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BC reduz Selic para 2% ao ano, e país passa a ter juro negativo de 0,71%
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BC reduz Selic para 2% ao ano, e país passa a ter juro negativo de 0,71%

Publicado em 06/08/2020 , por Larissa Garcia e Eduardo Cucolo

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Copom indica espaço para diminuições residuais, após cortar a taxa básica em 0,25 ponto percentual

O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu cortar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, a 2% ao ano, nesta quarta-feira (5). Com isso, o Brasil se consolida entre os países com maior taxa de juros real negativa.

Uma aplicação financeira que renda 100% da Selic atual durante os próximos 12 meses terá resultado abaixo da inflação esperada pelo mercado financeiro para o mesmo período.

O mercado prevê, de acordo com o relatório Focus do BC desta semana, inflação de 1,63% no fim de 2020, abaixo da meta de 4%, com tolerância de 1,5 ponto para baixo ou para cima, fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

O BC indicou que a Selic deve continuar no mesmo patamar nas próximas reuniões, mas deixou espaço para ajustes, indicando que podem haver novos cortes em nível ainda menor. "Devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno", trouxe o comunicado."Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva", completou.

O colegiado descartou cortes mais incisivos, "a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária".

"O corte foi de acordo com o esperado pelo mercado e não causou surpresa. De certa forma, para as próximas reuniões, entendo que o pequeno ajuste seria um residual também na casa de 0,25 ponto", ressaltou Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimento.

"O Copom alegou que novos cortes, eventuais, serão pequenos e a decisão pela alteração será muito mais criteriosa", interpretou Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Para ele a Selic ficará neste patamar até o fim de 2021. "A perspectiva é de que o fundo do poço passou e de que o ambiente de incerteza deverá se reduzir, mitigando novos sobressaltos econômicos, principalmente no que tange a revisões das projeções de inflação de 2021 para baixo."

Esta é a nona redução seguida na Selic, que renova as mínimas históricas desde dezembro de 2017.

Na decisão passada, em junho, quando a autoridade monetária reduziu a Selic em 0,75 ponto, o comunicado sinalizou que o comitê poderia fazer "ajustes residuais" nas reuniões seguintes.

Assim, a indicação foi de manutenção da taxa, mas o BC deixou a porta aberta para um novo corte, só que de menor magnitude.

No comunicado, o Copom ressaltou que, no cenário externo, a pandemia do novo coronavírus continua provocando a maior retração global desde a Grande Depressão.

"Esse contexto, apesar de alguns sinais promissores de retomada da atividade nas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador", disse.

Segundo o colegiado, em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentes sugerem uma recuperação parcial. "Os setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permanecem deprimidos, apesar da recomposição da renda gerada pelos programas de governo", pontuou.

Além disso, o comunicado ponderou sobre a incerteza em relação ao ritmo de crescimento da economia, "sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais."

A nota também colocou no chamado horizonte relevante, para quando o comitê entende que a política monetária deve fazer efeito, a inflação de 2022. Os comunicados anteriores citavam apenas 2020 e 2021.

De acordo com o comunicado, no cenário híbrido, com a taxa de juros a 2% a.a. em 2020, 3% em 2021 e 5% a.a. em 2022, e o dólar constante a R$ 5,20, as projeções do Copom para a inflação são de 1,9% para 2020, 3% para 2021 e 3,4% para 2022.

Já no cenário com taxa de juros constante a 2,25% a.a. e taxa de câmbio constante a R$ 5,20, as projeções para a inflação são de torno de 1,9% para 2020, 3,0% para 2021 e 3,7% para 2022.

"O comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022", destacou.

"Para 2021, o BC já está sinalizando que vai fechar abaixo do piso da meta", reforçou o economista Estevão Garcia, professor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), ligada à USP.

"O BC sempre olha o ano vigente mais dois anos, então já está mirando 2022 para questões de política monetária, porém está muito cedo, ainda mais num ambiente pós-pandemia", concluiu.

“A política monetária já não tem potência sobre 2020, isso já ficou claro na reunião passada, mas [o comunicado] trouxe 2022, o que foi surpreendente, estamos falando em 18 meses para entrar no ano”, disse Sanchez.

O Copom destacou, na decisão, que permanecem fatores de risco para a inflação em duas direções. A queda da atividade econômica puxa a inflação para baixo.

"Esse risco se intensifica caso uma reversão mais lenta dos efeitos da pandemia prolongue o ambiente de elevada incerteza e de aumento da poupança precaucional", avaliou.

Entretanto, políticas fiscais de enfrentamento à Covid-19 e possível frustração na continuidade das reformas podem elevar o risco e empurrar a inflação para cima.

"Adicionalmente, os diversos programas de estímulo creditício e de recomposição de renda, implementados no combate à pandemia, podem fazer com que a redução da demanda agregada seja menor do que a estimada, adicionando uma assimetria ao balanço de riscos. Esse conjunto de fatores implica, potencialmente, uma trajetória para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária", frisou.

O Copom reforçou a necessidade de continuidade das reformas.

A maioria dos analistas ouvidos pela Bloomberg previram o corte de 0,25 ponto, conforme sinalizado. Alguns apostaram, no entanto, na manutenção da taxa em 2,25% ao ano.

Antes da crise, a autoridade monetária havia sinalizado, em fevereiro, que a taxa ficaria em 4,25% ao ano nas reuniões seguintes.

O BC retomou o ciclo de queda da Selic com a deterioração do cenário econômico por causa da pandemia do novo coronavírus no país. De lá para cá, os juros caíram em todas as reuniões.

Segundo o levantamento, a previsão dos economistas é de queda de 5,66% no PIB de 2020. A projeção para o dólar no fechamento do ano é de R$ 5,20.

 JUROS NEGATIVOS

De acordo com cálculos da gestora Infinity Asset Management, o juro real no Brasil estava em -0,40% ao ano, considerando a taxa básica de 2,25% ao ano vigente até esta quarta-feira (5), patamar próximo ao de países com Índia, Portugal e Suécia e maior que o de China, Itália e Espanha, que estão em torno de -0,30% ao ano. Um corte de juros para 2% ao ano coloca a taxa em -0,71% no Brasil.

Em um ranking com 40 economias, o Brasil passou da 20ª para a 26ª posição (quanto maior, mais negativo o juro real, superando também Nova Zelândia (-0,50%) e Austrália (-0,57%). Na média desses países, o juro está negativo em -0,37%.

Apenas 12 países estão com juro positivo, entre eles, Argentina (2,53%) e México (1,20%). Na outra ponta, se destacam EUA e Reino Unido, com taxa próxima a -2,50%.

Os juros reais negativos fazem parte de um movimento internacional de corte nas taxas básicas de vários países diante de um cenário de fraco crescimento e inflação baixa em praticamente todo o mundo, algo que já se via mesmo antes da pandemia.

“O movimento global de políticas de afrouxamento monetário e de alívio quantitativo ganhou força, com o aumento expressivo no número de BCs efetuando cortes de juros”, diz a Infinity Asset Management.

Segundo a gestora, 75% dos países do ranking optaram por manter os juros em suas últimas reuniões de política monetária, 22,5% fizeram cortes e 2,5% (somente um) pela elevação. Os percentuais são praticamente os mesmos quando se considera um grupo de 167 países.

Mesmo antes do novo corte, analistas já consideravam que a taxa real de juros brasileira (descontada a inflação) estava negativa.

"O juro real já estava negativo. Existem dois métodos de cálculo, com a inflação passada e com a expectativa. Para investimentos é mais relevante a previsão, então a gente já estaria em patamar negativo antes do novo corte", explica o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

"A [inflação] passada Influencia o consumidor na tomada de decisão, o investidor reage mais ao que virá", explicou o economista.

Para o cálculo do juro real, analistas utilizam a previsão de inflação para 2021, que está em 3%, segundo o relatório Focus do BC.

"A potência da política monetária acontece em defasagem. Elas já são exclusivamente voltadas para o ano de 2021. O foco do BC é a inflação do ano que vem", disse.

Segundo Sanchez, a taxa real negativa estimula a economia. “Aquele investidor que postergaria uma compra um a abertura de um negócio para lucrar com o dinheiro acaba antecipando a decisão”, pontuou.

Caso a expectativa de inflação utilizada seja a de 2020, a taxa de juro real ainda estaria positiva em 0,36%. "Mas se considerarmos a acumulada dos últimos 12 meses, seria negativo em 0,12%", explicou o economista da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti.

Fonte: Folha Online - 05/08/2020

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