Preço da carne cai pela primeira vez após 16 meses, mas alta acumulada ainda é de 22%
Publicado em 27/10/2021 , por Leonardo Vieceli
Redução em outubro aparece nos dados do IPCA-
Depois de 16 meses consecutivos de alta, os preços das carnes caíram no país em outubro. É o que apontam os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), conhecido como a prévia da inflação oficial.
Em outubro, os preços das carnes tiveram baixa de 0,31%, conforme a pesquisa. A última queda havia ocorrido em maio do ano passado (-1,33%). O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados nesta terça-feira (26).
Apesar da trégua, as carnes ainda acumulam alta de 22,06% em 12 meses. Neste ano, de janeiro a outubro, a inflação prévia acumulada pelo grupo é de 10,27%.
Segundo o economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), a queda nos preços em outubro pode ser associada à suspensão das exportações das carnes brasileiras para a China.
A paralisação ocorreu após o registro de dois casos atípicos de vaca louca em setembro. Com a trégua na demanda chinesa, a tendência é de que uma quantidade maior de mercadorias seja destinada ao mercado interno, levando os preços para um patamar inferior.
"A gente vai ver uma queda mais intensa de acordo com a duração desse efeito de paralisação das exportações. A China não deve manter o embargo por muito tempo. Quanto maior for o tempo do embargo, maior é a probabilidade de a gente ver queda no preço", aponta Braz.
O economista pondera que, devido à alta acumulada ao longo da pandemia, o consumidor precisará de novas reduções nos preços para sentir um alívio no bolso.
"A taxa em 12 meses das carnes ainda está acima de 20%. Então, é preciso ter muitas quedas para que o consumidor volte a consumir carnes como antigamente", relata o pesquisador.
De 18 cortes que compõem o segmento de carnes no IPCA-15, 12 tiveram baixa nos preços em outubro. A maior queda foi a da capa de filé (-1,83%).
Seis cortes registraram alta nos preços. O maior avanço foi o da picanha (2,88%).
Durante a crise sanitária, a escalada inflacionária e o desemprego levaram mais pessoas a buscarem doações e até mesmo restos de carnes para alimentação.
Um desses casos ocorreu no Rio de Janeiro, onde um caminhão ficou conhecido por distribuir ossos para um grupo com fome. Cidades como Cuiabá (MT) também registraram filas em busca de restos de ossos de boi.
Em outubro, o IPCA-15 teve variação geral de 1,20%, a maior para o mês desde 1995 (1,34%). Com o novo resultado, a prévia da inflação atingiu 10,34% no acumulado de 12 meses.
Neste mês, os preços das carnes caíram em 6 das 11 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. As maiores reduções ocorreram em Goiânia (-1,63%), Porto Alegre (-1,54%) e Belém (-0,98%).
Cinco metrópoles tiveram alta nos preços das carnes em outubro, conforme o IPCA-15. As principais elevações foram registradas em Brasília (1,28%), Salvador (1,25%) e Fortaleza (1,15%).
Em 12 meses, Porto Alegre é a capital com a maior alta na inflação das carnes: 30,9%. Em seguida, aparecem Curitiba (29,16%), Brasília (24,89%) e São Paulo (23,72%).
Fonte: Folha Online - 26/10/2021
Notícias
- 25/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Etanol se mostra como opção mais vantajosa que gasolina em 11 Estados e no DF
- Prevent Sênior, Amil e mais 12 planos são processados por práticas abusivas; veja lista
- Trabalhadores recebem primeira parcela do décimo terceiro nesta semana
- Pé-de-Meia: pagamento a estudantes começa nesta segunda
- Após Carrefour, Intermarché suspende venda de carne sul-americana na França
- Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bi por ano
- Juíza absolve acusados pela “lava jato” de abrir contas para lavagem de dinheiro
- Quais medidas devem ser incluídas no pacote de corte de gastos? Ex-diretor do BC analisa
- Terceira Turma reforma decisão que condenou plano de saúde a pagar exame realizado no exterior
- Plano de saúde é condenado por cancelamento de contrato de adolescente com TEA
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)