Em meio à pandemia, famílias evitam novas dívidas, mas cresce a fatia das que não conseguirão pagar contas em atraso
Publicado em 21/05/2020
Pesquisa da CNC aponta que 10,6% das famílias relataram em maio que não vão conseguir quitar as dívidas atrasadas e, portanto, permanecerão inadimplentes.
Em meio às incertezas econômicas provocadas pela pandemia do coronavírus, as famílias brasileiras estão evitando fazer novas dívidas. A parcela das que afirmam que não terão condições de quitar as contas em atraso, no entanto, cresceu em maio, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (20) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Neste mês, 66,5% das famílias relataram dívidas com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro - percentual ligeiramente abaixo do registrado em abril, de 66,6%, mês em que o endividamento alcançou o maior patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2010.
Houve queda também na inadimplência na passagem de abril para maio, recuando de 25,3% para 25,1% das famílias. O número representa alta, no entanto, em relação aos 24,1% registrados em maio de 2019.
Segundo a economista da CNC, Izis Ferreira, a inadimplência "não mostra trajetória explosiva, pelo menos não ainda". Ela aponta que, com as medidas de auxílio à renda, como o Auxílio Emergencial, "as famílias mostram alguma resiliência na quitação de seus compromissos financeiros”.
O futuro, no entanto, pode trazer dados negativos. Isso porque a pesquisa apontou que o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso - e que, portanto, permaneceriam inadimplentes - aumentou de 9,9% do total em abril para 10,6% em maio. É a maior proporção de famílias que permanecerão inadimplentes para um mês de maio desde o início da realização da pesquisa.
O total de famílias que se declararam muito endividadas também aumentou em maio, chegando a 16% e atingindo o maior percentual desde setembro de 2011, quando o indicador alcançou 16,3%.
Tipos de dívidas — Foto: Economia G1
Fonte: G1 - 20/05/2020
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