Sete dos 9 grupos de produtos e serviços do IPCA têm alta em novembro
Publicado em 09/12/2020
Setor de alimentação e bebidas segue sendo o de maior peso dentro do IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. Mais uma vez, a maior variação, 2,54%, e o maior impacto, 0,53 ponto percentual (pp) foram causados pelo grupo alimentação e bebidas, que em outubro tinha subido 1,93%. De acordo com o IBGE , a variação de 15,94% no acumulado de 12 meses para alimentação e bebidas é a maior desde outubro de 2003, quando ficou em 17,46%. Permanece o cenário dos últimos meses, em que alimentação e bebidas continuam sendo o grupo de maior peso dentro do IPCA, disse o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. A segunda maior contribuição (0,26 pp) foi do grupo transportes (1,33%).
Segundo o IBGE, os dois grupos juntos representaram cerca de 89% do IPCA de novembro. O grupo artigos de residência (0,86%), desacelerou em relação ao mês anterior (1,53%), o que também ocorreu com vestuário , que subiu 0,07% em novembro e 1,11 no mês anterior.
Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,13% em saúde e cuidados pessoais , e a alta de 0,44% em habitação .
No ano, o IPCA acumula alta de 3,13% e, em 12 meses, de 4,31%, o que significa que é maior do que os 3,92% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019, o indicador havia ficado em 0,51%.
Segundo Kislanov, em 12 meses esta é a quarta vez que o acumulado fica acima de 4%, ou seja, o centro da meta de inflação . “[Ficou em] 4,31% em dezembro de 2019, 4,19% em janeiro e 4,01% em fevereiro. Em março, passou para 3,3% e aí já ficou abaixo do centro da meta. Agora estamos com 4,31%, acima do centro, mas tem o intervalo de tolerância. Então, a meta de fato vai de 2,5% a 5,5%. O centro da meta é 4%.”
Kislanov ressaltou que o resultado acumulado dos 12 meses e o do fim do ano passado, dentro do grupo alimentação, também estava muito relacionado a um item específico que foram as carnes , mas agora mais espalhado em outros produtos.
“Teve alta muito forte das carnes, que acabou influenciando esse resultado. E agora, há uma questão diferente similar na alta dos alimentícios, mas com uma difusão maior entre os alimentícios. Temos altas mais intensas na batata, no tomate, no óleo de soja, no arroz. No acumulado do ano ,em alguns casos, são altas de 50%”, informou.
De acordo com o pesquisador, houve difusão maior entre os itens alimentícios, considerado o grupo alimentação e bebidas como um todo. A difusão passou de 73% em outubro para 80% em novembro, o que significa que 80% dos subitens deste grupo tiveram variação positiva agora no mês de novembro.A difusão do índice ficou muito próxima da do mês anterior, em outubro, mas a de alimentícios foi maior.
A inflação está mais espalhada pelos alimentos , o que faz sentido também for observada a variação de outubro para novembro, com alta mais intensa de cerca de 2,5% em novembro, completou.
Na série histórica mensal do IPCA, no fim do ano passado, houve alta em novembro e dezembro, devido principalmente ao aumento de 1,15% no preço da carne. Em janeiro e fevereiro, a inflação ficou um pouco mais mais baixa, em 0,20% e 0,25%, muito por causa do recuo dos preços da carne nesses dois meses.
“A partir de março, entramos no contexto da pandemia . Tivemos duas deflações em abril e maio e, desde então, tivemos variações positivas com uma aceleração nos últimos meses, muito por causa da alta dos alimentos”, acrescentou Kislanov.
O pesquisador lembrou que o centro da meta estabelecido para a inflação é de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 pp, para mais ou para menos. Então, pode ficar dentro da meta entre 2,5% e 5,5%, concluiu.
Fonte: economia.ig - 08/12/2020
Notícias
- 26/11/2024 IPCA-15 sobe 0,62% em novembro, aponta IBGE
- Carrefour: entenda o caso e o que está em jogo
- Como evitar as compras por impulso e os gastos exagerados no Natal e fim de ano? Veja dicas
- Black Friday: Procon-SP já registrou mais de mil reclamações
- Economia do pente fino nos benefícios do INSS neste ano caiu para R$ 5,5 bi, diz Clayto Montes
- Novos processos seletivos do SEST SENAT oferecem vagas em diversas cidades
- Uber é condenado a indenizar passageira por acidente causado durante a viagem
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)