Planeje antes de usar crédito
Publicado em 15/06/2021
Endividar-se é utilizar dinheiro emprestado para comprar agora e pagar mais tarde
É praticamente impossível passarmos a vida toda sem dívidas. A maioria de nós não pode comprar à vista uma casa ou um carro, por exemplo. Entretanto, dívida não planejada provoca estragos em qualquer orçamento e pode elevar os gastos fixos a níveis insustentáveis.
Uma boa gestão de dívidas, utilizar o crédito de forma inteligente, contribui para melhorar o padrão de vida, solucionar emergências financeiras e manter o custo das operações de crédito em níveis razoáveis.
Entretanto, muitas pessoas têm conceitos equivocados sobre crédito e acabam se prejudicando em vez de usá-lo em benefício próprio. Vamos revisar conceitos e crenças.
O crédito nos permite dispor de dinheiro extra. Erra quem acredita que a afirmativa é verdadeira. Crédito não é dinheiro extra. O dinheiro emprestado simplesmente nos permite gastar hoje o salário de amanhã, o que nos deixa com menos dinheiro para o futuro.
Com crédito podemos comprar bens que não poderíamos e melhorar nosso padrão de vida. Cuidado! Comprar algo que está fora do nosso alcance prejudica o orçamento e diminui nosso padrão de vida, seja qual for a forma de pagamento. Tudo o que compramos com crédito custa mais caro.
Em caso de necessidade, se faltar dinheiro para pagar coisas imprescindíveis, sempre poderemos utilizar empréstimos. Outra crença perigosa. A possibilidade de um banco ou outra instituição financeira lhe conceder crédito depende de suas informações pessoais e de seu histórico de crédito. Todas as entidades têm acesso ao nosso histórico de crédito, detalhes de empréstimos, atuais e anteriores, e se deixamos de pagar empréstimos e outras faturas.
Quem tem um histórico de crédito ruim não terá acesso a boas condições de crédito. É possível que os únicos dispostos a correr o risco sejam entidades duvidosas que cobram taxas e juros abusivos. Não são soluções recomendáveis, muitos perderam imóveis e bens por terem recorrido a alternativas extremas.
Uma instituição financeira sabe até que nível podemos nos endividar, sendo assim, se nos empresta mais dinheiro do que podemos pagar, assume a responsabilidade.
Errado, a responsabilidade principal é sempre nossa. Muitas vezes somos bombardeados com facilidades para comprar agora e pagar depois. É nossa responsabilidade saber quando convém utilizar crédito e quanto podemos pagar de juros e outros custos.
Se acontecer alguma coisa que nos impeça de quitar os empréstimos, sempre será possível renegociar as condições, trocar o tipo e o montante de juros e alongar os prazos de pagamento. Cuidado, não é bem assim.
Uma operação de crédito não é um jogo em que podemos entrar e sair segundo nos convenha. Quando parcelamos uma compra ou aceitamos um empréstimo, firmamos um contrato segundo o qual nos comprometemos formalmente a devolver todo o dinheiro, mais juros e outras despesas, nas condições especificadas. Em certas situações, é possível renegociar, entretanto, normalmente haverá sérias consequências se não cumprirmos o contratado.
Comprar a crédito é o mesmo que comprar à vista, adiando o desembolso do dinheiro. Não, não é a mesma coisa. Quando uma instituição financeira nos concede crédito, está prestando um serviço que não é de graça. Esse é um serviço pelo qual pagamos, além do custo original do produto. Dependendo da percentagem de juros e prazo de pagamento, o custo do crédito pode ser igual, ou superior, ao preço do produto que compramos.
Em outras palavras, compramos um produto e pagamos o dobro ou o triplo por ele.
Fonte: Folha Online - 14/06/2021
Notícias
- 25/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Etanol se mostra como opção mais vantajosa que gasolina em 11 Estados e no DF
- Prevent Sênior, Amil e mais 12 planos são processados por práticas abusivas; veja lista
- Trabalhadores recebem primeira parcela do décimo terceiro nesta semana
- Pé-de-Meia: pagamento a estudantes começa nesta segunda
- Após Carrefour, Intermarché suspende venda de carne sul-americana na França
- Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bi por ano
- Juíza absolve acusados pela “lava jato” de abrir contas para lavagem de dinheiro
- Quais medidas devem ser incluídas no pacote de corte de gastos? Ex-diretor do BC analisa
- Terceira Turma reforma decisão que condenou plano de saúde a pagar exame realizado no exterior
- Plano de saúde é condenado por cancelamento de contrato de adolescente com TEA
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)