Falso pagamento representa 36% dos golpes do Rio; veja como se proteger
Publicado em 01/10/2021
O falso pagamento tem nos eletrônicos os produtos mais visados, representando 78% dos casos
O falso pagamento tem nos eletrônicos os produtos mais visados, representando 78% dos casos. Celulares e telefonia aparecem em primeiro lugar na lista, com 54%, seguido pela categoria Videogames (17%) e computadores e acessórios (10%), facilidade no transporte, valor e facilidade de repassar esses produtos são os principais pontos que os colocam no topo do ranking.
"Mesmo com um maior investimento por parte das empresas nas soluções de segurança e a tecnologia como uma aliada nos modelos de prevenção de fraudes, os fraudadores atuam principalmente na falta de conhecimento dos usuários sobre os processos de compra e venda eletrônica para aplicar a engenharia social e enganá-los. Por isso, a educação digital é fundamental para que as pessoas possam identificar comportamentos suspeitos e se protejam das investidas dos golpistas", explica Beatriz Soares, diretora de Produto e Operações da OLX.
O golpe do falso pagamento é uma atualização do antigo golpe do "envelope vazio", quando o fraudador apresentava um comprovante de depósito no caixa eletrônico, mas não colocava o dinheiro no envelope e o valor não era computado pelo banco.
Hoje, o fraudador faz um falso comprovante de depósito com os dados da vítima e o envia por e-mail ou aplicativo de mensagem, fazendo a pessoa acreditar que o valor já foi depositado e entregue o produto da venda. Quando a vítima percebe o golpe, o fraudador já está com o produto e deixa de responder as mensagens.
Especialistas em segurança digital dizem que os golpes são praticados por associações criminosas que se articulam em rede, criam inúmeras contas falsas (utilizando dados válidos de terceiros) e tentam atrair o maior número de vítimas - seja com anúncios, seja com abordagens para comprar itens anunciados por clientes legítimos.
"Usuários devem estar atentos a possíveis tentativas de fraudes, seja em relação a promoções extremamente irrecusáveis em troca de dados cadastrais ou na hora de efetuar um pagamento (por boleto, cartão de crédito, transferência bancária ou Pix", destaca Gustavo Monteiro, diretor do AllowMe.
Como se prevenir
O falso pagamento ocorre principalmente na transação de venda de um item, por isso, manter as conversas nos chats das plataformas de compra e venda, não passar dados pessoais - como email, celular e conta bancária -, e só entregar o item após a confirmação do depósito são essenciais para não cair nesse tipo de golpe.
Confira as principais dicas:
- Negocie sempre pelos chats das plataformas de compra e venda e evite aplicativos de mensagem. Fraudadores preferem ambientes digitais onde não poderão ser rastreados e não gostam de deixar rastro de suas atuações;
- Recebeu um comprovante de pagamento por mensagem ou e-mail? Desconfie, confira diretamente no banco ou na carteira digital se o valor já foi computado, e confira o status da transação na plataforma onde está negociando;
- Só entregue o produto após a confirmação do pagamento;
- Desconfie de compradores apressados, essa é uma das táticas utilizadas para que a pessoa entregue o produto antes da confirmação do pagamento;
- Fique atento aos e-mails recebidos dos sites. E-mails oficiais da empresa normalmente usam o nome da marca e não informações genéricas ou domínio de emails gratuitos.
- Empresas também costumam ter o whatsapp verificado, quando aparece um selo de confirmação que aquela conta é idônea. Se não tiver o selo, desconfie.
O chamado golpe do falso pagamento está no topo do ranking das principais fraudes aplicadas no comércio eletrônico no primeiro semestre, no Rio de Janeiro. Segundo, um estudo da OLX, site de compra e venda online, e da AllowMe, plataforma de proteção de identidades digitais, ele foi responsável por 36% dos casos, seguido por falsa venda (28%) e invasão de conta (20%). O crime tem atingido usuários de plataformas que vendem produtos usados na rede, como celulares, ou outros aparelhos eletrônicos, ou fazem negociações de automóveis, entre outros itens.
Fonte: economia.ig - 01/10/2021
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