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Confira como fica o consignado do INSS após aumento do limite
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Confira como fica o consignado do INSS após aumento do limite

Publicado em 13/10/2020 , por Ana Paula Branco

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Aposentados e pensionistas podem comprometer até 35% do benefício com empréstimo pessoal

Desde o início deste mês, o aposentado ou pensionista do INSS pode comprometer até 35% do valor do benefício com empréstimos pessoais consignados. Antes, a margem era de 30%. A nova regra para contratar consignados vale até 31 de dezembro, independentemente da data da última parcela ou do final do contrato.

Com cálculos do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciário), o Agora traz simulações de quanto o beneficiário poderá pegar emprestado com a nova margem e o valor das parcelas.

Pela simulação, um aposentado que recebe um salário mínimo (R$ 1.045, neste ano) podia comprometer até R$ 313,50 do benefício com empréstimo consignado.

Desde 2 de outubro, quando a medida provisória entrou em vigor, o limite subiu para R$ 365,75. Agora, se quiser contratar um empréstimo de R$ 5.000, vai pagar parcelas de R$ 115,90.

 

A manutenção da margem de 35% para empréstimos feitos após 1º de janeiro de 2021 só será possível se o Congresso converter a medida provisória em lei.Cada pensionista ou aposentado pode contratar até nove empréstimos e ter um cartão de crédito consignado ao mesmo tempo. No cartão, é possível comprometer mais 5% da renda (isso não mudou), o que eleva a margem consignável total para 40%.

Além da margem consignável, esse tipo de cartão de crédito tem um limite de gastos. Para cada salário mínimo de benefício, o segurado possui R$ 1.672 de limite.

Quem utiliza toda a margem disponível não pode fazer novos empréstimos até quitar pelo menos uma das dívidas.

Concessão

O INSS também autorizou o desbloqueio para consignados em 30 dias após a concessão do benefício durante o estado de calamidade pública. O prazo anterior era de 90 dias.

Após o pedido ao banco, o aposentado tem que esperar até cinco dias para ter a proposta analisada.

O prazo máximo para o pagamento da dívida, desde março, é de 84 meses (7 anos). É possível acompanhar as parcelas pelo Meu INSS (site e aplicativo) em "Extrato de Empréstimo".

Pedidos de empréstimos devem subir com nova margem

O Brasil tem, atualmente, quase 34 milhões de contratos ativos de empréstimo pessoal, segundo o INSS. E esse número deve aumentar com a ampliação da margem do consignado.

De acordo com Márcio Alaor, vice-presidente de negócios do BMG, que na pandemia teve o consignado representando 70% da sua venda, há, pelo menos, 3 milhões de pedidos de empréstimos consignados aguardando aprovação do sistema do governo.

"O consignado é o produto mais barato que existe. O aposentado está na expectativa para poder pegar mais dinheiro para compras básicas, como supermercado e farmácia", afirma.

"O pessoal estava cobrando [o aumento da margem consignável], achando que os bancos não estavam querendo fazer", conta Alaor.

A ampliação da margem era esperada desde o final de agosto, quando o Conselho da Previdência Social aprovou o aumento, mas a medida provisória do presidente Jair Bolsonaro permitindo a alteração foi publicada somente na última sexta-feira (2).

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que os bancos já oferecem o consignado pela nova margem.

As taxas máximas de juros autorizadas são de 1,80% ao mês, para o empréstimo, e 2,70% ao mês, para o cartão consignado.

Os juros são mais baixos que outras modalidades de empréstimo pessoal porque a possibilidade de inadimplência é mínima, cerca de 4%, já que o desconto das parcelas é direto na folha de pagamento do INSS.

"A linha de crédito consignado pode ser bem utilizada, mas não deve fazer parte da rotina. Sua utilização deve ser pontual e ter um objetivo relevante", orienta o presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), Reinaldo Domingos.

"Tem sido comum o empréstimo do nome a terceiros por parte de aposentados, mas este procedimento é prejudicial a todos, por isso, deve ser proibido", diz Domingos.

A expectativa do mercado é que, com a liberação da nova margem, em torno de R$ 25 milhões sejam injetados na economia.

?Confira simulações* de quanto poderá pegar emprestado e o valor das parcelas

Atenção! Todos os cálculos consideram o pagamento em 84 parcelas e com juros de 1,80% ao mês

BENEFÍCIO: R$ 1.045

A margem consignável sobe de R$ 313,50 para R$ 365,75. Veja como fica o empréstimo:

Valor do empréstimo Prestação Total da dívida Juros
R$ 1.000,00 R$ 23,18 R$ 1.947,12 R$ 947,12
R$ 5.000,00 R$ 115,90 R$ 9.735,60 R$ 4.735,60
R$ 10.000,00 R$ 231,80 R$ 19.471,20 R$ 9.471,20
R$ 15.000,00 R$ 347,69 R$ 29.205,96 R$ 14.205,96
R$ 15.778,99 R$ 365,75 R$ 30.723,00 R$ 14.944,01


BENEFÍCIO: R$ 2.000

A margem consignável sobe de R$ 600 para R$ 700. Veja como fica o empréstimo:

Valor do empréstimo Prestação Total da dívida Juros
R$ 1.000,00 R$ 23,18 R$ 1.947,12 R$ 947,12
R$ 5.000,00 R$ 115,90 R$ 9.735,60 R$ 4.735,60
R$ 10.000,00 R$ 231,80 R$ 19.471,20 R$ 9.471,20
R$ 15.000,00 R$ 347,69 R$ 29.205,96 R$ 14.205,96
R$ 20.000,00 R$ 463,59 R$ 38.941,56 R$ 18.941,56
R$ 30.199,02 R$ 700,00 R$ 58.800,00 R$ 28.600,98

BENEFÍCIO: R$ 3.000

A margem consignável sobe de R$ 900 para R$ 1.050,00. Veja como fica o empréstimo:

Valor do empréstimo Prestação Total da dívida Juros
R$ 1.000,00 R$ 23,18 R$ 1.947,12 R$ 947,12
R$ 5.000,00 R$ 115,90 R$ 9.735,60 R$ 4.735,60
R$ 10.000,00 R$ 231,80 R$ 19.471,20 R$ 9.471,20
R$ 15.000,00 R$ 347,69 R$ 29.205,96 R$ 14.205,96
R$ 20.000,00 R$ 463,59 R$ 38.941,56 R$ 18.941,56
R$ 45.298,53 R$ 1.050,00 R$ 88.200,00 R$ 42.901,47

BENEFÍCIO: R$ 4.000

A margem consignável sobe de R$ 1.200 para R$ 1.400,00. Veja como fica o empréstimo:

Valor do empréstimo Prestação Total da dívida Juros
R$ 1.000,00 R$ 23,18 R$ 1.947,12 R$ 947,12
R$ 5.000,00 R$ 115,90 R$ 9.735,60 R$ 4.735,60
R$ 10.000,00 R$ 231,80 R$ 19.471,20 R$ 9.471,20
R$ 15.000,00 R$ 347,69 R$ 29.205,96 R$ 14.205,96
R$ 20.000,00 R$ 463,59 R$ 38.941,56 R$ 18.941,56
R$ 60.398,04 R$ 1.400,00 R$ 117.600,00 R$ 57.201,96

BENEFÍCIO: R$ 5.000

A margem consignável sobe de R$ 1.500 para R$ 1.750,00. Veja como fica o empréstimo:

Valor do empréstimo Prestação Total da dívida Juros
R$ 1.000,00 R$ 23,18 R$ 1.947,12 R$ 947,12
R$ 5.000,00 R$ 115,90 R$ 9.735,60 R$ 4.735,60
R$ 10.000,00 R$ 231,80 R$ 19.471,20 R$ 9.471,20
R$ 15.000,00 R$ 347,69 R$ 29.205,96 R$ 14.205,96
R$ 20.000,00 R$ 463,59 R$ 38.941,56 R$ 18.941,56
R$ 75.497,55 R$ 1.750,00 R$ 147.000,00 R$ 71.502,45

BENEFÍCIO: R$ 6.101,06

A margem consignável sobe de R$ 1.830,32 para R$ 2.135,37. Veja como fica o empréstimo:

Valor do empréstimo Prestação Total da dívida Juros
R$ 1.000,00 R$ 23,18 R$ 1.947,12 R$ 947,12
R$ 5.000,00 R$ 115,90 R$ 9.735,60 R$ 4.735,60
R$ 10.000,00 R$ 231,80 R$ 19.471,20 R$ 9.471,20
R$ 15.000,00 R$ 347,69 R$ 29.205,96 R$ 14.205,96
R$ 20.000,00 R$ 463,59 R$ 38.941,56 R$ 18.941,56
R$ 92.122,97 R$ 2.135,37 R$ 179.371,08 R$ 87.248,11

*Cálculos feitos pelo Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários)

Fonte: Folha Online - 12/10/2020

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