5 profissões que devem crescer com a queda dos juros
Publicado em 18/10/2019
Além de bem remuneradas, essas carreiras devem ter um boom de contratações — mas quem quiser aproveitar, precisa estar qualificado.
SÃO PAULO – Com a queda da taxa básica de juros para o menor patamar da história, os investidores já levam seu dinheiro em peso para as ações.
Entre 2017 e 2018 o número de pessoas físicas na Bolsa cresceu 72%, de 813 mil para 1,4 milhão de pessoas. Do lado das empresas, o crescimento também é representativo. Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), as ofertas de ações neste ano, incluindo IPOs e follow–ons, deve ficar entre as três maiores da história.
E esse novo ecossistema de investimentos deve mudar por tabela o mercado de trabalho.
Para atender essa nova leva de clientes que estará cada vez mais na Bolsa, o mercado financeiro se prepara para contratar mais. Conheça as carreiras que devem aumentar em demanda:
Cargo: Profissional de Relações Investidores
O que faz: Atua como ponte entre a empresa e investidores, divulga informações relevantes ao mercado financeiro, influenciando na cotação da ação.
Porque vai crescer: Com novas empresas abrindo o capital, novas áreas de Relações com Investidores serão criadas. A Bolsa estima que ao menos 30 IPOs e outras ofertas devem acontecer em 2019, no total. A joalheria Vivara, a loja de materiais desportivos Centauro e a elétrica Neoenergia são apenas três das empresas que precisaram criar áreas do tipo neste ano.
Cargo: Assessor de Investimentos
O que faz: Orientam investidores sobre o funcionamento de qualquer tipo de aplicação financeira e sobre alocação de capital.
Porque vai crescer: Com a migração da renda fixa para a variável, a tendência é a de que cada vez mais investidores precisem de assessoria e informação de qualidade.
Cargo: Analista Buy Side
O que faz: Trabalha para investidores institucionais, como fundos, family offices, entre outros. Estão constantemente analisando ações para determinar a compra de um ativo e geralmente têm sua remuneração baseada na performance de suas indicações.
Porque vai crescer: Nos últimos 12 meses, os fundos de ações e multimercados captaram seis vezes mais que os de renda fixa segundo a Anbima — hoje eles têm R$ 1,5 trilhão sob custódia. Com mais investidores e mais ações para analisar, essas gestoras devem procurar mão-de-obra.
Cargo: Analista Sell Side
O que faz: Analisam ações para casas de análise independentes, corretoras e outras instituições. Mapeiam o mercado para buscar as melhores oportunidades e indicar para seus clientes. Diferentemente do buy side, suas recomendações são enviadas a uma grande base de clientes.
Porque vai crescer: No último ano, o número de pessoas físicas na bolsa cresceu 72%, mais do que os nove anteriores combinados. Em tese, é 1,4 milhão de pessoas que precisam de recomendações e informação de qualidade.
Cargo: Gerente de Fusões e Aquisições
O que faz: Realiza estudos de valuation e due diligence para avaliar o preço de uma ação na hora de fusão de duas empresas. Seu trabalho vai desde a modelagem de novos negócios, pesquisas de mercado e no auxílio de ofertas públicas, onde uma empresa oferta suas ações ao mercado.
Porque vai crescer: A economia aquecida e o mercado de valores em expansão vão aumentar esse tipo de negócio com mais empresas entrando na bolsa de valores, profissionais capazes de auxiliar nesse processo terão grande demanda. Um levantamento da PwC mostra que em 2019 o volume de fusões e aquisições já é o maior desde 2014, a expectativa da consultoria é que o número seja maior que o 2014 ao final do ano, um recorde histórico.
Mercado educacional já se movimenta
Alguns dos maiores players educacionais do país já se movimentam para oferecer formação de alto nível para profissionais que podem ocupar esses cargos.
Nesta semana, por exemplo, o InfoMoney e o Ibmec criaram uma pós-graduação focada apenas neste mercado (saiba mais clicando aqui).
“Praticamente todos que quiserem trabalhar no mercado financeiro precisarão ter conhecimento em ações. É para lá que o dinheiro do investidor brasileiro está indo, cada vez mais rápido. Essa demanda por profissionais não pode mais ser ignorada”, afirma Thiago Salomão, coordenador acadêmico do curso e analista da Rico Investimentos.
Fonte: InfoMoney - 17/10/2019
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