BC estuda redução de juros para quem fizer curso de educação financeira
Publicado em 06/09/2019
Para Roberto Campos Neto, iniciativa melhoraria nota de crédito dos menos escolarizados
BRASÍLIA
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (5) que enxerga a promoção de educação financeira como mecanismo fundamental, já que o cheque especial —modalidade de crédito que está entre as mais caras do mercado— é acessada fundamentalmente pelos que ganham menos e têm menor escolaridade.
"Em breve vamos sair com um plano para diminuir os juros nos produtos emergenciais, tanto no rotativo (do cartão de crédito) quanto no cheque especial", disse, em evento do Americas Society/Council of The Americas.
Dentre as ideias que estão sendo consideradas, uma é reunir birôs de crédito e fazer com que disponibilizem conteúdos de educação financeira, de maneira que os usuários possam melhorar sua nota de crédito quando fizerem os cursos.
Outra iniciativa aventada é fazer uma espécie de programa de milhagem, para que a participação em cursos de educação financeira tenha como contrapartida o acúmulo de pontos que possam ser trocados em descontos em produtos bancários.
Sobre as pautas do BC, Campos Neto ressaltou que já há um projeto pronto para hedge cambial, medida que deve ajudar a impulsionar o financiamento à infraestrutura no país.
Ele também afirmou que o BC segue perseguindo a diminuição do custo do crédito em várias frentes. INFLAÇÃO
Campos Neto disse também que a inflação está sob controle e bem ancorada e afirmou ainda que o BC cortou a Selic em julho já vendo espaço para queda adicional.
"(A) inflação está sob controle, temos inflação bem ancorada no curto, médio e longo prazos", disse.
Quanto ao dólar, Campos Neto afirmou que as intervenções cambiais funcionam como mecanismo de estabilidade no mercado de câmbio.
Ele voltou a avaliar que o Brasil tem posição bastante sólida na parte externa, enfatizando a importância da posição cambial líquida detida pelo país, que considera ser a medida adequada de proteção efetiva.
A recente disparada do dólar e o posterior reforço do Banco Central nas intervenções cambiais levantaram dúvidas no mercado sobre se a valorização da moeda americana poderia estar incomodando o BC a ponto de limitar espaço para cortes de juros.
Quando reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual no fim de julho, à nova mínima histórica de 6% ao ano, o BC indicou que via espaço para afrouxamento monetário adicional, em meio à fraqueza econômica, inflação bem comportada e avanço da reforma da Previdência.
A próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) será tomada no dia 18 deste mês.
"A taxa de juros (está) em 6%, iniciamos um processo de queda, mas não vou falar muito da parte de política monetária porque acho que todos têm acompanhado", disse Campos Neto.
"Na última comunicação caímos os juros em 50 pontos básicos embutindo espaço para uma queda adicional", acrescentou.
Fonte: Folha Online - 05/09/2019
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