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Confira dicas para usar o 13º salário de forma consciente
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Confira dicas para usar o 13º salário de forma consciente

Publicado em 15/12/2020

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Especialista orienta que o dinheiro seja poupado ou investido, mas lembra que o abono de Natal também pode ser usado para quitar dívidas

Rio - O 13º salário, também conhecido como abono de Natal, pode representar um respiro aos brasileiros, em meio à pandemia que afetou tanto a vida pessoal como as finanças. Vale lembrar que a primeira parcela desse valor deveria ter sido paga até o dia 30 de novembro e a segunda deverá ser paga até sexta-feira, dia 18. Confira dicas para saber como usar essa grana extra, seja para liquidar dívidas ou fazer compras (com consciência).   

Segundo Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e doutor em Educação Financeira, neste ano até a forma de usar a gratificação natalina tem que ser diferente. "Sempre defendo que esse dinheiro não deve ser usado para pagar dívidas, mas em uma situação atípica como a atual é sim válido usar desse artifício, mas cuidado, é preciso planejamento".

O especialista lembra que a chegada desse dinheiro coincide com o aumento de gastos típicos de final de ano, como troca de presentes, ceia de Natal e viagens. Mas é preciso considerar as despesas previstas para o início de 2021, como os impostos obrigatórios - IPTU e IPVA, por exemplo. Além de olhar para a vida financeira e usar essa renda extra de forma consciente, respeitando o padrão de vida da família.

Pagar dívidas

Antes de quitar os débitos, lembre-se de planejar. "Não se deve sair correndo para ajustar as contas, é preciso entender o que se deve, qual o real fôlego para negociação e buscar os credores", explica Domingos.

Muito cuidado com os acordos, porque muitas vezes se fecha algo que não conseguirá honrar e a situação se complica. O presidente da Abefin reforça que também é importante entender que todos estão mais maleáveis no momento, tendo melhores chances de conquistar bons acordos na hora de sanar as dívidas.   "O ideal é que o 13º seja poupado, investido (para render) e destinado para a realização de sonhos de curto prazo (a serem realizados em até um ano), médio prazo (de um a dez anos) e longo prazo (acima de dez anos)", enfatiza o especialista.

Fazer as compras de fim de ano

Muitas pessoas vão utilizar o 13º salário para fazer as compras de final de ano, mas não esqueça de se programar. "Uma maneira de fazer isso é escolher uma época do ano, geralmente o início. Se puder inserir as despesas com a ceia de Natal e os presentes já no orçamento financeiro mensal e poupar o 13º inteiramente para os sonhos, melhor ainda", avalia.

Poupar e investir

Há pessoas que estão em uma "zona de conforto", ou seja, não devem, mas também não poupam. Neste caso, o especialista faz um alerta para que ajam com consciência. "Um passo em falso pode levá-los ao endividamento e até à inadimplência, uma vez que não possuem reserva financeira para se apoiar", orienta.

Para os trabalhadores que estão livres da inadimplência, Domingos recomenda que se guarde boa parte do 13º salário "para começar a formar essa reserva e também para realizar mais sonhos, de agora em diante".

"Para os investidores, mesmo que iniciantes, a melhor opção para utilizar o 13º é continuar investindo, tendo sempre um objetivo, seja ele qual for. A conclusão que podemos tirar é que dinheiro extra é muito positivo quando utilizado com educação financeira", finaliza.

Fonte: O Dia Online - 14/12/2020

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