Natal pesará mais no bolso do consumidor; carnes já subiram 30%, e dólar vem impactando preços dos importados
Publicado em 25/10/2021 , por Ana Clara Veloso e Letycia Cardoso
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação anual é projetada em 8,5% pelo Banco Central (BC). E os insumos que impactam cadeias logísticas encareceram: o aço, 97%, e o plástico, 40%, por exemplo. Estes são alguns dos fatores que, segundo especialistas, devem compor o cenário de um Natal pior do que o de 2020 para os consumidores brasileiros.
— No ano passado, a situação era bem diferente. A inflação ainda não era um problema, estávamos nos recuperando da primeira onda da pandemia com uma perspectiva favorável, e havia o auxílio emergencial que ajudava no poder de compra das famílias — aponta Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio.
Economista e professor do Ibmec RJ, Rafael Igrejas explica que, mesmo com a disponibilidade do 13º salário e da remuneração de férias, e até com o relaxamento das medidas de restrição impostas pela pandemia — que tendem a aumentar o consumo —, é provável que o crescimento econômico fique em -0,1% neste fim de ano.
— Só de energia elétrica e gás natural, a variação da inflação nos últimos 12 meses é da ordem de 29,8%. Considerando ainda o aumento de combustível, vai a 36,6%. E esses três são itens que afetam a economia como um todo. Então, o cenário de inflação contribui negativamente para que a gente tenha a estagnação econômica. E se não cresce, prejudica o poder de consumo, mantendo o orçamento familiar comprimido — diz ele.
Efeito-cascata: Altas dos alimentos e do gás de cozinha impactam a venda de quentinhas
Segundo Igrejas, o Natal sairá mais caro neste ano, especialmente devido à alta dos alimentos, que consomem boa parte dos gastos.
— Encarecem por questões climáticas e devido às altas nos preços de fertilizantes e nos custos de transporte. No cenário que estamos vivendo, é pouco provável isso não ser repassado ao consumidor — afirma.
O câmbio desfavorável à moeda brasileira — o dólar está em torno de R$ 5,70 — também têm impacto direto no preço de alguns itens que costumavam ser os queridinhos das ceias (azeite, bacalhau, vinho, frutas cristalizadas e azeitonas):
— Para economizar, a dica é substituir por produtos nacionais. Mas os desempregados não têm opção de comprar o mais caro nem o mais barato — diz André Braz, economista do Ibre/FGV.
Fonte: Extra - 25/10/2021
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