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Meta de inflação é reduzida para 3,5% em 2022
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Meta de inflação é reduzida para 3,5% em 2022

Publicado em 28/06/2019 , por Danielle Brant

Intervalo de tolerância foi mantido em 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo

O CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu nesta quinta-feira (27) que a meta de inflação para 2022 será de 3,5%.

Na decisão desta quinta, o intervalo de tolerância foi mantido em 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. 

O índice a ser perseguido é o mais baixo desde 2003. No entanto, o alvo daquele ano, primeiramente estipulado em 3,25%, foi revisto para 4%.

Com a disparada da inflação em razão da alta do dólar em 2002, em consequência da liderança de Lula nas pesquisas eleitorais, a meta acabou sedo ajustada para 8,5%. O IPCA fechou o ano em 9,3%.

Para 2002, o CMN também definiu 3,5% como objetivo —a inflação, no entanto, foi de 12,53%.

Em 2017, o conselho determinou que a meta seria de 4,25% em 2019 e de 4% em 2020. No ano passado, fixou em 3,75% para 2021. De 2005 a 2018, a meta foi mantida em 4,5%.

As reduções seguidas buscam convergência para os padrões internacionais. No caso dos países emergentes, a média seria de 3%.

  O CMN é responsável por fixar meta de inflação e regras de atuação no mercado bancário, por exemplo.

Segundo o mais recente boletim Focus, que compila estimativas de economistas e instituições financeiras, o IPCA deve encerrar o ano a 3,82%. Para 2020, a projeção está em 3,95%.

Vladimir Kuhl Teles, subsecretário de Política Macroeconômica, afirmou que a redução da meta se deu por uma expectativa de controle dos gastos públicos.

“Com a aprovação do teto de gastos, abriu-se a possibilidade de redução da meta de inflação, que foi sendo realizada continuamente. Nós estamos mantendo o mesmo ritmo de redução da meta de inflação, e isso juntamente com a redução da taxa de juros”, disse.

A diminuição reflete ainda um otimismo com a aprovação da reforma da Previdência, o que ajudará a alcançar essa situação de equilíbrio fiscal esperado pelo governo, assim como de outros ajustes econômicos.

“Não apenas a reforma da Previdência, mas também a expectativa de outras reformas sendo implementadas no país, refletindo a melhora das condições de produção e da capacidade de oferta do país”, ressaltou Marco Cavalcanti, subsecretário de Política Fiscal.

Sobre a manutenção do intervalo de tolerância, Teles ressaltou que a decisão foi cautelosa e considerou que, diante de flutuações, seja possível ter “algum grau de liberdade para acomodar choques” e garantir a redução da meta.

Fonte: Folha Online - 27/06/2019

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