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Petrobras anuncia aumento de R$ 0,10 por litro no diesel
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Petrobras anuncia aumento de R$ 0,10 por litro no diesel

Publicado em 18/04/2019 , por Nicola Pamplona

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Na quinta, estatal anunciou alta de 5,7% e depois recuou por pedido de Bolsonaro 

Seis dias após recuar em reajuste do diesel a pedido do presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras anunciou nesta quarta (17) aumento médio de 4,8% no preço do combustível em suas refinarias. Na média nacional, a alta é de R$ 0,10 por litro, chegando a R$ 2,247. 

Nas bombas, a alta deve ser menor, já que o preço de refinaria corresponde a 54% do valor final de venda do diesel. Assim, o repasse deve ficar, em média, entre R$ 0,05 e R$ 0,06.

Em entrevista, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, negou ingerências políticas no comando da empresa e disse confiar que manterá liberdade para definir os preços dos combustíveis.

Segundo ele, Bolsonaro não foi avisado previamente do reajuste desta quarta.

Ele frisou ainda que "por enquanto" não pensa em mudanças na política de preços, que acompanha as cotações internacionais e desde 26 de março limita reajustes do diesel a períodos mínimos de 15 dias.  

"Mas nada impede isso. [Não precisamos] ficar apegados a uma periodicidade", afirmou, declarando-se contrário a reajustes diários.

O aumento anunciado nesta quarta é inferior aos 5,7% suspensos na semana passada. Segundo Castello Branco, a redução do índice foi proporcionada pela redução dos custos de frete marítimo, um dos componentes da fórmula de preços da estatal, e de ganhos com mecanismos financeiros usados para reduzir perdas com represamento de preços.

O recuo da última quinta ocorreu após telefonema de Bolsonaro a Castello Branco no fim da tarde, horas após o aumento se tornar público. O presidente da República alegou preocupação com nova greve dos caminhoneiros e a Petrobras decidiu esperar "alguns dias", segundo informou na ocasião.

Nesta quinta, o Castello Branco defendeu que a decisão foi interna. "O presidente Bolsonaro não me pediu nada, ele me alertou sobre os riscos e eu reconheço que a preocupação dele era legítima", afirmou o executivo.

"A determinação de preços sem a consideração desses riscos deu no que deu e foi um custo muito alto para a Petrobras e muito maior para a economia brasileira. Todos nós sofremos com a greve dos caminhoneiros. Faz parte da minha atividade como administrador não só olhar para os retornos mas olhar para os riscos", alegou. 

Fonte: Folha Online - 17/04/2019

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