Jovens tiveram maior perda de renda na crise, aponta estudo
Publicado em 06/11/2019
Entre os jovens sem instrução, renda do trabalho teve queda de mais de 50% entre o 4º trimestre de 2014 e o 2º deste ano, de acordo com levantamento da FGV.
Os jovens foram os maiores perdedores de renda do trabalho nos últimos cinco anos, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre o quarto trimestre de 2014 e o segundo trimestre deste ano, esse segmento da população, entre 15 e 29 anos, viu sua renda proveniente do trabalho cair 14,66% – na média entre a população em idade ativa, essa queda foi de 3,71%.
De acordo com o levantamento, feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), os fatores de queda de renda e de aumento de desigualdade entre os jovens são aumento de desemprego, redução de jornada de trabalho, e queda do salário por hora/ano de estudo.
Mesmo entre os jovens, a pesquisa mostra que as perdas de renda foram mais acentuadas entre os de menos idade. Na faixa dos que têm entre 15 e 19 anos, a perda chegou a 26,54%. Para os jovens de 20 a 24 anos, ficou em 17,76%; e entre os jovens acima dessa faixa, em 11,63%.
Tradicionalmente excluídos
Entre o que a pesquisa chamou de grupos tradicionalmente excluídos – aqueles que, em geral, sofrem as maiores perdas em momentos de crise – os jovens tiveram as quedas mais acentuadas na renda do trabalho.
No corte por trabalhadores sem instrução (de 15 a 59 anos), a queda de renda percebida na crise foi de 15,09%. Pretos e pardos também tiveram perdas acima da média total dos trabalhadores, de 8,35% e 4,18%, respectivamente.
Entre os grupos avaliados, apenas as mulheres tiveram alta média na renda do trabalho, de 2,2%. Homens, por outro lado, tiveram queda de 7,16%. Regionalmente, trabalhadores dos estados do Norte tiveram queda de 13,08%, enquanto no Nordeste houve recuo de 7,55%.
Variação da renda entre grupos tradicionalmente excluídos — Foto: Reprodução/FGV
Jovens e excluídos
Ao combinar os cortes por idade e os tradicionalmente excluídos, a pesquisa da FGV mostra que a crise foi particularmente cruel entre os jovens sem instrução. Nessa parcela da população, a perda de renda chegou a 51,4%.
Trabalhadores das regiões Norte e Nordeste também foram bastante afetados, com quedas de 22,01% e 23,58%, respectivamente.
Mesmo as mulheres, que entre o total da população tiveram alta na renda durante a crise, ao fazer o recorde apenas entre as que têm entre 15 e 29 anos, a situação se inverte: elas perderam 10,98% da renda do trabalho no período. Já os homens da mesma faixa etária tiveram queda de 17,15%
Pretos e pardos, por sua vez, viram recuos de 14,14% e 16,40%, respectivamente.
Variação da renda entre jovens — Foto: Reprodução/FGV
Fonte: G1 - 05/11/2019
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