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Golpe da falsa taxa extra em app de comida dá prejuízo de R$ 6 mil a cliente; Procon notifica empresas
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Golpe da falsa taxa extra em app de comida dá prejuízo de R$ 6 mil a cliente; Procon notifica empresas

Publicado em 28/04/2020 , por Rikardy Tooge

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Órgão recebeu outras queixas de profissionais que teriam exigido valor extra na hora da entrega de pedidos pagos online. Governo de SP vai pedir investigação policial. 

Usuários do iFood e da Rappi têm acusado entregadores de praticarem golpes financeiros, com prejuízos acima dos R$ 1 mil. Um consumidor ouvido pelo G1 afirma que foi vítima da fraude na compra de um milkshake e perdeu mais de R$ 6 mil.

O Procon de São Paulo já notificou as duas empresas que lideram o segmento de delivery de comida por causa desta e de outras denúncias e promete pedir investigação policial. Rappi e iFood afirmaram que estão apurando os casos.

O iFood disse ao G1 neste sábado (25) que fará o reembolso para quem sofreu o golpe, desde que apresente o boletim ocorrência e o extrato bancário comprovando a fraude.

Já a Rappi diz que devolução dos valores deverá ser feita pela operadora do cartão de crédito ou débito, o que é contestado pelo Procon (leia mais abaixo).

Golpe da 'taxa extra'

Segundo a queixas recebidas pelo Procon-SP, o golpe funciona da seguinte forma: depois de o cliente fazer o pedido no aplicativo, uma pessoa telefona para a vítima se identificando como funcionária da empresa, dizendo que houve problema no pagamento do frete e que taxa deverá ser paga pessoalmente.

Quando o entregador chega, ele apresenta uma máquina de cartão com o visor danificado, o que impossibilita checar o valor cobrado. Nisso, é digitado um valor muito maior do que o anunciado e a vitima só descobre quando vê a fatura do cartão.

Rappi e iFood orientam que não entram em contato com os usuários por telefone, que não fazem cobrança extra pessoalmente para pagamentos feitos online.

Eles recomendam que os usuários sempre chequem o valor cobrado na máquina de cartão e que se recusem a pagar, caso não seja possível verificar.

O secretário especial de Defesa do Consumidor de São Paulo, Fernando Capez, afirmou que o Procon pedirá a abertura de inquérito policial no estado para investigar os profissionais denunciados por furto qualificado e organização criminosa.

Além disso, disse ele, as empresas serão alvo de um processo administrativo, que, se comprovar alguma irregularidade, poderá resultar em multas de até R$ 10,6 milhões, a depender do faturamento da companhia.

"Os consumidores lesados teriam entrado em contato com o serviço de atendimento do aplicativo, mas alegam que não tiveram uma solução definitiva", disse o Procon, que não informou o número de denúncias que recebeu sobre o caso.

Prejuízo de R$ 6 mil

O administrador Giovani de Brito Junior, de 36 anos, afirma que foi vítima do golpe e que o prejuízo dele foi de R$ 6.004,99. O caso ocorreu na noite do último dia 13, quando ele pediu um milkshake em uma lanchonete localizada na Avenida Paulista, em São Paulo.

Após realizar o pedido pelo app do iFood, Giovani afirma que recebeu um telefonema de uma pessoa que se identificava como funcionária da empresa, "dizendo que houve problema com o pagamento online da minha taxa de entrega e que eu teria que pagar mais entrega, mas que teria o reembolso no cartão".

Fonte: G1 - 27/04/2020

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