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Prévia da inflação registra maior alta para novembro desde 2015
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Prévia da inflação registra maior alta para novembro desde 2015

Publicado em 25/11/2020 , por Diego Garcia

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Índice teve alta de 0,81%, puxado mais uma vez pelo preço dos alimentos

Puxada mais uma vez pela alta no preço dos alimentos, a prévia da inflação teve a maior variação para um mês de novembro desde 2015, de 0,81%, informou nesta terça-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

A taxa é 0,13 ponto percentual menor do que o registrado em outubro, quando o índice registrou alta de 0,94%. De janeiro a novembro, o acumulado é de alta de 3,13%, enquanto nos últimos 12 meses é de 4,22%. Em novembro de 2019, a taxa subiu 0,14%.

O grupo alimentação e bebidas subiu 2,16% e foi responsável por influenciar 0,44 ponto percentual do índice geral do mês. No ano, o setor acumula alta de 12,12%. Os preços dos alimentos para consumo no domicílio foram destaque no mês, subindo 2,69%. A maior influência foram itens importantes no consumo das famílias, como carnes (4,89%), arroz (8,29%), batata-inglesa (33,37%), tomate (19,89%) e óleo de soja (14,85%).   A economista Julia Passabom, do Itaú, afirmou que a divulgação veio acima do esperado pelo banco, que projetava o IPCA-15 em 0,73%, mas veio concentrada em itens fora do núcleo de inflação, como alimentos e passagens aéreas (3,46%).

"Alguns serviços, como restaurantes, vieram mais forte e surpreenderam para cima", disse a economista. Ela creditou a alta à flexibilização no distanciamento social, que está fazendo as pessoas saírem mais de casa.

Diante desse cenário, a alimentação fora do domicílio acelerou 0,87%, puxada pelo item lanche (1,92%), enquanto refeição subiu 0,49%.

"A reabertura da economia provoca alguma normalização nos níveis de preços, com o turismo voltando a ter movimentação, maiores núcleos de pessoas se movimentando e variações no nível de preço", analisou a economista do Itaú.

Ela explicou que, com economia se normalizando, os serviços voltam com menos restrições e podem ter efeito de nível de preços, pois os setores permaneceram fechados por muito tempo ao longo do ano.

?Todos os demais grupos também tiveram alta: transportes (1%), artigos de residência (1,40%), habitação (0,34%) e vestuário (0,96%), além de saúde e cuidados pessoais (0,04%), despesas pessoais (0,14%), comunicação (0,06%) e educação (0,01%).

Todas as regiões pesquisadas pelo IBGE registraram alta de preços, com destaque para Goiânia (1,26%), influenciada pela alta de 3,25% na gasolina. Por outro lado, a queda de -1,37% no preço do combustível fez Recife observar a menor alta (0,31%).

Fonte: Folha Online - 24/11/2020

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