iFood dobra taxa de entrega em pleno isolamento e impacta negócios
Publicado em 25/05/2020
Segundo gestores do setor alimentício, taxa dobrou no último mês e iFood justificou fatores; Projeto de Lei tramita sobre o tema
O aplicativo de entrega de comidas iFood tem aumentado suas taxas de entrega. Segundo relatos de donos de negócios do ramo alimentício, o valor dobrou neste mês. "Antes, nossa taxa entrega era de R$ 3,99 e agora varia entre R$ 6,99 e R$ 7,99", diz o gestor de um restaurante no centro de São Paulo, que não quis se identificar.
O entrevistado diz também que o aumento nesse mês pode ter sido um dos fatores para a queda no movimento do negócio. "Nosso rendimento de maio certamente não vai chegar ao que tivemos em abril", afirma. Nas redes sociais, houve também reclamações sobre a mudança de valores por empreendedores do setor.
Procurado pelo iG, o iFood afirmou que desde sexta-feira passada (15), "alguns parceiros tiveram diminuição e outros aumento" em suas taxas de entrega e que "os valores acompanharão o dinamismo do mercado, levando em consideração fatores, como por exemplo, cidade e raio de entrega."
Sobre o dinamismo de mercado, o iFood esclareceu que um dos fatores para aumento de taxa pode ser o balanço entre oferta e demanda da quantidade de entregadores disponíveis e restaurantes. Se houver poucos entregadores para fazer o percurso entre o estabelecimento e a casa do cliente, a taxa sobe.
Segundo a empresa, os restaurantes cadastrados em sua plataforma podem acessar o Portal de Parceiros do iFood e optar por participar de ações de entregas grátis. Além disso, o iFood afirma que criou quatro projetos de ajuda aos restaurantes durante a crise, que podem ser acessados em seu site institucional.
Projeto de Lei inclui tema de delivery na pandemia
Nesta semana, o tema dos deliveries também foi discutido no Senado, com o projeto de lei 1.179/2020.
O texto tinha sido aprovado em abril no Senado, seguiu para a Câmara – onde sofreu mudanças – e retornou ao Senado. As mudanças excluíam o tema dos aplicativos de viagem e delivery, mas a alteração foi rejeitada pelos senadores e agora o texto irá para sanção presidencial.
Os senadores retomaram o trecho que obriga empresas de aplicativos de entrega e transporte individual, como o iFood, a reduzir em 15% o percentual cobrado de motoristas e entregadores por cada viagem até 30 de outubro, aumentando os valores repassados a eles.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que esse dispositivo tinha sido inserido no texto por emenda do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), para garantir que, até 30 de outubro deste ano, as empresas repassassem aos motoristas e entregadores ao menos 15% a mais em cada viagem realizada, reduzindo proporcionalmente os valores atualmente retidos por elas.
A emenda também proibia o aumento dos preços cobrados nas viagens, como forma de evitar que o ônus fosse repassado aos usuários do serviço.
"Não existem fatos novos que possam sustentar, a meu ver, uma mudança de posicionamento da maioria já formada a respeito do assunto", declarou Tebet sobre a alteração feita pela Câmara.
Fonte: economia.ig - 23/05/2020
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