - a maior desde novembro de 2003 (11,02%)
Rio - A inflação oficial do país, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,95% no mês passado - recuo de 0,30 ponto percentual (p.p.) em relação à taxa de 1,25% registrada em outubro. Foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015 (1,01%). No ano, o IPCA acumula alta de 9,26% e, nos últimos 12 meses, de 10,74%, acima dos 10,67% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A variação acumulada em 12 meses é a maior desde novembro de 2003 (11,02%). Em novembro de 2020, a variação mensal foi de 0,89%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 10.
A alta foi puxada pelos transportes (3,35%), influenciados pelos preços dos combustíveis, principalmente, da gasolina (7,38%), que teve, mais uma vez, o maior impacto individual no índice do mês (0,46 p.p.). Houve altas também nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%). Com o resultado de novembro, a gasolina acumula, em 12 meses, alta de 50,78%, o etanol de 69,40% e o diesel, 49,56%.
Os preços dos automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%) também pesaram na inflação do mês. Já as passagens aéreas recuaram 6,12% em novembro, após as altas de 28,19% em setembro e 33,86% em outubro.
Em habitação (1,03%), segundo maior impacto (0,17 p.p.) no índice geral, o resultado ficou próximo ao do mês anterior (1,04%), pressionado, novamente, pela energia elétrica (1,24%).
“Além da bandeira tarifária da Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, em vigor desde setembro, houve reajustes nas tarifas em Goiânia, Brasília e São Paulo. Em Belém e Porto Alegre o recuo decorreu da redução da alíquota de PIS/Cofins”, detalha o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
Destaca-se ainda a alta de 2,12% no gás de botijão, que já subiu 38,88% nos últimos 12 meses.
Inflação desacelera com descontos da Black Friday
Por outro lado, o índice geral de novembro desacelerou com o recuo em alimentação e bebidas (-0,04%), devido à queda de 0,25% na alimentação fora do domicílio, influenciada pelo lanche (-3,37%). Já a refeição (1,10%) acelerou em relação ao mês anterior (0,74%).
Houve quedas ainda mais intensas no leite longa vida (-4,83%), no arroz (-3,58%) e nas carnes (-1,38%), pressionando a alimentação no domicílio (0,04%). Por outro lado, houve altas expressivas nos preços da cebola (16,34%), que havia caído em outubro (-1,31%), e do café moído (6,87%). Outros subitens, como o açúcar refinado (3,23%), o frango em pedaços (2,24%) e o queijo (1,39%) seguem em alta.
Também influenciou a desaceleração do índice o grupo saúde e cuidados pessoais (-0,57%), consequência da queda nos preços dos itens de higiene pessoal (-3,00%), sobretudo, dos perfumes (-10,66%), os artigos de maquiagem (-3,94%) e os produtos para pele (-3,72%).
Além disso, a variação dos planos de saúde (-0,06%) segue negativa, refletindo a redução de 8,19% determinada em julho pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos de saúde individuais. No lado das altas, os preços dos produtos farmacêuticos subiram 1,13%.
“A Black Friday ajuda a explicar a queda tanto no lanche quanto nos itens de higiene pessoal. Nós observamos várias promoções de lanches, principalmente nas redes de fast food no período. E no caso dos itens de higiene pessoal, várias marcas nacionais deram descontos nos preços dos produtos em novembro. No Brasil, diferente de outros países, os descontos não são centrados em um único dia. Os descontos acabam sendo dados ao longo do mês”, explica Pedro Kislanov.
Fonte: O Dia Online - 10/12/2021
Notícias
- 25/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Etanol se mostra como opção mais vantajosa que gasolina em 11 Estados e no DF
- Prevent Sênior, Amil e mais 12 planos são processados por práticas abusivas; veja lista
- Trabalhadores recebem primeira parcela do décimo terceiro nesta semana
- Pé-de-Meia: pagamento a estudantes começa nesta segunda
- Após Carrefour, Intermarché suspende venda de carne sul-americana na França
- Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bi por ano
- Juíza absolve acusados pela “lava jato” de abrir contas para lavagem de dinheiro
- Quais medidas devem ser incluídas no pacote de corte de gastos? Ex-diretor do BC analisa
- Terceira Turma reforma decisão que condenou plano de saúde a pagar exame realizado no exterior
- Plano de saúde é condenado por cancelamento de contrato de adolescente com TEA
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)