Carnaval é feriado? Confira o que pode e o que não pode na folia
Publicado em 18/02/2020 , por Marina Cardoso e Martha Imenes
Trabalhador que faltar ao serviço nos dias dos festejos de Momo pode ser descontado e até demitido. Especialistas em segurança digital dão dicas para curtir sem virar vítima de golpe
A poucos dias do Carnaval, uma das festas mais esperadas do calendário brasileiro, muitas são as dúvidas de quem trabalha com carteira assinada. Afinal, é ou não é feriado? Especialistas advertem: pelo calendário oficial, o Carnaval não é considerado um feriado nacional. A terça-feira só é folga para estados ou municípios que tenham legislação específica e decrete feriado, como no caso do Rio, que a lei foi estabelecida em 2008.
Outras dúvidas são as que dizem respeito à segurança cibernética. O DIA pegou dicas com a empresa de segurança digital Kaspersky para quem vai se esbaldar na folia não ver dados pessoais e grana "desfilando" por outras avenidas.
Especialistas explicam que no Rio, onde o Carnaval é feriado, quem não é dispensado receberá o pagamento do dia trabalhado em dobro. Os que trabalharem nesses dias deverão ter folga compensatória em outro dia da semana.
"O profissional que foi convocado para trabalhar onde é feriado deverá receber em dobro por esse dia, caso não receba a compensação em forma de folga", diz a advogada Mayara Gaze.
Caso tenha sido chamado para trabalhar, mas chegou atrasado ou faltou, a empresa poderá descontar os as faltas, aplicar sanções disciplinares como advertência ou suspensão ou até demiti-lo. "Em um cenário de atraso, o empregado pode receber uma advertência ou uma suspensão no trabalho. Porém, se for reincidente, acumular de faltas, isso pode acarretar em uma dispensa por justa causa", explica o advogado Solon Tepedino.
Para os trabalhadores que fazem a jornada 12 horas trabalhadas seguidas e 36 horas de folga, não haverá previsão de pagamento de horas extras, mesmo se houver trabalho no dia de feriado. “Assim, não haverá compensação”, afirma a advogada trabalhista Bianca Canzi. Dicas para não virar vítima e curtir os festejos em segurança Um levantamento feito no Carnaval passado serve de alerta para os foliões não caírem em cilada neste Carnaval. Pesquisa aponta que em cada dez entrevistados, dois (21%) afirmaram ter sido vítimas de alguma fraude ou sofreram algum transtorno durante a folia. E entre os principais problemas citados na pesquisa de 2019, estão o roubo ou furto de celulares (78%) e dinheiro (65%), bem como cartões de crédito ou débito (33%).
Além disso, o levantamento também ressaltou que consumidores que tiveram documentos pessoais, cartão de banco ou cheques roubados, também sofreram alguma tentativa de fraude do uso de seu nome para saques em dinheiro, compras ou abertura de financiamentos e empréstimos (30%).
"Os golpes podem ser encontrados de diversas maneiras e utilizam diferentes ‘adereços’ para agradar ao público, permeando o mundo físico e o digital. O cuidado deve ser redobrado durante a folia, já que realizar pagamentos em grandes aglomerações pode ocasionar possíveis roubos de senha de cartões ou clonagem - e consequentemente o aparecimento de transações indesejadas", alerta Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky. Fiquem ligados! • Não deixa a porta aberta
Infelizmente quase 2 em cada 10 brasileiros não bloqueiam seu celular com senha ou digital. Caso o dispositivo seja roubado, o criminoso terá acesso a toda a vida digital da vítima: redes sociais, WhatsApp, banco, app de taxi e comida.
• Dupla autenticação
Caso tenha um celular roubado, lembre-se de acessar todas as suas aplicações para desconectar o serviço (WhatsApp, Facebook, Instagram etc.) do dispositivo - isso impedirá que o criminoso se passe por você. Com a verificação em dupla etapa ativada, também não será possível reconectar a conta, pois o ladrão são saberá seu código pessoal.
• Saiba qual é o IMEI do seu celular
O identificador global único é um número que pode ser consultado na caixa do celular ou no adesivo em sua bateria. De posse dele, o usuário consegue bloquear o aparelho ligando para a operadora, bem como registrar um boletim de ocorrência. Além disso, esse número também serve para que, caso o celular seja encontrado, a polícia possa devolvê-lo.
• Wi-Fi gratuito
Caso queira ou precise utilizar um Wi-Fi público, tome cuidado e não utilize páginas web que pedem suas informações ou credenciais, como Facebook, Twitter, banco. Você não sabe como a página faz a transferência desses dados e, caso ela não esteja protegida, qualquer xereta conectado na mesma rede sem fio poderá roubar seu login e senha.
• Cuidados com o cartão
Se for curtir os blocos de Carnaval, dê preferência em utilizar o cartão de crédito em vez do de débito. Ao efetuar a compra, preste atenção ao digitar a senha - tampe os números com sua mão livre e verifique se não há ninguém suspeito por perto tentando ver sua senha. E nunca entregue seu cartão para outra pessoa, mesmo que ao utilizar a função pagamento por contato (NFC). Um criminoso experiente precisa menos de um minuto para obter as informações para cloná-lo ou substituir por um cartão parecido com o seu.
• Não use o cabo USB para carregar seu celular
É normal ficar sem bateria ao fim do dia. Se você precisar carregar o dispositivo, leve um carregador portátil ou use a fonte de energia. A conexão via USB, além da função de carregamento, permite a transferência de dados e você nunca saberá se há algum dispositivo conectado do outro lado querendo roubar seus dados. Fecomércio espera entrada de R$ 1 bilhão na economia carioca O Carnaval deverá trazer bons frutos para a economia da cidade do Rio. Isso porque segundo levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), da Fecomércio RJ, nos cincos dias de folia a movimentação deve chegar a R$ 1 bilhão. O gasto médio será de R$ 200 por pessoa.
O instituto destacou que o Rio tem se mostrado cada vez mais uma opção de cultura e lazer no período do Carnaval, com os desfiles de blocos e outros eventos pela cidade. Este ano, a Riotur calculou que o número de foliões carnavalescos deve ser de 7 milhões.
Ainda de acordo com o estudo, os moradores do Rio estabeleceram quais serão os principais gastos nos cinco dias de folia. O consumo de alimentação e bebidas dever ser o mais elevado, com 44,6%, seguido de viagens e passeios para fora da capital carioca (17,2%).
O uso de aplicativos de transporte/táxi (6,1%) ficou em terceiro lugar, depois a compra de fantasias ou adereços (2,6%), desfiles das escolas de samba no Sambódromo (1,9%) e festas temáticas, (1,6%). Os que informaram a intenção de ficar na cidade atingiram 82,9%.
Fonte: O Dia Online - 17/02/2020
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