Após aprovação de MP no Senado, aéreas preveem aumento nas passagens
Publicado em 23/05/2019 , por Joana Cunha
Setor espera que trecho sobre mala grátis seja vetado por Bolsonaro
Após a aprovação pelo Senado da medida provisória que libera o controle de empresas aéreas no Brasil por estrangeiros, na noite desta quarta-feira (22), executivos das companhias dispensavam comemorações e previam, em tom ameaçador, que o preço das passagens pode subir.
O setor se indignou porque a redação abrange a volta do despacho gratuito de bagagem. Mas na prática, trabalha com a expectativa de que o trecho cairá quando o texto chegar para sanção de Bolsonaro.
A expectativa de que o presidente vetará a mala grátis se baseia no posicionamento do Ministério da Economia, que prefere manter o modelo como é hoje, que permite a cobrança.
Nova rota Apesar do resto de esperança, executivos de companhias aéreas já discutem como será o cronograma para mudar o preço dos bilhetes. As faixas de tarifas mais baratas, aquelas que permitem ao passageiro viajar sem despachar mala, deixarão de existir.
Arremeteu Para Guilherme Amaral, sócio do ASBZ, especialista em direito aeronáutico, a iniciativa de congressistas de resgatar o despacho gratuito de malas “mostra que o trabalho do Legislativo no Brasil ainda é de baixa qualidade e guiado por interesses puramente eleitorais”.
Comprinhas A vacância em shoppings centers em 2018 ficou em 4,8%, mesmo patamar de 2016 e abaixo de 2017, quando atingiu 6%.
Tímido A maior ocupação, entretanto, ainda não se iguala à média registrada na época do boom do consumo, da ordem de 3,8% e 4%, de 2010 ao fim de 2013.
Hábito Mesmo em crise, o brasileiro ama shopping, com 490 milhões de visitas ao mês. O país lidera o crescimento no mercado. Para Glauco Humai, presidente da Abrasce (associação que reúne empresas de shoppings centers), há cinco motivos.
Por quê? Os empreendimentos são construídos em áreas centrais, representam um local seguro diante da violência das ruas, reúnem bancos e serviços que geram eficiência à rotina, são uma opção ao calor e a porta de entrada para qualquer inovação comercial.
Construção Em 2018, foram criados 14 estabelecimentos, acima dos 12 de 2017 e abaixo dos 21 de 2015 e 2016. O faturamento foi de R$ 178,7 bilhões, 6,5% acima de 2017. A previsão para 2019 é de 17 novos empreendimentos. A vacância no primeiro trimestre foi de 5,5%. A ver.
Venezuela O bilionário Carlos Wizard paralisou a rotina e se mudou para Roraima no ano passado para ajudar no acolhimento de venezuelanos que cruzam a fronteira, mas os negócios continuam. A HUB Fintech, de Wizard, vendeu a Vale Presente, seu negócio de cartões pré-pagos, para outra fintech, a Social Bank.
Presente O plano é dobrar a operação da Vale Presente até o 2º semestre de 2020 e alcançar movimentação de R$ 600 milhões, com 10 mil novas empresas clientes. Wizard também tem participação na Social Bank.
Artificial O Brasil, que pleiteia uma vaga na OCDE, aderiu nesta quarta (22) ao programa da organização que dita os primeiros padrões internacionais para a administração responsável de inteligência artificial e consciente O documento inclui recomendações a políticas e estratégias de governos para que as soluções com IA respeitem direitos humanos e valores democráticos. Também entraram Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru e Romênia.
Férias Cerca de 55% dos viajantes brasileiros usam aplicativos para reservar acomodações, enquanto 42% o fazem por outros meios, segundo levantamento da Booking.com.
Telecom O consórcio Embratel-Claro, vencedor do pregão para o Projeto Pernambuco Conectado II trava batalha pela homologação do resultado. As empresas protocolaram dois novos documentos no Tribunal de Contas do Estado para comprovar a capacidade técnica de fornecer serviços.
Linha O consórcio acusa a Oi —atual provedora em Pernambuco— e a Secretaria de Administração de atuarem para barrar a aprovação. A pasta diz que o processo está suspenso para que o TCE examine. A procuradoria de contas diz que avalia os documentos.
Alô Em nota, a Oi diz que repudia a tentativa do consórcio de tumultuar o processo licitatório.
Fonte: Folha Online - 22/05/2019
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